Clássico alagoano teve público melhor que Santa x Náutico

CRB x CSA, mesmo com ingresso médio mais caro, teve mais que o dobro de torcedores presentes pela Copa do Nordeste

por Renato Torres ter, 07/02/2017 - 16:55
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Clássico das Emoções contou com um público decepcionante no Arruda Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Com apenas duas rodadas realizadas, a Copa do Nordeste já foi palco de dois clássicos estaduais, de muita tradição em suas respectivas praças. Na segunda rodada, o Santa Cruz venceu o Clássico das Emoções, contra o Náutico, no Arruda, em Recife. E o CRB bateu o CSA pelo Clássico das Multidões, no estádio Rei Pelé, em Maceió-AL. Apesar do primeiro contar com dois times de maior torcida que as equipes alagoanas, o público no Rei Pelé foi mais que o dobro do número presente na capital pernambucana.

É notorio que os públicos do Campeonato Pernambucano caíram considerávelmente nas últimas temporadas. Na atual edição, os seis jogos realizados no Hexagonal do Título somam menos de 16 mil pagantes, atingindo uma média pífia de 2,657 torcedores por partida. Vale ressaltar que na primeira rodada o Sport estreou diante do Central na Ilha do Retiro e ocorreu o primeiro clássico entre Náutico e Santa Cruz na Arena de Pernambuco.

Apesar de ter tido um melhor comparecimento, o Clássico das Emoções pela Copa do Nordeste também teve um público decepcionante com pouco mais de 5 mil pagantes no estádio do Arruda. Se tratando um duelo entre rivais locais, no torneio mais importante do primeiro semestre, em um domingo à tarde, as condições seriam ideais para ter casa cheia. Para se ter uma idéia, o Clássico das Multidões, entre CRB e CSA, em Alagoas contou com 12.328 presentes no estádio Rei Pelé, mais que o dobro dos 5.086 em Recife.

O preço do ingresso foi apontado no Estadual como o maior vilão para os fãs de Santa Cruz e Náutico. Porém, o bilhete médio de R$ 34 não é tão alto se comparado ao valor médio dos vizinhos que beira os R$50. Em entrevista recente ao LeiaJa.com, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, enxergou no choque de tabelas a causa dos baixos públicos tanto no estadual quanto Nordestão.

"Nós vemos uma redução de público também na Copa do Nordeste, ela começou com uma media de nove mil e hoje ela está com cinco mil, mas o problema é que a Copa do Nordeste passou de 16 clubes para 20, e de um mês e meio para quatro meses, virou um campeonato. Então, estamos fazendo dois campeonatos simultâneos com os mesmos clubes envolvidos jogando quarta e domingo. Isso atrapalha a rentabilidade das duas", apontou Evandro.

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