Projeto voluntário ajuda romeiros em Ananindeua

Estudantes e professores de Enfermagem e Fisioterapia oferecem apoio aos peregrinos do Círio, com curativos, alimentos, água e atenção a hipertensos e diabéticos

dom, 13/10/2019 - 07:43
Quezia Dias/LeiaJáImagens Voluntários atendem romeiros na frente da UNAMA Ananindeua, na BR-316 Quezia Dias/LeiaJáImagens

Romeiros do Círio de Nazaré recebem suporte em frente à UNAMA - Universidade da Amazônia de Ananindeua, na rodovia BR-316. A iniciativa envolve alunos da instituição e teve origem em conversas de sala de aula.

De acordo com Tamires Soares, coordenadora do projeto e professora do curso de Enfermagem, a ação voluntária oferecia, num primeiro momento, apenas bandagens, curativos e distribuição de água. “Com o passar dos anos, outros cursos foram aderindo ao nosso projeto. Hoje temos distribuição de frutas, massagem com o pessoal do curso de Fisioterapia e distribuição de sopas”, explica a coordenadora.

Segundo Letícia Barbosa, voluntária do projeto, o suporte de emergência tem como foco aqueles que estão vindo com os pés machucados. “São várias pessoas trabalhando. Vim para ajudar o povo com a fé deles, proporcionar um conforto. Porque eles vêm de tão longe caminhando com uma fé tão grande, para mim é gratificante”.

Michele Ferreira, romeira que saiu de Castanhal, a 70 quilômetros de Belém, pagando promessa, relata que, apesar de ser cansativo, é uma honra ser devota da padroeira. “Sempre vamos ter Maria como nossa mãe, é uma sensação inexplicável”, disse.

A coordenadora da ação solidária realiza um curso em setembro e como inscrição pede água, biscoito e suco para repassar aos alunos como ajuda para os recursos do projeto. “A sensação nesse projeto é única. Vou de um lado para o outro atrás das distribuições. É muita emoção, uma vez que eu sou devota de nossa Senhora de Nazaré. Eu sinto minha fé renovada”, ressalta a professora.

Raimundo Nonato, que está em seu segundo ano pagando promessa, diz que sua expectativa para o Círio desse ano é conseguir chegar inteiro na Casa de Plácido, para que no próximo ano possa trazer mais alguém. Segundo Nonato, a cada ano é uma emoção diferente, desta vez pagando promessa com um amigo. “Pagar promessa foi a forma que achei de ajudar meu amigo. É isso que a Santa ensina, a sermos solidários”.

Por Quezia Dias

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