Maestro Ademir Araújo pede sua retirada do Paço do Frevo

Um dos maiores representantes do frevo questionou, pelas redes sociais, sobre a volta do funcionamento do museu

por Paula Brasileiro qua, 19/12/2018 - 15:49
Reprodução/Facebook O Maestro Ademir Araújo está indignado com a situação do Paço Reprodução/Facebook

Um dos maiores nomes do frevo, Maestro Ademir Araújo, regente da Orquestra Popular do Recife e Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, usou suas redes sociais, nesta quarta (19) para fazer um desabafo. Triste com a atual situação do Paço do Frevo, que há mais e um mês funciona parcialmente, o mestre chegou a pedir que seu nome fosse retirado do mural que elenca os grandes representantes do ritmo no museu.

Através de algumas postagens, o Maestro Ademir, também conhecido como Formiga, questionou o destino do museu. "O meu passo é passo certo. É real o Paço do Frevo, a porta tem que ser aberta". Em outra, ele pede o apoio dos colegas da música e dança na luta pela retomada do funcionamento do espaço: "Cadê os maestros, as orquestras, os passistas, intérpretes, a Câmara Municipal do Recife, o Sindicato dos Músicos Profissionais de Pernambuco, a Assembléia Legislativa de Pernambuco, a Federação carnavalesca de Pernambuco? Reivindicar a normalidade das atividades do Paço do Frevo".

Por fim, Maestro Formiga demonstrou toda a sua decepção pedindo sua retirada do museu: "Por gentileza, tirem o meu nome do mural do Paço do Frevo". O público reagiu: De jeito nenhum! Vamos brigar pelo Paço!"; "A história do Frevo é nossa, não de políticos, eles passam e o Frevo fica, tenha calma meu querido Maestro!"; "Maestro, o senhor é um dos homens de nossa cultura que mais admiro pela firmeza, ela também é um expoente de sua música".

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Entenda

No dia 14 de novembro, o Paço do Frevo teve suas atividades e horário de funcionamento reduzidos, bem como sua equipe de profissionais, por conta do fim do contrato da Prefeitura do Recife (PCR) com a empresa gestora do museu, a Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). A promessa feita na ocasião, por parte da PCR, foi de que tudo estaria normalizado no dia 1º de dezembro, quando o novo contrato firmado através de licitação com o IDG começaria a vigorar. Porém o prazo foi adiado para 16 de dezembro, quando novamente descumprido, foi prorrogado mais uma vez para a segunda quinzena do mês de janeiro de 2019.  

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