Após bronze, Fratus brilha e revezamento termina em 5º
Se o sexto lugar no 4x100m livre misto pouco importa, a evolução do 4x100m livre masculino é importante porque o Brasil tem chances reais de conquistar medalha nessa prova nos Jogos Olímpicos do Rio
Especialista nos 50m metros livre, Bruno Fratus não costuma nadar provas de 100m livre. Mas, menos de uma hora depois de ganhar o bronze no Mundial de Kazan na distância mais curta, ele aceitou o desafio de ajudar o revezamento 4x100m livre misto do Brasil. A equipe terminou apenas em quinto, mas o resultado individual do velocista é excelente para o País.
Afinal, Fratus baixou a casa de 48 segundos na sua parcial lançada, fazendo 47s83, mesmo cansado. E a avaliação é que o Brasil só não chegou ao pódio no 4x100m livre masculino em Kazan, essa sim prova olímpica, porque nenhum atleta foi capaz de quebrar tal barreira. O próprio Fratus fez 48s08.
Se o sexto lugar no 4x100m livre misto pouco importa, a evolução do 4x100m livre masculino é importante porque o Brasil tem chances reais de conquistar medalha nessa prova nos Jogos Olímpicos do Rio. Também conta, afinal, com Cesar Cielo (recordista mundial, que deixou o Mundial machucado), Matheus Santana (recordista mundial júnior) e Marcelo Chierighini (quinto colocado do Mundial nos 100m livre).
Na final do revezamento misto, Fratus entregou em quarto, mas o Brasil perdeu posições quando Larissa Oliveira e Daynara de Paula caíram na água, terminando em sexto. Chierighini preferiu não nadar, poupando-se para o revezamento 4x100m medley, cuja eliminatória será no domingo pela manhã. O Brasil precisa ser Top 12 para se classificar para a Olimpíada. O mesmo vale para o feminino, mas Daynara de Paula (nada o borboleta) e Larissa Oliveira (o crawl) optaram por participar da prova mista.
O título da prova ficou com os Estados Unidos de Ryan Lochte, Nathan Adrian, Simone Manuel e Missy Franklin. Lochte alcançou sua 17.ª medalha de ouro em Mundiais de Piscina Longa, a 26.ª no total. Contando também Mundiais de Piscina Curta, já são 64 medalhas, além de 11 olímpicas.
OUTRAS PROVAS - Estrela do Mundial de Barcelona, quando ganhou seis medalhas de ouro, Missy Franklin vai deixar Kazan sem nenhuma conquista individual. Campeã nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livre misto em Kazan, ela falhou também nos 200m costas, prova em que é campeã olímpica.
A norte-americana de 20 anos ficou com a prata, superada por Emily Seebohm, da Austrália, que bateu o recorde da Oceania: 2min05s81. Franklin fez 2min06s34, enquanto Katinka Hosszu, da Hungria, ficou com o bronze: 2min06s84. Daria Ustinova, da Rússia, em quarto, bateu o recorde mundial júnior.
Nos 100m borboleta masculino, também caíram dois recordes. O africano, com o campeão Chad Le Clos, da África do Sul, que venceu com 50s56, e o a Ásia, superado por Joseph Schooling, de Cingapura, medalhista de bronze (50s96). O húngaro Laszlo Cseh faturou a prata (50s87) e se tornou o primeiro atleta da história a ir ao pódio nas três provas de nado borboleta em uma mesma edição do Mundial - venceu os 200m e foi bronze nos 50m. Assim, chegou a 12 medalhas em Mundiais, todas em provas individuais.