Arnaldo Barros: 'Sport é um clube normalmente deficitário'
Em um cenário financeiro crítico, o presidente do Sport tentou explicar os problemas que afetam os cofres do clube
Com uma imagem desgastada diante de muitos torcedores rubro-negros, o presidente do Sport Arnaldo Barros concedeu coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (25), na Ilha do Retiro, para explicar os problemas financeiros do clube. A entrevista ocorre após um dia conturbado para os leoninos, uma vez que o técnico Nelsinho Baptista deixou o comando do Sport e detonou a diretoria.
Em seu discurso, Arnaldo mostrou números sobre o orçamento do clube que, segundo ele, apresenta um déficit de R$ 18 milhões. “Não existem um rombo de R$ 60 milhões. Foi um déficit de R$ 18 milhões, infelizmente comum na história do Sport”, argumentou o mandatário rubro-negro.
De acordo com o presidente, em toda a sua história, o Sport sempre apresentou problemas financeiros. “É um clube normalmente deficitário”, comentou. Barros mostrou, em um quadro, os dados orçamentais das gestões desde o clube desde 1991. “Meu percentual de déficit foi de 17%. Martorelli teve 30%, Bivar 9% e Silvio Guimarães 26%. Isso não é expor ninguém, só quero mostrar que o Sport sempre foi deficitário”, completou Arnaldo.
Ao explicar a defasagem nos cofres rubro-negros, a partir a movimentação financeira de 2017, o presidente afirmou que planejou um orçamento, mas gastou uma quantia superior: “Gastamos R$ 120 milhões enquanto tínhamos orçado R$ 86 milhões”.
Apesar da coletiva de imprensa, Arnaldo Barros declarou que não gostaria de tratar os assuntos financeiros do clube abertamente. “Quero dizer que não me agrada fazer esse tipo de esclarecimento. Sempre defendi que as coisas do Sport devem ser tratadas dentro do Sport. Transparência é uma coisa e publicidade é outra. Transparência é não deixar nada embaixo do tapete. Isso (transparência) está e sempre esteve à disposição dos sócios e dos conselheiros”, falou o presidente.
O gestor rubro-negro, mesmo diante da crise financeira que afeta o Sport, enalteceu o seu trabalho. “Foi falado que o Sport perdeu receitas na minha gestão, e isso foi uma crítica muito forte. Modéstia a parte, a minha gestão teve a maior receita no Sport de 2009 para cá”, justificou.
“Em relação ao orçado, tivemos um avanço de 42%. Essa diferença apareceu nos direitos de transmissão, ano passado o Sport ficou mais em evidencia e isso ajudou. Nas rendas das competições, saímos de R$ 8 milhões para R$ 12 milhões, mas isso se deve ao grande desempenho do time. Tivemos uma performance inédita no Nordeste no que diz respeito à Copa Sul-Americana. Tivemos acréscimos de patrocínios e sócios, além das negociações de atletas que conseguimos R$ 4 milhões”, completou o presidente.
Com informações de Thayná Aguiar