Cristina Amaral, a voz que exalta a cultura nordestina

Trajetória da cantora reúne trabalhos e parcerias memoráveis

por Paulo Uchôa ter, 13/06/2023 - 14:50
Brando Nascimento Cristina Amaral tem no currículo 17 CDs gravados e 2 DVDs Brando Nascimento

Nascida em Sertânia, município de Pernambuco, Cristina Amaral traz em sua história uma força que inspira muita gente. Quando era criança, a cantora e compositora tinha em casa referências sonoras que moldaram o seu gosto pela tradição nordestina. Convivendo com uma família musical, Cristina viu que não tinha como trilhar por outro caminho.

Andando de mãos dadas com a arte, ela viu possibilidades de crescer com o dom do canto. Após chamar a atenção das pessoas em templos da Igreja Católica, Cristina recebeu na juventude o convite para integrar a Orquestra Marajoara. Dedicada em tudo, ela acabou subindo mais um degrau em sua trajetória: dividir os vocais com Flávio José no Grupo Os Tropicais.

Já no início dos anos 1990, quando partiu para a carreira solo, a sertaniense passou a conquistar o Brasil com a magia do seu talento. Colecionando trabalhos ao lado de grandes nomes como Naná Vasconcelos, Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Elba Ramalho e Fafá de Belém, Cristina Amaral é uma representante da música que faz aumentar em qualquer pessoa o fascínio pela cultura do Nordeste.

Para celebrar seu aniversário, nesta terça-feira (13), Cristina Amaral bateu um papo com o LeiaJá sobre sua vida e obra.

Cristina, como foi que o forró apareceu na tua vida?

Começou na minha casa. Meus pais adoravam forró. A gente escutava muito Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Trio Nordestino, Dominguinhos... Minha mãe e meu pai gostavam muito de dançar. Todos esses artistas de forró me inspiraram, me fizeram gostar muito mais de cantar o forró.

Quais são os elementos indispensáveis para quem deseja trilhar os caminhos da música?

Eu acho que é saber cantar, saber interpretar a música e gostar do que faz, além de passar emoção e verdade para o público. Isso que é importante.

Na sua opinião, como é ser uma das grandes colaboradoras da cultura nordestina?

Comecei minha carreira solo nos anos 1990. O meu primeiro disco foi mais eclético, e nele tinha a música Eu Sou o Forró. Essa canção foi a que o público me identificou como forrozeira. Daí então eu segui cantando forró e as pessoas se encantando. Fui me atraindo com tudo isso. Hoje me considero uma cantora de forró, apesar de ter outros projetos cantando diferentes estilos de música. O forró me encantou.

Com a chegada do São João, qual o principal destaque para encarar a maratona de shows?

Eu tenho toda uma preparação: cuidar da voz, tomar bastante água, fazer exercícios... me preocupo com isso. Essas ações são para você ter uma performance melhor no palco, para você estar bem totalmente.

Do seu repertório, que música não pode ficar de fora das apresentações nessa época?

As músicas que não podem faltar no meu repertório são Cidade Grande, Eu Sou o Forró e, a recém-lançada, Amor Próprio. Tudo fica na boca do povo. O público gosta.

O que as pessoas podem esperar de você durante os espetáculos no São João 2023?

Não vai faltar alegria, forró e muito amor próprio.

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