Crianças ostomizadas recebem presentes em Natal solidário

Iniciativa dos profissionais de saúde da Unidade de Referência Especializada (URE), na avenida Presidente Vargas, em Belém, ocorre pelo quarto ano

qua, 19/12/2018 - 17:47

Um grupo de 20 crianças participou do Natal solidário na Unidade de Referência Especializada (URE), na avenida Presidente Vargas, na sexta-feira (14). Acompanhadas de pais e responsáveis, as crianças ostomizadas, que usam bolsa de colostomia, é uma iniciativa da equipe de profissionais de saúde da URE para levar alegria àqueles que fazem o tratamento durante o ano todo.

Telma Barbosa, 45, assistente social do Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia e uma das organizadoras da ação, destacou a importância do evento. “Natal é uma época de renovação do amor, do carinho e nada melhor do que a gente ajudar aquele que está precisando. As crianças são um público bem carente, a maioria vem do interior. E o que é um brinquedo para uma criança que já passa o ano inteiro cheio de dificuldades? Nós temos aqui bebezinhos que acabam de sair da maternidade e já vem colocar a bolsa”, disse.

O evento ocorre há quatro anos e se tornou uma tradição para as famílias. "Os pacientes cobram, as famílias cobram. A gente realiza esse evento sempre na época do Natal, com a doação de brinquedos dos servidores e de pessoas de fora da unidade que adotam uma criança. A gente chama de padrinho solidário”, contou Telma. “Eu faço pelas crianças, porque para uma criança abrir um pacote e ver um brinquedo, elas amam. Então eu fico muito feliz de fazer parte disso e dar um pouco de alegria para elas”, afirmou Telma, emocionada.

A ação foi marcada por emoção e alegria. Segundo Dione, a sensação é mais do que gratificante. “Pra gente é uma sensação muito boa, é o momento de mostrar que eles têm a gente enquanto apoio, então é gratificante ver que o serviço não e só um dispensador de bolsas, ele também é envolvido com toda a situação da criança e da família”, disse a enfermeira.

Além da presença do Papai Noel, que distribuiu presentes e fez a alegria das crianças, o coral do Banco da Amazônia e o cantor Pinduca foram as atrações da manhã, tudo de forma voluntária. “O convite foi relâmpago. Na verdade convidaram o meu filho e ele me convidou, e por se tratar da repartição que é, eu acho que nenhum artista pode se recusar. Eu vim com o maior carinho”, afirmou Pinduca.

Para a psicóloga Carla Almeida, 46, a festa representa para os pais e para os acompanhantes um momento de descontração e de alegria porque diariamente a realidade dessas pessoas é sofrida. “O dia a dia do cuidador dessas crianças é muito sofrido porque ele acompanha o que essas crianças passam. Para as crianças, ver o Papai Noel, estar na festa e usar o que usam não faz tanta diferença. E essa experiência possibilita amenizar o sofrimento que eles têm diariamente”, explicou.

Por Fernanda Cavalcante.

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