Após bronze, Fratus brilha e revezamento termina em 5º

Se o sexto lugar no 4x100m livre misto pouco importa, a evolução do 4x100m livre masculino é importante porque o Brasil tem chances reais de conquistar medalha nessa prova nos Jogos Olímpicos do Rio

sab, 08/08/2015 - 14:00
CHRISTOPHE SIMON/AFP CHRISTOPHE SIMON/AFP

Especialista nos 50m metros livre, Bruno Fratus não costuma nadar provas de 100m livre. Mas, menos de uma hora depois de ganhar o bronze no Mundial de Kazan na distância mais curta, ele aceitou o desafio de ajudar o revezamento 4x100m livre misto do Brasil. A equipe terminou apenas em quinto, mas o resultado individual do velocista é excelente para o País.

Afinal, Fratus baixou a casa de 48 segundos na sua parcial lançada, fazendo 47s83, mesmo cansado. E a avaliação é que o Brasil só não chegou ao pódio no 4x100m livre masculino em Kazan, essa sim prova olímpica, porque nenhum atleta foi capaz de quebrar tal barreira. O próprio Fratus fez 48s08.

Se o sexto lugar no 4x100m livre misto pouco importa, a evolução do 4x100m livre masculino é importante porque o Brasil tem chances reais de conquistar medalha nessa prova nos Jogos Olímpicos do Rio. Também conta, afinal, com Cesar Cielo (recordista mundial, que deixou o Mundial machucado), Matheus Santana (recordista mundial júnior) e Marcelo Chierighini (quinto colocado do Mundial nos 100m livre).

Na final do revezamento misto, Fratus entregou em quarto, mas o Brasil perdeu posições quando Larissa Oliveira e Daynara de Paula caíram na água, terminando em sexto. Chierighini preferiu não nadar, poupando-se para o revezamento 4x100m medley, cuja eliminatória será no domingo pela manhã. O Brasil precisa ser Top 12 para se classificar para a Olimpíada. O mesmo vale para o feminino, mas Daynara de Paula (nada o borboleta) e Larissa Oliveira (o crawl) optaram por participar da prova mista.

O título da prova ficou com os Estados Unidos de Ryan Lochte, Nathan Adrian, Simone Manuel e Missy Franklin. Lochte alcançou sua 17.ª medalha de ouro em Mundiais de Piscina Longa, a 26.ª no total. Contando também Mundiais de Piscina Curta, já são 64 medalhas, além de 11 olímpicas.

OUTRAS PROVAS - Estrela do Mundial de Barcelona, quando ganhou seis medalhas de ouro, Missy Franklin vai deixar Kazan sem nenhuma conquista individual. Campeã nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livre misto em Kazan, ela falhou também nos 200m costas, prova em que é campeã olímpica.

A norte-americana de 20 anos ficou com a prata, superada por Emily Seebohm, da Austrália, que bateu o recorde da Oceania: 2min05s81. Franklin fez 2min06s34, enquanto Katinka Hosszu, da Hungria, ficou com o bronze: 2min06s84. Daria Ustinova, da Rússia, em quarto, bateu o recorde mundial júnior.

Nos 100m borboleta masculino, também caíram dois recordes. O africano, com o campeão Chad Le Clos, da África do Sul, que venceu com 50s56, e o a Ásia, superado por Joseph Schooling, de Cingapura, medalhista de bronze (50s96). O húngaro Laszlo Cseh faturou a prata (50s87) e se tornou o primeiro atleta da história a ir ao pódio nas três provas de nado borboleta em uma mesma edição do Mundial - venceu os 200m e foi bronze nos 50m. Assim, chegou a 12 medalhas em Mundiais, todas em provas individuais.

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