Ivan Netto, acompanhado do pai, Ivan Filho, e pela irmã, Letícia Gomes Marília Parente/LeiaJá Imagens

Quase toda mudança na vida é válida. É válido trocar de marido, esposa, gênero, ideologia, religião, partido, nacionalidade e orientação sexual. Já trocar de time, é falha de caráter. Quem não reestabelece a fé diante das derrotas, mesmo que elas pareçam soberanas, não aprendeu a viver. Quem não sabe o que é perder, não conhece o verdadeiro sabor da vitória. Quem não descobriu a humildade, não compreenderá a glória.

O pequeno Ivan Netto, de apenas 12 anos, ainda precisaria esperar dois anos para nascer quando o Náutico venceu o Campeonato Pernambucano de 2004, seu último título até o momento em que menino se prepara para sair de sua casa com o pai, Ivan Filho Gomes, de 44 anos, e a irmã, Letícia Gomes, de 16 anos. Qual razão para que ele torça para o Náutico?

Gravado exclusivamente com celular, “Vermelho de Esperança” é o resultado de um dia com Netto e sua família, rumo a Arena de Pernambuco, para acompanhar a grande decisão estadual entre o alvirrubro da Rosa e Silva e o Central. Pode ser a última oportunidade para que o ancião Náutico, de 117 anos, mantenha interessado um persistente grupo de jovens torcedores, que cresceram em tempos distantes das glórias do passado e, na era da internet, podem acompanhar os jogos e a rotina de qualquer grande clube europeu. 

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”, Fernando Pessoa.

Assista a webdoc "Vermelho de Esperança":