Adolescente comove o mundo com seis minutos de silêncio

Sobrevivente de atentado, Emma Gonzalez lidera milhares de jovens na luta antiarmas dos EUA

por Marília Parente sab, 24/03/2018 - 19:21
Reprodução/Twitter Emma sobreviveu à atentado na Flórida Reprodução/Twitter

A adolescente Emma Gonzalez, de apenas 18 anos de idade, emocionou o mundo ao promover pouco mais de seis minutos e vinte segundos de silêncio em referência ao tempo que durou o atentado que matou de seus 17 colegas, no atentado ocorrido em fevereiro deste ano, na escola Stoneman Douglas, na Flórida, Estados Unidos. A manifestação ocorreu durante seu discurso no March For Our Lives, movimento que pede controle de armas nos EUA, e realizou cerca de 800 protestos no país neste sábado (24). 

No ato de Washington, capital norte-americana, Emma afirmou: "Todo mundo que estava lá entende. Todo mundo que foi tocado pelo aperto frio da violência armada entende. Para nós, longas e lacrimosas horas caóticas no sol escaldante da tarde não eram gastas sabendo. Eu não entendi a extensão do que aconteceu. Ninguém poderia acreditar que havia corpos naquele prédio esperando para serem identificados por mais de um dia”. 

Após mencionar os nomes dos estudantes mortos no atentado da Stoneman Douglas, a estudante pediu silêncio. Parte da multidão de manifestantes permaneceu calada. Em outros momentos, algumas pessoas gritaram palavras de ordem, como “never again” (nunca mais), em referência ao temor de que novos atentados ocorram devido à facilidade da compra de armas nos EUA.  

A jovem Emma Gonzalez, descendente de cubanos, tornou-se a principal voz do movimento antiarmas norte-americano, que vem conquistando grande adesão entre estudantes, que temem novos atentados nas escolas e universidades. Gonzalez já havia feito fortes críticas a Donald Trump e suas relações com Associação Nacional do Rifle (ANR).

“Isso não é uma questão de saúde mental. Ele não teria machucado tantos alunos se estivesse com uma faca. Se o presidente quiser vir até mim para dizer na minha cara que foi uma terrível tragédia, e como isso nunca deveria ter acontecido, e continuar a nos dizer que nada será feito a respeito, eu irei perguntá-lo alegremente quanto dinheiro ele recebeu da ANR. Não importa, porque eu já sei: 30 milhões”, afirmou a estudante durante uma manifestação anterior. 

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