Conheça histórias de quem pratica solidariedade no inverno
Embora façam ações durante todo o ano, grupos intensificam doações no período mais frio do ano
A época mais fria do ano chegou. Neste período, as regiões sul e sudeste registram as mais baixas temperaturas. É a temporada de curtir os dias frios em casa, com uma sopa quentinha, envolvido em um cobertor macio. Mas, infelizmente, nem todas as pessoas têm um lugar para se abrigar e um prato de comida para satisfazer a fome. Pensando nessas pessoas, grupos de voluntários da Grande São Paulo, realizam ações solidárias durante o ano inteiro e intensificam a ação entre os meses de junho e agosto.
O Templo de Umbanda Ogum Megê e Caboclo Meia Lua, desde março, leva alimentação aos moradores da zona norte da capital paulista uma vez por semana. "As marmitas confeccionadas variam entre 70 e 100 unidades. O projeto é novo, mas já alcançamos o número total de 1.044 marmitas entregues. Sabemos que é pouco, mas como contamos somente com doações e sem subsídios, orgulhosamente chegamos a este número", afirma um dos dirigentes da casa, Pai Paulo d’Oxum.
Todo o material necessário para confeccionar as marmitas e roupas são doações dos filhos da casa e das pessoas que participam das reuniões religiosas. Na ação, participam dez voluntários fixos.
Foto: Arquivo Pessoal
Os irmãos Fabio Rovere de Melo, 41 anos, e Keyla Rovere de Melo, 36 anos, também praticam de uma ação de solidariedade desde novembro. Junto com o grupo da casa de umbanda que frequentam, levam marmitas e brinquedos para quem vive na rua. "Fazemos essa ação uma vez por mês, começamos com 50 marmitas e, hoje, doamos 100 marmitas por mês. Já doamos brinquedos no final do ano e agora em julho estamos preparando uma doação de cobertores", conta Keyla.
Foto: Arquivo Pessoal
Já Ronel Alvares Barbosa, 56 anos, realiza as doações há sete anos. Ele é coordenador e fundador do projeto Caravana Francisco de Assis. O grupo começou com 12 pessoas e já chegou a contar com mais de 25 pessoas voluntárias por mês. A equipe começou doando marmitas aos moradores de rua duas vezes por mês e, hoje, eles doam lanches, roupas, kits de higiene, roupas e cobertores, todos os meses.
Segundo Barbosa, 150 pessoas estão sendo beneficiadas pelo ação solidária do grupo. "Essa é a oportunidade de poder fazer o bem, de colocar o amor em ação. Muitas vezes acabamos reclamando da vida e quando assumimos um papel junto à sociedade seja em qualquer lugar, na caravana, nas ONGs, com crianças ou asilos, a gente se sente útil, realmente cumprindo um papel, amando a Deus, o próximo e a si mesmo", reflete.
Foto: Arquivo Pessoal