Seleção não pode pagar o pato por crise, diz Daniel Alves
"A seleção está pagando pela revolta do brasileiro com outras coisas", afirmou o lateral-direito da seleção
O lateral-direito Daniel Alves não quer que a seleção brasileira "pague o pato" pelo que está acontecendo no País de uma maneira geral, e no mundo do futebol. Ele admite que a equipe está devendo um bom futebol e resultados convincentes e que há um distanciamento por parte do torcedor. Mas pede à torcida para separar a crise política e econômica da queda de rendimento da seleção.
"Se eu puder pedir alguma coisa ao torcedor é para a seleção não pagar o pato do Brasil", disse o jogador do Barcelona na tarde desta segunda-feira, em Fortaleza. "A seleção está pagando pela revolta do brasileiro com outras coisas."
Daniel Alves reconhece que o fato de vários jogadores da seleção atuarem há tempos na Europa também contribui para que haja um distanciamento por parte do torcedor, que desconfiava da vontade dos jogadores de servir à equipe. Mas ele garante que empenho não falta.
"Dada à circunstância do futebol brasileiro, impede que você consiga fazer uma grande carreira no Brasil. Eu quero deixar claro que, apesar de jogar fora, eu sou tão brasileiro como os outros. Esse orgulho de vestir essa camisa, de estar na seleção é superior. Pode ser que exista um distanciamento, mas somos empurrados a isso", afirmou.
Ele criticou os clubes ao afirmar que não preparam os jogadores na base para que possam subir e se consolidar como profissionais. Para o lateral, os clubes têm interesse apenas em vender os atletas. "É moeda de troca. Se tivesse mais certeza e segurança na organização, seria diferente."
Daniel Alves garantiu que os jogadores estão disposto a lutar para resgatar a credibilidade perante o torcedor. "A gente está insistindo para ter essa estabilidade, retomar a confiança", declarou o lateral. Ele espera que esse resgate comece nesta terça-feira, com bom futebol e uma vitória convincente sobre a Venezuela, em Fortaleza.