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Os partidos PSOL e Rede e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) submeteram nesta sexta-feira (29), ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei que estabelece um marco temporal para demarcação das terras indígenas, promulgada na quinta-feira (28). Os autores argumentam que o STF já havia invalidado a tese em julgamento finalizado em setembro.

A lei promulgada nesta semana pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estabelece que a demarcação de terras indígenas depende de comprovação de que povos originários ocupavam a área em disputa na data de publicação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. O projeto da lei foi aprovado no Senado na mesma data em que o STF finalizou o julgamento em que determinou que essa linha de corte para demarcações é inconstitucional.

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Na ADI, os partidos e a Apib argumentam que a lei representa um retrocesso para os direitos fundamentais de indígenas brasileiros. Segundo os autores da ação, a legislação pode acarretar em aumento da violência contra povos originários e da degradação do meio ambiente.

A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) afirmou que o partido "não vai descansar" até a derrubada da lei. "O maior ataque aos povos originários desde a redemocratização", afirmou ela no X (antigo Twitter).

O processo foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes. No julgamento do marco temporal, ele votou contra a linha de corte para demarcação de terras. O ministro também é relator de uma Ação Direta de Constitucionalidade impetrada pelos partidos PL, Progressistas e Republicanos, que pedem que a Corte reconheça a validade da lei do marco temporal.

Levando-se em conta que os ministros do STF já decidiram recentemente sobre o tema, especialistas consultados pelo Estadão preveem uma decisão contrária à lei promulgada. Na prática, significa que o STF deve "lembrar" que ele próprio decidiu que a tese do marco temporal fere o direito dos povos indígenas e foi declarada inconstitucional.

Em outubro, Lula vetou 47 trechos do projeto de lei do marco temporal, incluindo o ponto principal, que estabelece a data de 5 de outubro de 1988 como referência para demarcação de terras. Em dezembro, o Congresso derrubou 41 dos vetos impostos pelo presidente. Lula, então, tinha 48 horas para definir se promulgava ou não a lei, como aprovada pelos parlamentares. Como isso não ocorreu, coube a Pacheco assinar a promulgação da lei, publicada na quinta no Diário Oficial da União.

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues, anunciou nesta segunda-feira, 18, que voltará ao PT, partido ao qual foi filiado até 2005. Randolfe deixou a Rede em maio e ficou sem legenda.

O senador deu a declaração em Macapá, capital do Amapá, em cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Randolfe fez uma série de elogios ao PT. Depois, indicou sua filiação à legenda.

"No início desse ano foi necessário um desligamento partidário meu. Me perguntam, presidente, qual a minha escolha partidária. Eu lhe respondo em primeira mão, para o senhor e para todos os que estão ouvindo, o meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula onde o partido de Lula estiver, porque estou ao lado da maior liderança política da história desse país", declarou Randolfe.

Diversos destinos foram especulados para o senador, incluindo MDB e PSB.

O anúncio nesta segunda-feira foi inesperado e pegou até a equipe do político de surpresa.

O Instagram é a principal plataforma usada por redes de pedófilos para promover e vender conteúdo de abuso sexual infantil — diz um relatório da Universidade de Stanford e do Wall Street Journal (WSJ).

"Grandes redes de contas com a aparência de serem administradas por menores anunciam abertamente material de abuso sexual infantil para venda", disseram pesquisadores do Centro de Política Cibernética dessa renomada universidade do Vale do Silício, na quarta-feira (7).

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“O Instagram é, hoje, a plataforma mais importante para essas redes, devido a características como algoritmos de recomendação de conteúdo e mensagens diretas, que ajudam a conectar compradores e vendedores”, acrescentaram.

E nem os pedófilos nem essas redes precisam mostrar muita engenhosidade.

De acordo com o WSJ, uma simples busca por palavras-chave explícitas sobre o assunto leva a contas que usam essas tags para anunciar conteúdo de abuso sexual infantil.

Muitos desses perfis "afirmam ser gerenciados pelas próprias crianças e usam pseudônimos abertamente sexuais", detalha o artigo.

As contas não dizem, diretamente, que estão vendendo essas imagens, mas têm menus com opções, incluindo, em alguns casos, a de solicitar atos sexuais específicos. Os pesquisadores de Stanford também detectaram ofertas de vídeos com zoofilia e automutilação.

"Por um determinado preço, as crianças estão disponíveis para 'reuniões' presenciais", continua o texto.

A reportagem destaca o papel desempenhado pelos algoritmos da popular rede social: uma conta de teste criada pelo jornal foi "inundada com conteúdo que sexualiza crianças", após clicar em algumas dessas recomendações.

A Meta, empresa controladora do Instagram, não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da AFP.

De acordo com o WSJ, a gigante das redes sociais reconheceu ter dificuldades em seus serviços de segurança e disse que criou um "grupo de trabalho" para abordar o problema.

Em março, fundos de pensão e de investimentos apresentaram denúncia contra a Meta por ter “feito vista grossa” ao tráfico de pessoas e à pedofilia em suas plataformas.

O Instagram também é regularmente acusado por associações e por autoridades de não proteger suficientemente as crianças contra os riscos de bullying, dependência e problemas de autoimagem.

A justiça da Alemanha anunciou nesta quarta-feira (7) que impediu os planos de um pequeno grupo de extrema-direita que planejava atacar as instituições democráticas do país, incluindo o Parlamento.

A polícia prendeu 25 pessoas, incluindo duas na Áustria e Itália, em uma vasta operação em todo o país que mobilizou quase 3.000 agentes, com mais de 130 ações de busca e apreensão.

Os detidos são suspeitos de "preparativos concretos para entrar de maneira violenta no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento) com um pequeno grupo armado", informa um comunicado divulgado pelo Ministério Público.

"Suspeitamos que um ataque armado estava sendo planejado contra os órgãos constitucionais", afirmou o ministro da Justiça, Marco Buschmann, em uma mensagem no Twitter, na qual destaca uma "ampla operação antiterrorista".

A imprensa alemã destaca que esta é a maior operação policial do tipo na história do país.

Além dos 25 detidos, outras 27 pessoas estão sendo investigadas por suspeitas de integrar a célula criminosa, informou o MP

As autoridades da Alemanha classificaram nos últimos anos a violência de extrema-direita como a principal ameaça à ordem pública, à frente do extremismo islâmico.

Há alguns meses, as autoridades desmantelaram um pequeno grupo de extrema-direita suspeito de planejar atentados no país e o sequestro do ministro da Saúde, que implementou as medidas de restrição anticovid.

- "Cidadãos do Reich" -

A operação tem como alvo o movimento "Reichsbürger" (Cidadãos do Reich). Os integrantes não reconhecem as instituições, não obedecem a polícia e nem pagam impostos.

A célula, "fundada no mais tardar no final de 2021, tem como objetivo superar a ordem estatal existente na Alemanha e substituí-la por uma forma de Estado própria", afirma o comunicado do MP de Karlruhe, responsável por casos que afetam a segurança do Estado.

O projeto só pode ser concretizado "com o uso de meios militares e violência contra os representantes do Estado", acrescenta a nota.

Os membros do grupo estão "unidos por uma profunda rejeição das instituições do Estado e da ordem fundamental liberal e democrática da República Federal da Alemanha, o que aumentou entre eles, ao longo do tempo, a decisão de participar em sua eliminação pela violência e iniciar atos preparatórios concretos para este fim", afirmam os procuradores federais.

A Alemanha calcula que quase 20.000 pessoas abraçaram esta ideologia e que parte do grupo se radicalizou - o que inclui negacionistas e muitos que defendem o uso da violência.

Os integrantes do grupo desmantelado também estão familiarizados com as teorias do movimento conspiracionista QAnon, grupo de extrema-direita que nasceu nos Estados Unidos, afirma o MP.

- Tentativas de contato com a Rússia -

Os integrantes da célula "estão absolutamente convencidos de que a Alemanha é governada atualmente por um suposto 'Estado profundo'", explicam os procuradores.

Para obter a "libertação", eles acreditam na necessidade de "intervenção iminente da 'Aliança', uma sociedade secreta tecnicamente superior que reúne governos, serviços de inteligência e militares de vários países, incluindo Rússia e Estados Unidos".

De acordo com os procuradores, um dos integrantes do grupo tentou entrar em contato com "representantes da Federação da Rússia na Alemanha".

As investigações realizadas até agora, no entanto, não indicam uma resposta dos interlocutores russos aos pedidos.

A embaixada da Rússia em Berlim negou qualquer vínculo com este tipo de organização.

"As representações diplomáticas e consulares russas na Alemanha não têm qualquer contato com representantes de grupos terroristas ou de qualquer outra formação ilegal", afirmou, segundo as agências de notícias estatais Ria Novosti e Tass.

A rede de extrema-direita estava ciente de que para eliminar a ordem democrática "também haveria mortes", mas considerava "uma etapa intermediária necessária" para alcançar a "mudança de sistema".

Segundo a justiça, a organização estava muito bem estruturada, com um "órgão central" e um "braço militar" responsável por comprar equipamentos e treinar os integrantes no uso das armas. Também tinha comissões de "justiça, relações exteriores e saúde".

Ex-militares integravam o grupo.

É real: a Vivo está fora do ar. Desde a manhã desta quinta-feira (1º) que clientes da operadora de telecomunicações estão sem conseguir utilizar os serviços oferecidos pela empresa, que confirmou por meio das redes sociais que está passando por uma manutenção no momento.

A falta de área da Vivo é em todo o Brasil. Segundo o gráfico da Downdetector, plataforma online que fornece aos usuários informações em tempo real sobre status de vários serviços e sites, as reclamações começaram por volta das 9h30 de hoje. O pico aconteceu exatamente às 10h36, quando 4.388 pessoas relataram os problemas enfrentados. 

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Como não poderia ser diferente, o assunto ficou entre os mais comentados no Twitter. São centenas de usuários reclamando dos problemas gerados por conta da falta de sinal da Vivo.

"Trabalho remoto em Brasília, tô sem sinal no celular e sem internet em casa", escreveu uma pessoa. "Falta de respeito absurda da Vivo. Nenhum sinal desde às 10h em São Paulo, sem aplicativo, uma hora pra ser atendido por telefone e ouvir que a previsão de retorno é para as 17h", tuitou outro usuário.

No Twitter, a empresa respondeu a algumas pessoas confirmando a queda do sinal. "Neste momento nossos sistemas estão passando por uma manutenção. Sabemos da importância de conectar para aproximar, por isso estamos trabalhando para solucionar o quanto antes. Agradeço a compreensão", comentou a empresa.

A Federação dos partidos PSOL e Rede em Roraima indicou a deputada federal Joenia Wapichana (Rede) para o cargo de ministra dos Povos Originários, pasta que deve ser criada ano que vem pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A advogada, que foi a primeira indígena eleita para o seu cargo no país, já faz parte da equipe de transição dos governos e tem dialogado com o futuro mandatário. A indicação foi divulgada nessa quarta-feira (30). 

Para a Federação, Joenia é a pessoa "mais adequada para o cargo", tendo em vista a atuação no Congresso Nacional, com um "perfil claro na defesa dos direitos coletivos dos povos indígenas, dos direitos dos trabalhadores, das minorias e, principalmente, no que se refere aos direitos sociais garantidos na Constituição Federal, tendo destaque nas pautas relacionadas à educação, saúde e meio ambiente." 

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A carta enviada a Lula, que conta com 12 assinaturas de instituições a favor do interesse indígena, cita também a origem de Joenia. Ela nasceu na comunidade indígena Truaru da Cabeceira, região do Murupu, zona Rural de Boa Vista, e tem uma longa trajetória nas lutas e discussões sobre direitos humanos, direitos dos povos indígenas e em defesa do meio ambiente. 

“Joenia é da região Amazônica, onde está concentrada a maior população indígena (55% do total do País) e maior número de povos indígenas (180), além do maior número de terras indígenas (424) e maior extensão”, pontua outro trecho. 

Também apoiam o nome dela para o ministério, segundo a Federação, lideranças indígenas renomadas, como o cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, o líder e xamã Yanomami Davi Kopenawa - também integrante da equipe de transição, além do ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, filósofo, poeta e escritor brasileiro, Airton Krenak, de Minas Gerais. 

Eleições 2022 

Primeira indígena no Brasil a ocupar uma vaga como parlamentar na Câmara, a roraimense não se reelegeu em outubro, para o mandato de 2023 - 2026. Ela teve, neste ano, 11.221 votos, mas não alcançou a vaga devido ao quociente eleitoral. Com o fim do mandato da parlamentar em dezembro deste ano, indígenas de Roraima ficarão sem representante na Câmara Federal, em Brasília. 

Jack Dorsey, o cofundador e ex-CEO do Twitter, está criando uma nova rede social que pode ser lançada muito em breve. A notícia chega após a finalização da aquisição do Twitter por Elon Musk.

Essa nova rede social, que provavelmente será chamada de Bluesky, começou a ser gerada e produzida em 2019. Dorsey iniciou o projeto de forma independente quando saiu do Twitter, em 2021. A ideia é que a rede social funcione de uma maneira descentralizada e com código aberto.

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Em entrevista, Jack Dorsey comentou: “O objetivo maior e de longo prazo é construir um protocolo aberto e duradouro para conversas públicas. Que não seja de propriedade de nenhuma organização, mas construído pelo maior número de pessoas possível."

O alicerce deste projeto é o AT Protocol (Protocolo de Transferência Autenticado). Esta nova tecnologia promete a portabilidade entre contas, possibilidade de escolher os algoritmos que se pretende usar e também a interoperabilidade entre diferentes redes sociais.

A Bluesky já conta com sua lista de registro aberta. Você pode cadastrar seu e-mail e aguardar novas atualizações.

Em uma campanha construída na representatividade LGTQIA+ e na atuação do povo preto na política, Robeyoncé Lima (PSOL) superou a expressiva marca dos 80 mil votos em Pernambuco, mas não foi eleita deputada federal pelas regras das eleições proporcionais. Filiada a um partido com dificuldades de alavancar candidaturas, o quociente eleitoral permitiu que apenas Túlio Gadêlha ocupasse a vaga da coligação PSOL/Rede.  

Eleita ao legislativo estadual em 2018 com integrante do Juntas, a advogada de 27 anos lançou uma candidatura titular para 2022 com a missão de se tornar a primeira travesti a assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados. Suas propostas foram apoiadas por uma parcela considerável do eleitorado pernambucano, mas o tamanho do seu partido atrapalhou o ingresso em Brasília, como explicou o cientista político Caio Sousa. 

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"Ela representa sim uma votação expressiva e, mais uma vez, a gente se depara com o grande entrave que foi o quoeficiente eleitoral, que faz com que candidatos que manifeste, por vezes, grande parte do eleitorado, mesmo assim, em virtude do seu partido não conseguir uma quantidade expressiva de votos, esse candidato acaba não conseguindo entrar para ocupar uma das vagas. Afinal, não conseguiram votos suficientes", comentou Sousa. 

O analista destaca que a população não entende que vota no partido e não no candidato em si. Essa condição já se tornou uma pedra no sapato do próprio PSOL e acaba confundindo a cabeça do eleitor, que vê a vitória de candidatos com menos apoio das urnas. 

 "A população ao votar nela acaba também ignorando que o seu conjunto partidário não representa a sociedade compatível com esses 80 mil votos. Como o conjunto não conseguiu fazer uma quantidade de votos suficientes para preencher uma vaga, consequentemente, a candidata não conseguiu entrar", esclareceu. 

Pernambuco conservador

Embora tenha mostrado sua capacidade de aglutinar apoio e visibilidade, Robeyoncé não conseguiu dividir a força de apoio de quem defende suas pautas para agregar votos em outros candidatos do PSOL. Nesse contexto, a resposta do eleitor pernambucano também consolidou a tendência por candidatos que já estavam no poder ou pela eleição daqueles mais alinhados ao conservadorismo de Jair Bolsonaro. 

"Pernambuco, apesar de votar no PT, não tem um eleitorado que ainda abarque as pautas de Robeyoncé e seu grupo. É um eleitorado que fica restrito à Dani Portela, que substitui a Juntas, e Robeyoncé entra em uma fatia de eleitorado que era disputada com Túlio Gadêlha e que ainda é de uma minoria", observou o cientista. 

Acima do sentimento de frustração, a candidata conseguiu ser reconhecida e já projeta uma grande expectativa em torno do seu nome nas eleições de 2024. “Certamente é um nome forte para eleição de vereadora. No entanto, é um passo atrás para alguém que já ocupou uma vaga em um mandato colegiado junto à Alepe”, considerou Caio Sousa. 

Após anos afastados por divergências políticas, Lula (PT) e sua ex-ministra, Marina Silva (Rede), se reuniram neste domingo (11). Durante duas horas, segundo o presidenciável, os dois falaram do passado e de propostas por um Brasil mais justo, que proteja o meio ambiente.

“Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei com Marina Silva. Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente”, postou Lula nas suas redes.

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O post rapidamente viralizou, atingindo mais de 40 mil curtidas em menos de 1h no Twitter e 195 mil no Instagram.

Marina também fez postagem falando sobre o encontro, respondendo a postagem do candidato do PT à presidência.

“Foi uma boa e necessária conversa onde pude apresentar propostas para um Brasil mais justo e sustentável”, resumiu a ex-ministra, que concorre ao cargo de deputada federal por São Paulo.

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A história do Jornal Nacional  se confunde com a própria história do telejornalismo brasileiro. Criado por Armando Nogueira (1927-2010), diretor de Jornalismo da emissora nos anos 1960, o programa é até hoje um líder de audiência.  O Jornal Nacional foi o primeiro telejornal a ser exibido em rede nacional via satélite, graças a adesão do Brasil ao consórcio Intelsat.

O nome do noticiário se deu por conta de seu principal patrocinador, à época o Banco Nacional. A primeira edição foi ao ar às 19h15 do dia 1º de setembro de 1969. Comandado por Cid Moreira e Hilton Gomes (1924-1999), que na primeira transmissão anunciou: “O Jornal Nacional da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil Novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil”.

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A primeira mudança na bancada aconteceu em 1971, quando Hilton foi substituído por Ronaldo Rosas, que permaneceu no posto por apenas um ano. Ronaldo foi substituído por Sérgio Chapelin. Junto a Cid, ambos apresentadores formaram a dupla que se tornou símbolo do JN, permanecendo juntos por 11 anos.

 Em 1983, outra mudança na apresentação. Sérgio Chapelin deixou a bancada e no seu lugar ficou Celso Freitas, até Chapelin voltar à Globo, em 1989. Outro importante marco foi em 1991, com a estreia do quadro de previsão do tempo, apresentado por Sandra Annemberg, a segunda mulher a participar do Jornal Nacional. A primeira foi Valéria Monteiro, que apresentou alguns blocos de notícias durante as Olimpíadas de 1988, além de apresentar o notíciário aos sábados. E, no ano de 1998, Fátima Bernardes assumiu a bancada ao lado de seu ex-marido William Bonner.

Em abril de 2000, quando a Rede Globo comemorava 35 anos, o Jornal Nacional passou por uma reformulação completa. O estúdio tradicional foi substituído e o programa passou a ser apresentado dentro da redação. A bancada foi realocada para um mezanino a três metros e meio de altura do chão, além da redação ser transformada em uma área de trabalho com diversos computadores e monitores.

A primeira indicação ao Emmy do Jornal Nacional aconteceu em 2001. A menção se deu pela cobertura dos atentados do 11 de setembro. Em 2011, o JN ganhou o Emmy pela cobertura da retomada do conjunto de favelas do Complexo do Alemão, no Rio, pelas forças públicas de segurança. E desde então, tem acumulado sucessivas indicações anuais ao prêmio, o mais importante da TV mundial. 

Em 2010, começou o projeto “JN no Ar”, para as eleições daquele ano. Usando um avião, Pedro Bial visitou cidades dos 26 Estados, além do Distrito Federal. O quadro tornou-se fixo no ano seguinte. Em 2011, Fátima Bernardes deixou a bancada e foi substituída por Patrícia Poeta, recém-saída do Fantástico.

Já no início de 2020, o rodízio de âncoras continuou devido à boa aceitação do público. Este protocolo só foi rompido meses depois, por conta da pandemia do COVID-19. A cobertura da COVID gerou ampla e extensiva atenção no noticiário, assim como em todo o quadro jornalístico da emissora. Durante diversos dias, o encerramento do jornal apresentava fotos de pessoas que faleceram em decorrência do Coronavírus, em solidariedade às famílias.

Em convenção realizada nesta sábado, 30, a federação PSOL-Rede oficializa o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência. O encontro será virtual e aberto apenas para os integrantes da direção da federação, que é presidida pelo pré-candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

A candidatura do ex-presidente foi oficializada na semana passada na convenção nacional do PT, em São Paulo. No mesmo evento, a federação formada por PT, PCdoB e PV, aprovou por unanimidade a chapa Lula-Alckmin. O ex-presidente cumpria agenda em Pernambuco e não participou dos eventos.

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Ontem (29), o PSB oficializou o nome do ex-governador paulista Geraldo Alckmin como vice de Lula. O ex-presidente participou do ato. Na última terça-feira (26), o Solidariedade fez convenção nacional para formalizar o apoio à chapa petista.

Aliança

Até o momento, o ex-presidente conta com o apoio de sete partidos: PT, PSB, PSOL, Rede, PCdoB, PV e Solidariedade. Os petistas tentam atrair ainda legendas como MDB, União Brasil e PSD.

O Datafolha divulgado na última quinta-feira, 28, mostrou Lula com 47% das intenções de voto, mesmo nível da pesquisa de junho, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 29%, uma variação de um ponto porcentual para cima, dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais.

Alice Gabino (Rede) foi apresentada como candidata à vice-governadora de Pernambuco. Ela vai compor a chapa majoritária ao lado do pré-candidato ao governo João Arnaldo (PSOL), e da pré-candidata ao Senado Eugênia Lima (PSOL), na federação PSOL/Rede, homologada, nesta terça-feira (19). 

No evento que aconteceu na sede do PSOL-PE, e que foi conduzida pelo pelo presidente do PSOL, Tiago Paraíba, Alice  falou da sua trajetória como militante e advogada. "Trabalho pelas mulheres, população negra, periférica e pela juventude que está sendo morta a cada dia. Encontro aqui nesta casa e nestes companheiros a coragem  e esperança de que precisamos", destacou.

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  No local, estavam presentes militantes, correligionários e parlamentares do PSOL e da Rede Sustentabilidade, além de Jõao Arnaldo e a pré-candidata ao senado Eugênia Lima (PSOL), para prestar apoio a Alice. No ato político também marcaram presença a vereadora e pré-candidata a deputada estadual, Dani Portela, Carol Vergolino e Jô  Cavalcanti da Juntas Codeputadas, Roberto Leandro, membro da executiva Nacional da Rede, Jesualdo Campos, da direção nacional do PSOL e o vereador Ivan Moraes, pré-candidato a deputado estadual.  

  Faltando três meses para as eleições, a federação PSOL/REDE em Pernambuco será homologada na sede do partido com a presença de parlamentares dos partidos, nesta terça-feira (19), às 14h. 

Na ocasião, o presidente do PSOL-PE, Tiago Paraíba, apresentará como pré-candidata a vice-governadora Alice Gabino, que disputará o governo de Pernambuco ao lado do pré-candidato a governador João Arnaldo.

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Além disso, no evento também será apresentada a pré-candidata ao Senado Eugênia Lima.  

A ex-ministra Marina Silva (Rede) confirmou, na manhã desta quarta-feira (29), que irá disputar a Câmara de Deputados pelo Estado de São Paulo nas eleições deste ano. Espera-se que Marina seja uma puxadora de votos e catapulte outros candidatos da Rede para o Congresso Nacional.

"Coloco-me ao lado de quem vai à luta para superar o atual momento, propondo-me a contribuir para que São Paulo tenha uma representação no Congresso que seja compatível com sua potência em recursos sociais, científicos, humanos, tecnológicos e financeiros", aponta Marina Silva.

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A ex-ministra assegura que a sua pré-candidatura pode "colaborar com o objetivo estratégico de mobilizar o Brasil para o grande desafio da reconstrução e construção de políticas públicas capazes de enfrentar o crescimento intolerável das desigualdades, recuperar a economia em bases sustentáveis e preparar o país para a urgente transição necessária para nos adaptarmos às mudanças climáticas".

Com a confirmação de Marina para a Câmara dos Deputados, acaba a esperança do pré-candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), de tê-la como sua vice.

A Rede Sustentabilidade oficializou no sábado, 11, o apoio a Fernando Haddad (PT) na disputa pelo governo de São Paulo. O cargo de vice na chapa de Haddad ainda não está definido.

Como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, o petista gostaria de ter Marina Silva (Rede) como vice em sua chapa. Há, porém, resistências no próprio PT.

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No encontro, o petista e a ex-ministra deixaram em aberto a possibilidade. Marina afirmou que há um debate dentro e fora da Rede de que é fundamental a "melhoria do Congresso Nacional". "Estou apta, sim, a ser candidata a deputada federal por São Paulo."

Haddad se esquivou de responder se Marina era a "vice de seus sonhos".

Disse que a composição depende do desenho final da coalizão de apoio à sua candidatura, o que deve ocorrer neste mês. "Aí, sim, vamos definir a chapa majoritária."

A Rede Sustentabilidade oficializou, neste sábado (11), na capital paulista, o apoio a Fernando Haddad (PT) na disputa pelo governo de São Paulo. O cargo de vice na chapa de Haddad ainda não está definido. O petista gostaria de ter Marina Silva (Rede) como vice em sua chapa. Há, porém, resistências no próprio PT.

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No encontro deste sábado, o petista e a ex-ministra deixaram em aberto a possibilidade. Marina afirmou que há um debate dentro e fora da Rede de que é fundamental a "melhoria do Congresso Nacional". "Estou apta sim a ser candidata a deputada federal por São Paulo".

Haddad, por sua vez, se esquivou de responder se Marina era a "vice de seus sonhos". Ele disse que a composição depende do desenho final da coalizão de apoio à sua candidatura, o que espera estar definido ainda neste mês. "Aí sim, vamos definir a chapa majoritária."

"Tenho divergências com o PT. Mas trato as divergências políticas com diálogo. É isso o que posso dizer", afirmou a ex-ministra e ambientalista, ao responder perguntas de jornalistas sobre o assunto.

Com residência em São Paulo, ela pode ser candidata a uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília, ou assumir a posição de vice-governadora de SP. Outro nome cogitado nos bastidores para possível vice de Haddad é o de Marina Helou, que foi candidata à prefeitura da capital em 2020 e, hoje, é deputada estadual.

Marina Silva nasceu em Rio Branco, no Acre, e na infância recebeu tratamentos de saúde na capital paulista. "Tenho uma relação política, familiar e de muita gratidão por tudo que São Paulo fez pela minha vida por três vezes em que os médicos disseram que a coisa estava feia para mim."

"Democracia é algo para ser exercitado mesmo", disse a ex-ministra e ambientalista ao iniciar sua fala no evento ‘O Futuro de São Paulo é sustentável’. Ela citou a guerra na Ucrânia, disputas ambientais e a "guerra política" no Brasil. "A forma como se ganha vai determinar a forma como se governa", afirmou, se referindo ao que poderá acontecer no País caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito.

Recém recuperada de uma contaminação por Covid-19, ela pediu desculpas pelo cansaço e, acompanhada por Marina Helou (Rede), agradeceu a Deus pela oportunidade de estar ao lado do antigo companheiro dos governos do PT. "Eu já fui, há muito tempo atrás, a senadora mais jovem do Brasil", ressaltou, sobre seu mandato no Senado iniciado em 1995. Quando ela foi ministra do Meio Ambiente, Haddad ocupava o Ministério da Educação.

Diretrizes do partido, que tem Marina como uma dos seus fundadores, foram entregues a Haddad antes do encontro. O documento fala sobre a necessidade de preservação de áreas ambientais no Estado, demarcação de terras indígenas, representatividade feminina na política, desenvolvimento de políticas econômicas, combate ao racismo, entre outros temas.

Desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Após o evento, o Estadão questionou Marina Silva sobre a responsabilidade do governo federal no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia. Ela atribui o desfecho à ausência do Estado na região oeste do Amazonas.

"A responsabilidade é, em primeiro lugar, da ausência do Estado. Temos vários povos isolados que deveriam ter a proteção do Estado. O Estado é omisso, faz um discurso de incentivo à violência. Eles estavam fazendo o trabalho que o governo não faz, o jornalista e o indigenista."

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A associação Maria Bonita, projeto voluntário de colaboração e compartilhamento de afeto para mulheres em tratamento oncológico, reúne, há três anos, em Belém, uma rede de voluntários de diversas áreas. A ideia é fazer encontros, oficinas de maquiagem e turbantes, receber doação de lenços e serviços que possam ser úteis para as mulheres com câncer de mama.

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“Nesses anos, conseguimos construir coletivamente ações reais de inclusão, prestação de serviço, cuidados com saúde mental, melhoria da qualidade de vida e atividades de esporte, arte, cultura e lazer para mulheres, acima de 25 anos, sobreviventes do câncer ou em tratamento oncológico”, diz Fabize Muinhos, coordenadora geral do Projeto Maria Bonita.

O projeto desenvolve, entre outras atividades, a canoagem para essas mulheres, atividade já conhecida pelo pioneirismo na Região Norte e reconhecida nacional (Remadoras Rosas do Brasil) e internacionalmente (Internacional Breast Câncer Paddlers Commission - IBCPC).

O Projeto Maria Bonita se divide em 2 ações: o Maria Bonita nas Águas (ação com canoagem) e o Maria Bonita em Movimento (atividades diversas). Todos os recursos doados são aplicados nas ações do projeto e divulgado nas redes sociais (@projetomariabonitabelem). O objetivo desse movimento voluntário e colaborativo é o compartilhamento de afeto.

“Acreditamos muito na força desse projeto e no alcance das ações que promovemos. Agradeço a todos que são sensíveis a esta causa que é de tantas mulheres, não apenas daquelas que desconhecemos e figuram nas estatísticas, mas de mulheres que estão ao nosso lado, amores, amigas, família. Atendemos 50 mulheres permanentemente e as ações alcançam em média entre 200 e 280 mulheres e suas redes afetivas”, ressalta Fabize.

As ações oferecidas pela associação Maria Bonita seguem precisando de apoio e doações para que o projeto continue em andamento e ajudando muitas mulheres que precisam desse incentivo para continuar tendo perspectiva de vida. 

Saiba como contribuir e participe dessa rede solidária.

Dados para a Doação:

O PIX é 

395 056 692 91 - Fabize Muinhos.

Banco do Brasil - AG 3074 Conta 127041-9.

Por Amanda Martins (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira, 28, uma deferência à ex-ministra Marina Silva, de quem ele vem tentando se reaproximar. "Eu esperava que a Marina estivesse aqui", disse o petista, durante um ato político da Rede, em Brasília, de apoio à sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

A cerimônia foi organizada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz parte da coordenação da pré-campanha de Lula à Presidência, mas nem todos os integrantes da legenda aceitam subir no palanque com o petista. Além de Marina, a ex-senadora Heloísa Helena, uma das porta-vozes da Rede, também não foi ao ato. As duas deixaram o PT no passado após romperem com o ex-presidente durante o seu governo.

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"Eu, na verdade, esperava que a Marina estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga, é muito grande. Eu quero dizer para vocês que eu aprendi a gostar da Marina quando ela ainda era menina, lá no Estado do Acre", disse Lula. O petista ressaltou também que indicou a ex-colega de partido para ministra do Meio Ambiente em seu primeiro mandato.

Durante a cerimônia, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também citou Marina. "Da nossa parte, não tem mágoa nenhuma. Eu não sei se da parte dela. Mas eu acho que isso está sendo superado, é só uma questão de combinar mesmo uma conversa", afirmou a deputada. "Neste momento, é importante o apoio de todos os que defendem a democracia. Nós estamos fazendo um movimento para que essas pessoas estejam junto."

Marina foi filiada ao PT e ministra do Meio Ambiente de Lula, mas rompeu com o partido por discordâncias internas. Na campanha eleitoral de 2014, numa das vezes em que ela concorreu à Presidência, a estratégia usada pelo marqueteiro da então presidente Dilma Rousseff, João Santana, para barrar o crescimento da ex-ministra nas pesquisas foi considerada bastante agressiva e piorou a relação dela com o PT. Hoje, Santana integra a pré-campanha de Ciro Gomes (PDT).

Rede propõe a Lula acabar com o orçamento secreto e taxar grandes fortunas

Durante o ato político em Brasília, a Rede pediu a Lula que inclua em seu programa de governo uma proposta de reforma tributária com a criação de impostos sobre grandes fortunas e lucros e dividendos. O partido também sugeriu que o petista acabe com o orçamento secreto, caso vença a eleição de outubro para o Palácio do Planalto. Por meio do esquema, revelado pelo Estadão no ano passado, o governo Bolsonaro distribui verbas a aliados, sem transparência, em troca de apoio no Congresso.

Em documento apresentado a Lula nesta quinta-feira, a Rede fala em "fortalecer mecanismos de controle e fiscalização das emendas". O petista já disse que, se eleito, acabaria com orçamento secreto e chamou o atual Congresso de "o pior da história". A sigla também pediu que a distribuição de recursos do governo respeite critérios técnicos e a finalização de obras inacabadas.

Como mostrou o Estadão, apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. O esquema de "escolas fake" tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado.

A Rede também propõe a Lula uma reforma tributária "sustentável e progressista", que simplifique o sistema de tributos do País, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. A legenda sugere alíquotas entre 0,5% e 1% para o Imposto Sobre Grandes Fortunas, que incidiria sobre riqueza superior a R$ 10 milhões, além do fim da isenção tributária a lucros e dividendos de empresas.

O partido de Marina Silva ainda pede a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com distribuição de parte dos recursos arrecadados aos Estados e municípios com base em critérios sustentáveis. O partido fala também em estímulos tributários à geração de energia solar, eólica e proveniente de biomassa.

Apesar do ato com Lula, a Rede também decidiu liberar seus membros para endossar a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.

Nos dois anos de pandemia de Covid-19, o projeto Orgânico Solidário - plataforma sem fins lucrativos organizada sob a forma de um fundo filantrópico - conseguiu arrecadar mais de R$ 3,5 milhões em doações de pessoas físicas e jurídicas, que resultaram na distribuição de mais de 75 mil cestas orgânicas para cerca de 80 comunidades em quatro estados do país. No total, foram mais de 500 toneladas de alimentos entregues, oriundos de uma rede composta por 100 agricultores familiares.

O criador do projeto, Aziz Camali Constantino, disse que a ideia surgiu como resultado direto do impacto da pandemia. Ele montou um grupo de empresas e empreendedores amigos e percebeu que seria mais eficiente pensar em uma solução cujo centro fosse o próprio impacto causado pela Covid-19. “A partir daí, a gente mapeou o território da fome porque muita gente, no começo da pandemia, estava olhando para a saúde, para respiradores e outros equipamentos. E a gente viu que quando faltasse comida no prato das pessoas, qualquer tese de saúde pública, de educação, iria para o ralo”.

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O foco, então, foi não fomentar uma cesta seca, da filantropia social tradicional, que não tem quase nada de nutrição, disse Constantino. “A gente percebeu que precisava falar de segurança alimentar, de agroecologia. Criamos uma cesta fresca, com frutas, legumes e verduras que, além de alimentar com algo que é escasso nas periferias, gerasse renda para o agricultor, para o produtor orgânico”, explicou.

Rede

Usando inteligência e tecnologia, o Orgânico Solidário não opera somente em emergências e desastres, mas está atualmente em seis estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Bahia e Goiás), atuando por meio de mais de 20 projetos em comunidades pelo Brasil. Os alimentos frescos são entregues de forma recorrente, dando dignidade às pessoas e acompanhando a transformação do que é uma família com acesso a esse tipo de comida saudável.

Aziz afirmou que é difícil pensar em meta para 2022 em um país como o Brasil, onde morre mais gente de má alimentação do que de falta de comida, “um país que fomenta o agronegócio que não alimenta ninguém. A gente percebe que entregar comida é uma premissa”. Ele lembrou que, infelizmente, o Brasil produz hoje menos vegetais e verduras do que o Japão. Daí, o papel fundamental do projeto de fortalecer a agricultura orgânica.

Como organização social, o exercício do fundo hoje é buscar novos doadores, sejam empresas apoiadoras ou pessoas, para aumentar o cinturão de doação. “O grande segredo do nosso modelo é que a gente não buscou só fundações, institutos e empresas privadas. A gente democratizou a linguagem da filantropia. A gente gosta de falar que a microfilantropia também é algo que falta no Brasil”.

Segundo o criador do Orgânico Solidário, o Brasil é uma das principais economias do mundo, mesmo em crise. Mas, ao mesmo tempo, é uma das nações mais desiguais do planeta, “porque as pessoas não gostam de dividir”. Adaptando a linguagem, percebeu-se que a cada R$ 50, uma pessoa pode ajudar uma família. “Eu democratizo isso para qualquer família pelo Brasil poder se sensibilizar”. Por isso, o projeto conta hoje com grande rede de pessoas físicas, formada por mais de 8 mil doadores individuais, que ajudam na formação desse cinturão. “Entre 15% e 20% das nossas doações vêm de pessoas físicas”.

Constantino lembrou ainda que as pessoas físicas podem contribuir fazendo campanhas, como trocando presentes de aniversário por doações para o projeto. Segundo ele, é preciso pensar que, “se está ruim para mim, está pior para outras pessoas”.

Fomento e renda

Ao mesmo tempo em que se preocupa em alimentar bem famílias carentes, o Orgânico Solidário procura fomentar e fortalecer o agricultor orgânico. “Hoje, são mais de 100 produtores na nossa rede. A gente gera renda para eles”. Na cesta fornecida pelo projeto, o dinheiro não vai para a indústria, como ocorre no modelo da cesta básica tradicional. A doação na cesta fresca do Orgânico Solidário vai diretamente para o agricultor familiar, o produtor orgânico, garantindo safra para eles.

Quem quiser ser doador pode entrar no site do projeto. A plataforma permite doar por pix, boleto, cartão, parcelado, doação recorrente. “Hoje não tem motivo para não doar”, garantiu Aziz Constantino. Os recursos alimentam as doações recorrentes de cestas frescas que ocorrem toda semana. “São dois anos, em que falo com muito orgulho e 'ralação', de entregas toda semana. A gente não parou de entregar uma semana sequer pelo Brasil”.

Ele destacou que o projeto surgiu sem investimento ou planejamento, com tempo parcial, porque todos os envolvidos são empreendedores, que têm de pensar em suas empresas e famílias. Mas priorizou a espontaneidade. “Se cada um fizer um pouquinho, é possível a gente se mobilizar em grupos para gerar impactos significativos”.

Acrescentou que o projeto é extremamente profissionalizado. As doações caem em um fundo filantrópico gerido pela Sitawi Finanças do Bem, que audita os recursos. Entre as marcas parceiras, estão a PagSeguro, que oferece taxas reduzidas para o pagamento das doações pelo site, e a Klabin, que doa caixas em que os alimentos são distribuídos. Existe monitoramento para saber se as doações das cestas estão chegando aos locais certos. “A gente conseguiu mostrar que é possível olhar para o impacto, para a filantropia, sem pensar nos modelos sofisticados, como criar uma organização não governamental (ONG)”, disse Aziz Constantino.

As cestas têm o valor de R$ 50 cada e incluem itens variados. São mais de 6 quilos de frutas, legumes e verduras. Agricultores orgânicos, em parceria com operadores locais em cada região atendida, fazem a colheita, seleção dos produtos, montagem e entrega das cestas.

De acordo com o criador do Orgânico Solidário, utilizar alimentos orgânicos garante ter à mesa produtos sem agrotóxicos, com maior valor nutricional, o que torna a comida mais saborosa e ajuda no aumento de anticorpos.

O decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro, concedendo perdão ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) é alvo da primeira contestação judicial. Na manhã desta sexta-feira (22), o partido Rede protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a Corte torne nulo o ato de Bolsonaro. O decreto do presidente livra Silveira da condenação a 8 anos e 9 meses de prisão.

Na ação, o partido de oposição reconhece que o presidente da República tem o direito constitucional de conceder perdão a um condenado pela Justiça, mas esse direito, sustenta, não pode ser desvirtuado para fins pessoais.

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"Assim como a imunidade parlamentar não pode servir de escudo protetivo para práticas de condutas ilícitas, também não se pode admitir que a prerrogativa de o Presidente da República conceder graça sirva para acobertar aliado político e particular da justa pena estabelecida pelo Poder Judiciário", diz a Rede.

A legenda partidária pediu que todo o decreto de Bolsonaro seja anulado. Mas, caso o STF venha a entender que o presidente pode perdoar a pena de prisão, o partido solicita que a Corte mantenha, pelo menos, a proibição de o deputado voltar a disputar eleições.

Na quinta-feira (21), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota em que defendeu a autonomia de Bolsonaro para conceder o perdão judicial, mas sustentou que Daniel Silveira, de acordo com a decisão do STF, está inelegível.

O mesmo entendimento é compartilhado por parte dos ministros da Corte, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Na ação, a Rede critica a conduta de Bolsonaro, classificando a edição do decreto de perdão como um ato meramente de interesse pessoal e eleitoreiro.

O partido sustenta ainda que a decisão do presidente estimula a impunidade. "O presidente da República, com a edição do Decreto, transmite uma mensagem absolutamente temerária à população brasileira: trata-se de um verdadeiro e puro incentivo ao crime. Uma carta branca. Um salvo-conduto apriorístico. Uma garantia de impunidade. A certeza de que, do ponto de vista sistêmico, decisões judiciais que afetarem os seus círculos próximos não subsistirão."

A Rede também sustenta que o decreto de perdão reduziu os poderes do STF, ao tornar sem efeito a condenação judicial. "As tais quatro linhas da Constituição já parecem ter sido, há muito, cruzadas pelo Presidente da República, que, hoje, tão somente pegou a bola para si e acabou com o jogo institucional, reduzindo a competência constitucional desse Supremo, infelizmente, a pó", escreveu.

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