Comunicação e autoconhecimento facilitam a convivência

Psicóloga e advogada que trabalha com logística e contratação de pessoal indicam os caminhos para boas relações no trabalho e no ambiente familiar

ter, 27/02/2018 - 15:35
Maria Clara Silva/LeiaJáImagens Bruna Seiko, advogada, trabalha com logística e contratação Maria Clara Silva/LeiaJáImagens

A comunicação e as relações interpessoais são peças fundamentais nos relacionamentos, tanto no profissional quanto no familiar. Quem está aberto para compartilhar e se comunicar terá mais facilidade de receber e aprender. A resolução de conflitos é muito facilitada com a comunicação. E o autoconhecimento é um porta para o bom relacionamento, segundo a psicóloga Elizabete Cristina Ribeiro, entrevistada do LeiaJá Pará sobre relacionamentos na contemporaneidade.

A relação no ambiente familiar influencia no trabalho, afirma a psicóloga Elizabeth Ribeiro. Dessa forma, afirma, tudo o que a pessoa vive no ambiente familiar se reflete no dia a dia. “O ambiente familiar acaba refletindo o que é inevitável, pois, de alguma forma, não dá pra deixar a pessoa que nós somos. O ideal seria que a pessoa conseguisse suspender e se distanciar, mas nem sempre isso é possível. Agora se no ambiente de trabalho tem um clima relacional favorável, essa interferência pode ser minimizada”, diz Elizabete.

A psicóloga entende que o autoconhecimento é muito importante para ter um bom relacionamento interpessoal. “Penso que o autoconhecimento é importante para todas as relações. Se eu sei realmente o que eu estou sentindo, o que está se passando comigo, e me reconheço, assim começo a reconhece melhor o outro, consigo ajudar a compreender o outro e nisso passo a ser mais cooperativa, e o trabalho será um ambiente fecundo”, explica a psicóloga.

Bruna Seiko, advogada coordenadora do setor de logística da empresa Fonseca Brasil Advogados, acredita que é necessário o autoconhecimento para que se consiga ter uma relação com os colegas. “Na relação interpessoal eu acho que a pessoa tem que saber ouvir e saber assumir as consequências, vamos dizer assim. Se eu sei que sou uma pessoa que tenho personalidade forte, eu acho que vou ter um pouco de dificuldade de me adaptar em uma equipe. Acho que a pessoa tem que ter consciência de que ela tem essa personalidade, e tentar se adaptar da melhor forma possível naquele ambiente de trabalho”, conta Bruna.

A relação interpessoal é tão importante que, na hora de escolher pessoas para trabalharem na empresa, Bruna busca pessoas com personalidade que se encaixe na equipe. “Na verdade quando eu faço a entrevista para as pessoas trabalharem aqui no escritório, eu sempre prezo por pessoas que vão se encaixar na equipe. Eu me importo muito com o desenvolvimento no trabalho. Pessoas que trabalham unidas trabalham bem melhor e desenvolvem o trabalho melhor. É muito importante essa questão de encaixar essa pessoa na equipe. Um perfil que se encaixe na equipe que já está pronta”, explica a advogada.

Bruna fala também da importância de conhecer e compreender as pessoas com quem se está trabalhando. “Sempre tento entender o lado pessoal, todas as pessoas têm problemas, temperamentos diferentes, personalidades diferentes. Lógico que no ambiente de trabalho a pessoa vem para trabalhar desenvolver o trabalho dela. Mas de certa forma, eu como coordenadora tendo entender a individualidade de cada pessoa, a personalidade, os problemas pessoais. Eu sempre tento me colocar no lugar da pessoa para que ela consiga desenvolver um trabalho bem feito”, conta a advogada.

O respeito deve ser sempre a chave das relações. A empatia é um dos fatores que devem ser valorizados, explica a psicóloga Elizabete. “Deve haver a disponibilidade pra entender que o outro é um ser diferente de mim, quando a gente entende consegue conviver com mais saúde e isso só conseguimos fazer com mais maestria quando a gente se conhece, quando nos aceitamos e nos compreendemos. Então assim temos uma possibilidade maior de conhecer e compreender o outro como um ser diferente. Quando você aceita o outro e aceitar não significa necessariamente que você vai concordar inclusive com algo que esteja errado, mas que você é capaz de compreender, você pode se posicionar, se direcionar", acrescenta a psicóloga.

 

Por Maria Clara Silva.

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