Löw classifica cânticos nazistas em Praga como vergonhosos

"Como equipe, queremos defender valores particulares para uma Alemanha tolerante e aberta", desabafou

dom, 03/09/2017 - 16:18
ROBERT MICHAEL / AFP Joachim Löw revelou que só tomou conhecimento das manifestações radicais quando estava no vestiário ROBERT MICHAEL / AFP

O técnico da Alemanha, Joachim Löw, classificou - durante entrevista coletiva neste domingo - como vergonhosa para o país os cânticos nazistas entoados por extremistas durante a vitória por 2 a 1 da seleção alemã sobre a República Checa, na sexta-feira passada, em Praga, pela sétima rodada das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.

"Não queremos hooligans como esses. Nós não somos a seleção nacional dessas pessoas e elas não são nossas fãs. É absolutamente terrível. Acredito que hooligans deveriam receber punições mais severas. Estou indignado com o que aconteceu e irritador por os chamados 'fãs' usarem o palco de um jogo de futebol internacional para envergonhar nosso país. Como equipe, queremos defender valores particulares para uma Alemanha tolerante e aberta", desabafou o técnico alemão.

Joachim Löw revelou que só tomou conhecimento das manifestações radicais quando estava no vestiário, pois estava focado na partida. O treinador alemão também criticou duramente as ofensas direcionadas ao atacante Timo Werner, de 21 anos, proferidas pelo mesmo grupo de torcedores. "Os insultos contra Timo não são justos nem agradáveis. São inconfortáveis e injustos".

O técnico do selecionado alemão - que lidera o Grupo C do qualificatório europeu para o Mundial com 21 pontos, cinco à frente da Irlanda do Norte, a segunda colocada - prevê dificuldades no duelo contra a Noruega, nesta segunda-feira, às 15h45 (de Brasília), em Stuttgart, pela oitava rodada do torneio. Joachim Löw fez elogios ao colega Lars Lagerbäck e à experiência do time norueguês.

"Ele é incrivelmente experiente e um treinador que pode mudar a forma (de jogar) de uma equipe. Sei como eles podem jogar e quais formações terão que escolher. Não queremos nos adaptar à Noruega. As questões-chave são: o que queremos fazer, quais desafios teremos que superar, o que teremos que fazer melhor do que fizemos contra a República Checa? Se nos prepararmos para fazer isto, então teremos chances de dominar", projetou Joachim Löw.

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