Homem atacado por tubarão em Pernambuco "sabia do perigo"

“Eu falei para ele ter cuidado e não mergulhar, já que tinha as placas indicando o perigo. Não sei o que levou ele a fazer isso”, revela a mãe

por Jameson Ramos seg, 16/04/2018 - 12:00
Pixabay A mãe da vítima confirma que havia falado com o filho sobre o perigo das praias da RMR Pixabay

“Ele era muito afoito, gostava muito de mergulhar e, lá em Natal, ele já chegou a nadar depois das pedras (da praia); lá também é muito perigoso”, pontua Darlene Melo, mãe do Paulo Diego Inácio de Melo, vítima de um ataque de tubarão na tarde deste último domingo (15), na praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes. A mãe ainda diz que o filho sabia da periculosidade das praias de Jaboatão, mas mesmo assim ele se arriscou.

“Eu falei para ele ter cuidado e não mergulhar, já que tinha as placas indicando. Eu não sei o que levou ele a fazer isso”, informa Darlene. Paulo Diego Inácio de Melo é casado e tem 5 filhas. Segundo assegurado pelo diretor geral do Hospital da Restauração (HR), Miguel Arcanjo, o paciente perdeu muito sangue, chegou a ter uma parada cardíaca, sendo reanimado e encaminhado para o bloco cirúrgico onde precisou amputar a perna direita.

No momento ele se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado estável, porém ainda grave; correndo risco de morrer. Sobre de qual espécie pertence o tubarão que mordeu a vítima, o diretor do HR afirma que o Instituto de Medicina Legal (IML) é o responsável pelas investigações, mas até o momento não se pode apontar qual espécie causou esse ataque. Sedado, a única palavra que o Paulo Diego falou, segundo os médicos, foi mãe.

Darlene Inácio de Melo, mãe do Paulo Diego, Veio do Rio Grande do Norte, na tentativa de conseguir ver ou falar com o filho; sem sucesso, já que a equipe médica não permitiu por medo de que ao ver a mãe ele tivesse que ser entubado novamente por conta da emoção.

Ela ainda faz um apelo para quem quiser e puder ajudá-la. “Eu vim simplesmente pela misericórdia. O dinheiro que estou aqui é R$ 35 reais que já foi a minha sobrinha que me deu”. Por não ter amigos ou familiares em Recife, ela pede para que as pessoas se solidarizem e ajudem. “Enquanto meu filho estiver aqui (HR) eu vou ficar. Não sei como, mas eu vou ficar”, exclama Darlene.

Se quiser ajudar, o dinheiro pode ser depositado na conta corrente dela. Banco do Brasil - 1373x0 Cc / 2874x6 Agência. 

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