SP: pesquisa aponta aumento da intolerância com os LGBTI+
Dos participantes do estudo, quatro em cada dez alegaram terem sofrido ou presenciado situações de preconceito por identidade de gênero
Um estudo divulgado na última segunda-feira (17) pela Rede Nossa São Paulo apresenta uma queda de dez pontos porcentuais nos números da tolerância com a população LGBTQI+ na capital paulista. Ano passado, o mesmo levantamento apontava que 50% dos entrevistados se considerava permissivo em relação ao gênero na cidade. Informações complementares indicam redução em uma nota média desta tolerância que era de 6,3 em 2018, e caiu para 5,9 em 2019.
Dados da pesquisa também mostram que quase 70% da população de São Paulo afirma que a administração pública municipal tem pouca influência no enfrentamento à violência contra pessoas LGBTQI+. Para 25% dos entrevistados, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) não faz "nada" e 43% declara que a prefeitura "faz pouco" pela comunidade. Do total, só 10% das pessoas acreditam que o executivo da municipalidade "faz muito" para combater a violência contra os LGBTQI+.
O estudo também revela que seis em cada dez paulistanos julgam importante a elaboração e a prática de políticas públicas que possibilitem a igualdade de direitos para a população LGBTQI+. Ainda segundo os números, 55% da população da cidade sustenta o apoio à criação de uma lei que criminalize a LGBTfobia. Entre as pessoas a favor, os perfis de destaque são de mulheres, pessoas mais jovens, brancas e da classe B. Do público contrário, os perfis são de homens e pessoas com idade entre 35 e 44 anos.
A pesquisa também aponta que quatro em cada dez participantes do estudo alegaram terem sofrido ou presenciado situações de preconceito por identidade de gênero em diferentes lugares. Além disso, os números expõem que 26% da população do município não se informa sobre os direitos LGBTQI+.