Single da Junoplast Cave fala sobre falta de empatia

Banda paraense de rock and roll lança segundo trabalho. A faixa “Superman” está disponível on-line

qui, 09/07/2020 - 19:12
Arquivo da banda . Arquivo da banda

A banda de rock paraense Junoplast Cave lançou o segundo trabalho autoral “Superman”, na quinta-feira (9), à meia-noite, nas plataformas de streaming de música e nas redes sociais do grupo. O novo lançamento faz parte do EP de estreia “How To Stop Bad Thoughts”, que já divulgou a primeira faixa “Cheap Lies”, em maio deste ano. O vídeoclipe oficial também estará disponível no canal do Youtube da banda.

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O projeto foi idealizado em outubro de 2019, na One Produtora, em São Paulo. O processo de composição demorou cerca de um ano para ser finalizado. A banda é formada por Matheus Brevis (vocalista e sintetizadores); Ruann Magno (guitarrista, sintetizadores e backing vocal); Arthur Cunha (contrabaixista, sintetizadores e backing vocal) e Daniel Furtado (baterista).

Conflitos internos e histórias conspiratórias que passam na cabeça de uma pessoa que sofre com transtorno de ansiedade são temas que serviram de inspiração para a composição do repertório das músicas. O novo single “Superman” retrata um personagem que lida diariamente com pessoas que têm atitudes tóxicas e causam dores sentimentais no protagonista.

O vocalista Matheus Brevis diz que a letra explora relacionamentos abusivos no âmbito amoroso e também chama atenção para relações tóxicas na amizade e no ambiente profissional. Os versos trazem a autorreflexão sobre atitudes impulsivas e como esse ato pode machucar o outro.

A composição de “Superman” é de 2019, mas surpreende com temas atuais como a falta de empatia das pessoas. “Atualmente, a gente vê as pessoas não se importando com a vida alheia, principalmente de se evitar propagar um vírus mortal”, aponta o vocalista sobre a taxa baixa de isolamento e o aumento no número de óbitos por Covid-19.

Para o contrabaixista Arthur Cunha, o trabalho da banda é uma mistura de experimentos musicais e vivências pessoais do grupo. “Eu e o Daniel tocamos na noite há muito tempo, Matheus também e o Ruann, mesmo que não tenha essa experiência, possui estudo tanto na produção quanto na editoria musical e instrumentos. Todos contribuem para as composições de formas diferentes”, explica o músico.

A banda foi formada ano passado pelo desejo em comum dos integrantes de compor músicas autorriais e realização pessoal. O baterista Daniel Pinheiro diz que fazer rock and roll na Amazônia não é algo faz parte da cultura popular do Estado, mas muitos trabalhos autorais estão sendo realizados na região.

Apesar de o grupo nadar contra a maré cultural, Daniel Furtado acredita que é possível fazer rock na Amazônia mesmo com letras cantadas em inglês, porque as vivências regionais estão presentes nas músicas. “A maior dificuldade ainda é o isolamento geográfico dos grandes centros do mercado musical do país”, lamenta o baterista.

O guitarrista Ruann Magno revela que ainda vão sair mais dois singles que fazem parte do EP de lançamento da banda. “Até setembro nós vamos lançar todos”, concluiu. Veja aqui o Facebook da banda.

Por Amanda Martins

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