Grupo de whatsapp incita ao estupro e vira caso de polícia

Mensagens divulgadas em rede social por alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus de Belém, mostram fotos de meninas com frases como "Bora logo meter o estupro"

por Ariela Motizuki qua, 08/08/2018 - 17:04

No último domingo (5), foram divulgados nas redes sociais prints de conversas em um grupo de WhatsApp em que alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), do campus da cidade de Belém, fazem comentários racistas e apologia ao estupro. A conversa, que viralizou, mostra quatro alunos reproduzindo afirmações machistas e que incitam ao estupro.

O fato se deu após um participante do grupo compartilhar a foto de alunas da universidade com como “Bora logo meter o estupro” e “Estupro não. Sexo surpresa”. Além das mensagens incitando o crime, é possível ver afirmações como ““Tô querendo comprar um anão, acho que branco deve tá caro. Um negro deve ser mais barato”.

Segundo a Polícia Civil do Pará, a denúncia foi registrada na Divisão de Prevenção e Repreensão a Crimes Tecnológicos por uma das alunas que teve suas fotos compartilhadas no grupo. Ainda segundo a Polícia Civil, as vítimas foram orientadas a levar os aparelhos celulares para dar andamento ao caso, e não somente os prints das conversas.

Em nota enviada ao LeiaJá Pará, a UFRA informou que repudia as ações e mensagens que fazem apologia a crimes, e diz que já colocou a equipe de psicossocial à disposição das estudantes que tiveram suas fotos compartilhadas. Além de que, informa a nota, assim que formalizadas as denúncias a universidade tomará medidas para apurar disciplinarmente o caso.

Após a divulgação das conversas, na última segunda-feira (7), alunos de diversos cursos da universidade fizeram um ato em frente ao restaurante universitário da instituição, onde foram colados cartazes com algumas das mensagens divulgadas, como forma de protesto.

Na próxima quinta-feira será realizado uma assembleia em frente ao auditório Waldir Bouhid, da UFRA, às 10 horas. A mobilização está sendo feita por evento nas redes sociais e visa cobrar da universidade a expulsão dos alunos envolvidos no caso.



 

 

 

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