Empresa cobra shows que Chorão não fez por ter morrido
Músico faleceu em 2013 e, por esse motivo, não cumpriu com o contrato
Falecido em 2013, o músico Chorão, líder da banda Charlie Brown Jr. está sendo cobrado por shows que teriam sido contratados, antes de sua morte, e não realizados. A empresa Promocon Eventos e Publicidade alega ter contratado o grupo do vocalista para 12 shows que não foram realizados, no ano em que ele morreu. A produtora pede uma indenização de mais de R$ 200 mil à família do artista.
A notificação judicial chegou nove meses após a morte de Chorão. O filho do músico, Alexandre Ferreira Lima Abrão desconsiderou a cobrança, levando em conta que seu pai já havia falecido e não poderia cumprir o contrato. No documento a Promocon afirmava: "Faleceu sem atender à totalidade das obrigações assumidas e, notoriamente, tais obrigações não poderão ser atendidas".
Alexandre ignorou a notificação e a empresa, então, entrou com uma ação de cobrança que ainda tramita na Justiça paulista. A produtora, sediada no paraná, exige R$ 225 mil de indenização, pelo lucro que deixou de obter com a não realização dos shows. Também há a alegação de um pagamento prévio que teria sido realizado ao cantor, além de multa de R$ 100 mil por descumprimento de contrato. Tal contrato previa a realização de 12 shows do Charlie Brown Jr., mas apenas três foram executados.
O juiz Cláudio Teixeira Villa, da 2ª Vara Cível de Santos, deu ganho de causa à empresa, ordenando ao espólio do músico o pagamento de R$ 325 mil, considerando a restituição dos valores e a multa, porém, não concordou com a indenização. O Tribunal de Justiça anulou a decisão. Agora, um laudo pericial será realizado para apurar se a assinatura do contrato é mesmo de Chorão.