Trio ex-Betis é acusado de manipulação de resultados

Envolvidos teriam reecebido cerca de R$ 2,1 milhões, cada, de ex-dirigentes do Osasuna, que lutava para não cair

qui, 16/02/2017 - 15:33
WikimediaCommons Amaya defendeu 5 clubes na espanha e o Wigan, da Inglaterra WikimediaCommons

A Justiça espanhola denunciou nesta quinta-feira três ex-jogadores do Betis sob acusação de manipulação de resultados. Eles teriam recebido dinheiro de dirigentes do Osasuna para combinar o placar de duas partidas válidas pelo Campeonato Espanhol na temporada 2013/2014. A manipulação visava fazer o Osasuna escapar do rebaixamento.

De acordo com documentos divulgados pela Justiça, o trio de jogadores formado por Amaya Carazo, Jordi Figueras e Xavi Torres, então no Betis, receberam 650 mil euros cada (cerca de R$ 2,1 milhão) de ex-dirigentes do Osasuna.

Pelo suposto acordo entre jogadores e diretores, o Betis deveria vencer o Valladolid e perder para o Osasuna, na tentativa de fazer este escapar da queda. Os dois resultados foram confirmados dentro de campo, com vitória por 4 a 3 sobre o Valladolid e revés por 2 a 1 diante do Osasuna.

Nada disso, porém, evitou a queda das três equipes envolvidas nestes jogos. Outros resultados eram necessários para que o Osasuna evitasse o rebaixamento - na temporada passada o time conseguiu o retorno à primeira divisão.

Ao todo, 18 pessoas foram denunciadas, a maioria com ligações com o Osasuna, incluindo o então presidente Miguel Archanco. As acusações envolvem fraude e corrupção no esporte. Todos ainda vão se defender no processo. No início do processo, 29 pessoas foram investigadas, sendo 11 delas já inocentadas pela Justiça.

Segundo o juiz do caso, Fermin Otamendi Zozaya, "os dirigentes do Osasuna decidiram usar o dinheiro do clube para manter o time na primeira divisão a qualquer custo, entregando diferentes cifras aos jogadores das outras equipes com a intenção de alterar o resultado da competição".

O dinheiro foi pago aos jogadores em parcelas de 400 mil e 250 mil euros depois de uma reunião num hotel de Madri, onde os atletas tiveram reunião com dirigentes do Osasuna. Os valores foram pagos em dinheiro mesmo e, segundo a Justiça, os jogadores teriam até cobrado cifras mais altas. Mas o Osasuna não aceitou o pedido por conta das dificuldades financeiras do clube.

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