Memórias marcam retorno do clássico Re x Pa à Curuzu

Remo e Paysandu se enfrentam neste domingo (4) no estádio bicolor, pelo Parazão, na volta às atividades após paralisação de duas semanas por causa da pandemia da covid-19

sab, 03/04/2021 - 09:51

Remo e Paysandu disputam o clássico 760 da história, neste domingo (4), pelo Campeonato Paraense, na Curuzu, após 19 anos do último confronto no estádio. Na época os clubes entravam em campo pela segunda fase da Copa Norte, da qual o Paysandu foi campeão. A competição foi extinta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Leão venceu por 1 a 0, gol de Balão, quebrando uma invencibilidade de 11 jogos dos bicolores.

Muitos jogos realizados na Curuzu, conhecido como o “Vovô da cidade”, marcaram a história do Clássico da Amazônia. O primeiro Re x Pa, em 1914, foi no estádio que na época pertencia à Firma Ferreira & Comandita. O Remo venceu a partida por 2 a 1. Gols de Rubilar, Baymar (contra) e Mathews.

Outro confronto marcante foi em 1993. A partida válida pelo segundo jogo da final do Parazão teve queda do alambrado da torcida visitante.

Era o oitavo clássico realizado entre os clubes no ano. O primeiro jogo da decisão terminou empatado em 1 a 1, no Baenão. Na volta, o Remo vencia a partida por 1 a 0, gol de Biro-Biro, quando aos 29 minutos do primeiro tempo o muro que sustentava o alambrado do lado da travessa do Chaco caiu com a pressão da torcida azulina, ferindo muitas pessoas. A partida foi cancelada. Seis dias após o incidente, o jogo foi realizado no estádio do Mangueirão, com vitória do Leão por 1 a 0, gol de Agnaldo, que consagrou o Remo campeão daquele ano.

Expectativa para o Re x Pa 760

Emoção no jogo deste domingo não deve faltar. Mesmo em um período conturbado, provocado pela pandemia do novo coronavírus, que paralisou o Campeonato Paraense de 2021 por 14 dias, os clubes devem ir a campo motivados. Com 100% de aproveitamento na temporada, o Leão busca manter o retrospecto positivo de quatro jogos sem perder do maior rival e manter a invencibilidade na competição. Já o Papão, invicto na temporada, quer a quarta vitória consecutiva, além de quebrar esse jejum incômodo contra o Remo.

O Paysandu busca também afastar a polêmica com o atacante Nicolas, que teve informações vazadas de uma proposta realizada pelo Vasco da Gama ao bicolor paraense. Proposta que, segundo o diretor executivo do cruzmaltino, Alexandre Pássaro, surgiu após o jogador mostrar vontade de atuar no clube carioca. Nicolas é um dos maiores artilheiros do Re x Pa no século XXI, com seis gols em 14 clássicos.

Em entrevista coletiva na Papão TV Play, o meia-atacante do Paysandu Ruy disse estar confiante na vitória do time bicolor contra o rival. “Particularmente já disputei vários clássicos, Ba-Vi, Athletiba. Então eu creio que vai ser mais um clássico para minha carreira, pro meu marco pessoal, mas eu espero que nesse meu primeiro Re x Pa o time possa sair vitorioso”, afirmou o jogador.

Contratado no início do mês, o atacante Edson Cariús foi apresentado oficialmente na terça-feira (30), no Baenão, e já pode estrear com a camisa azulina logo no clássico contra o Paysandu. “Tenho ouvido falar que (no Re x Pa) são jogos difíceis. Por ser um dos maiores clássicos do Brasil, duas grandes equipes, temos que nos preparar bem”, afirmou o atleta.

Números na Curuzu

O Paysandu leva vantagem nos clássicos contra o Remo realizados na Curuzu. São 85 vitórias do Papão, 76 empates e 74 vitórias do Leão.

A Curuzu foi palco de duas das três maiores goleadas do Re x Pa. O Remo goleou os bicolores por 7 a 2, em um amistoso, em 1939. Também em um amistoso, em 1943, o Paysandu goleou os azulinos por 7 a 1.

O Paysandu lidera o grupo A do Parazão 2021, com sete pontos, duas vitórias e um empate. A equipe azulina é líder do grupo B, com nove pontos, tendo três vitórias.

As escalações dos dois times serão divugadas momentos antes da partida. A Federação Paraense de Futebol (FPF) divulgou a arbitragem. Árbitro: Marco José Soares de Almeida/FPF. A1: Márcio Gleidson Correia Dias/CBF. A2: Jhonathan Leone Lopes/CBF. 4º: Olivaldo José Alves Moraes/CBF. 5º: Alexandre Expedito Vieira da Silva Jr/FPF.

Por Erick Baia e Bruno Chaves.

 

 

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