Servidores de universidades federais param por 24 horas

Manifestação, em Belém, será nos portões da Ufra e da UFPA. Protesto é contra projeto de lei que, segundo os servidores, impõe corte de direitos trabalhistas.

qua, 13/04/2016 - 21:43

Servidores públicos de diversos setores vão suspender suas atividades por 24 horas, em todo o País, contra o Projeto de Lei Complementar 257/2016, que propõe a retirada de direitos como o congelamento de salários e a não realização de concursos públicos. O Sindicato dos Trabalhadores das Instituições de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes-PA) promove, em Belém, nesta quinta-feira (14), atos em apoio à paralisação. As manifestações serão em frente aos portões da Universidade Federal do Pará (UFPA), no Guamá, e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), na avenida Perimetral. O projeto foi encaminhado pelo governo federal à Câmara Federal e deverá ser votado até o dia 6 de maio.

O PLP 257/ 2016 é um projeto que, oficialmente, tem como objetivo o controle dos gastos públicos. Para William Motta, membro do Conselho Fiscal do Sindtifes do biênio 2016/2018, o projeto pretende economizar o dinheiro de arrecadação do contribuinte com o corte de direitos dos trabalhadores. “A realidade é que eles vão pagar as contas públicas, o endividamento público, repassar dinheiro aos bancos, em cima do servidor público”, analisa.

Segundo o conselheiro, o projeto também propõe o congelamento de reajuste salarial por cinco anos e estimula a demissão voluntária. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) também se manifestou, em nota, sobre o assunto, considerando que o serviço público “sofrerá um golpe na sua qualidade, e na ponta quem sofrerá serão os usuários desses serviços do estado”. “Maior ainda é o retrocesso com relação à política de valorização do salário mínimo, afetando milhares de brasileiros, que tem como única fonte de renda o salário mínimo”, considera ainda a Federação.

Para William, esse motivo e a decisão do Poder Executivo de não procurar solucionar a questão do déficit pessoal do serviço público brasileiro são razões suficientes para que os trabalhadores se mobilizem contra o ataque do governo brasileiro. Na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, haverá um seminário para discussão da PLP. À tarde, segue a paralisação dos servidores.

Informações da Assessoria do Sindtifes-PA.

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