Som na Rural volta a aquecer o público do FIG

Projeto é um dos principais pontos de arte do festival pernambucano

por Paulo Uchôa sex, 22/07/2022 - 07:30

Sucesso no calendário cultural de Pernambuco, o Som na Rural voltou a colocar no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) toda sua magia e potência no último volume. Após dois anos, devido à pandemia da Covid-19, o projeto retornou ao evento aquecendo a alma daquele que faz questão de espantar o frio e a chuva em sintonia com o melhor da música regional.

Estacionado na Praça Euclides Dourado, o famoso automóvel multicolorido mostrou em seu segundo dia de festival a pluralidade soberana da arte. Totalizando 12 dias de festa, o Som na Rural reuniu em sua programação um leque fabuloso de artistas, a exemplo da cantora Marília Ferro, que abriu os trabalhos da noite desta quinta-feira (21) com sua sonoridade poética e revolucionária.

No repertório, Marília mostrou ao público o resultado do seu primeiro EP, Lunares, lançado em 2021. Em entrevista ao LeiaJá, ela falou da emoção de cantar pela primeira vez no FIG. "Estar cantando aqui, na minha terra, significa muito para mim. Agradeço aos organizadores por poder realizar o meu show e mostrar o que eu faço, escrevo e canto", declarou.

Aos 22 anos, a rapper garante que foi gratificante ter a oportunidade de mostrar seu trabalho para o público: "O artista independente passa por muitas dificuldades. Hoje estou aqui, mostrando meu ofício ao vivo para pessoas que nem são do nosso Estado. O festival é movimento, é cultura".

Para Roger de Renor, estar novamente com a sua 'Rural' no FIG é de uma sensação arrebatadora. "Estávamos com saudade desse lugar, de ter esse clima de dias seguidos de espetáculos, de estar correndo de um lado para o outro para ver as diversas expressões culturais", afirmou.

O produtor acrescenta: "É íncrivel ver o Festival de Garanhuns nesse pique festivo. Tudo isso aqui é uma celebração. Eu brinco que é uma festa da volta". Fazendo parte do cronograma do FIG há um bom tempo, o Som da Rural só vem provando ao longo de sua trajetória no evento que a arte é um motor que impulsiona a resistência.

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