Devota caminha para agradecer pelas graças alcançadas

Euclenice Tereza Coelho acompanhou o Círio na corda por muitos anos. Agora, faz o percurso de Ananindeua até a Basílica a pé.

por Rosiane Rodrigues sex, 04/10/2019 - 16:22
Isabela Ramalho Em nome da fé: Euclenice Tereza caminha de Ananindeua até a Basílica Isabela Ramalho

Histórias de fé são compartilhadas entre os fiéis que não medem esforços por Nossa Senhora de Nazaré. Euclenice Tereza Coelho, professora aposentada, de 64 anos, que é devota da Virgem desde a infância, vive a renovação do amor por meio de testemunhos.

Euclenice e a avó moravam perto da Basílica, em Nazaré. Todos os domingos, pela manhã, as duas iam na primeira missa do dia, hábito que a devota tem até hoje, mas agora as missas matinais são na igreja Santo Antônio de Pádua, em Ananindeua. “Desde criança, eu sentia, no meu coração, esse amor e a paz que ela transmitia pra mim”, disse a aposentada.

Anos mais tarde, já adulta e casada, Tereza teve uma filha com paralisia infantil. Foi o momento em que mais se apegou à Nossa Senhora. “Para que ela pudesse curar a minha filha”, explicou.

As orações de Tereza foram atendidas. Recordar isso a deixa muito emocionada. “Hoje, ela está não só curada, como possui uma família e uma filha maravilhosa”, ressaltou a devota.

Os testemunhos de fé são muitos na vida de Tereza. A outra filha dela engravidou e quando o bebê nasceu, um menino, Pedro Henrique, descobriram que ele tinha uma doença rara. O médico disse que a criança viveria, no máximo, dois dias. “Eu pedi à Nossa Senhora que curasse as enfermidades do meu neto, prometendo que iria todos os anos na corda”, relembrou a professora.

As preces foram atendidas e hoje Pedro Henrique tem 20 anos, é estudante de Direito e muito saudável. “Ele é uma das pessoas mais fortes que já vi na vida. Graças à minha mãe, Nossa Senhora. Suas enfermidades ainda não foram curadas, mas ela permitiu que ele estivesse vivo. Eu creio nisso”, compartilhou.

Devido à idade, Tereza não consegue mais participar do Círio na corda. Para compensar, passou a ir caminhando de sua casa, em Ananindeua, até a Basílica, em Nazaré, o que dá mais ou menos quatro horas de percurso. “Continuo a ir na Basílica todas as quartas-feiras, na primeira missa do dia. Espero em Deus e na Nossa Senhora que protejam com todo o seu amor a mim e à minha família”, concluiu.

O Círio de Nazaré é uma das maiores procissões católicas do mundo e chega, em 2019, à sua edição 227.

 

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