Crianças ostomizadas recebem presentes em Natal solidário
Iniciativa dos profissionais de saúde da Unidade de Referência Especializada (URE), na avenida Presidente Vargas, em Belém, ocorre pelo quarto ano
Um grupo de 20 crianças participou do Natal solidário na Unidade de Referência Especializada (URE), na avenida Presidente Vargas, na sexta-feira (14). Acompanhadas de pais e responsáveis, as crianças ostomizadas, que usam bolsa de colostomia, é uma iniciativa da equipe de profissionais de saúde da URE para levar alegria àqueles que fazem o tratamento durante o ano todo.
Telma Barbosa, 45, assistente social do Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia e uma das organizadoras da ação, destacou a importância do evento. “Natal é uma época de renovação do amor, do carinho e nada melhor do que a gente ajudar aquele que está precisando. As crianças são um público bem carente, a maioria vem do interior. E o que é um brinquedo para uma criança que já passa o ano inteiro cheio de dificuldades? Nós temos aqui bebezinhos que acabam de sair da maternidade e já vem colocar a bolsa”, disse.
O evento ocorre há quatro anos e se tornou uma tradição para as famílias. "Os pacientes cobram, as famílias cobram. A gente realiza esse evento sempre na época do Natal, com a doação de brinquedos dos servidores e de pessoas de fora da unidade que adotam uma criança. A gente chama de padrinho solidário”, contou Telma. “Eu faço pelas crianças, porque para uma criança abrir um pacote e ver um brinquedo, elas amam. Então eu fico muito feliz de fazer parte disso e dar um pouco de alegria para elas”, afirmou Telma, emocionada.
A ação foi marcada por emoção e alegria. Segundo Dione, a sensação é mais do que gratificante. “Pra gente é uma sensação muito boa, é o momento de mostrar que eles têm a gente enquanto apoio, então é gratificante ver que o serviço não e só um dispensador de bolsas, ele também é envolvido com toda a situação da criança e da família”, disse a enfermeira.
Além da presença do Papai Noel, que distribuiu presentes e fez a alegria das crianças, o coral do Banco da Amazônia e o cantor Pinduca foram as atrações da manhã, tudo de forma voluntária. “O convite foi relâmpago. Na verdade convidaram o meu filho e ele me convidou, e por se tratar da repartição que é, eu acho que nenhum artista pode se recusar. Eu vim com o maior carinho”, afirmou Pinduca.
Para a psicóloga Carla Almeida, 46, a festa representa para os pais e para os acompanhantes um momento de descontração e de alegria porque diariamente a realidade dessas pessoas é sofrida. “O dia a dia do cuidador dessas crianças é muito sofrido porque ele acompanha o que essas crianças passam. Para as crianças, ver o Papai Noel, estar na festa e usar o que usam não faz tanta diferença. E essa experiência possibilita amenizar o sofrimento que eles têm diariamente”, explicou.
Por Fernanda Cavalcante.