Manifestante é morto durante protestos no Iraque
Oito manifestantes foram hospitalizados por inalar gás lacrimogêneo, disseram médicos na cidade
![Confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Bagdá AHMAD AL-RUBAYE](http://www.leiaja.com/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/noticias/2020/01/9d9ac0fee223c78962908fb8ae8cec725eb5bee4.jpg?itok=x5H93An-)
Um manifestante foi morto nesta terça-feira (21) em Bagdá em meio ao movimento de protesto contra o governo, que exige reformas profundas na classe política iraquiana. nO manifestante foi morto após ser atingido por bombas de gás lacrimogêneo no leste da capital.
Os manifestantes tentaram cortar a rua onde a vítima se manifestava queimando pneus, o que levou a confrontos com as forças de segurança, que dispararam balas reais e gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.
Oito manifestantes foram hospitalizados por inalar gás lacrimogêneo, disseram médicos na cidade. O movimento de protesto, que eclodiu em outubro, vem perdendo força nas últimas semanas diante da crescente tensão entre Washington e Teerã, dois aliados de Bagdá.
Para que o protesto não fosse eclipsado por essa crise, os manifestantes deram um ultimato de uma semana - que terminou na segunda-feira - às autoridades para que pudessem responder às suas demandas, que incluem uma reforma total do poder e eleições antecipadas.
Assim que o prazo expirou, grupos de jovens retomaram o movimento em Bagdá e em várias cidades do sul. Nesta terça-feira, eles bloquearam ruas nas cidades de Amara, Diwaniya, Kut e Basra, ao sul de Bagdá.
Em Nasiriya, muitos manifestantes - a maioria estudantes - invadiram o centro da cidade, agitando bandeiras iraquianas.
Tahseen Mohannad, um manifestante de Nasirya, disse que os protestos "não vão parar apesar da procrastinação do Estado e dos partidos políticos em relação às demandas legítimas do movimento".
Além do chamado para eleições, os manifestantes exigem que a lei eleitoral seja reformada, que um primeiro ministro independente seja nomeado e que a corrupção seja efetivamente combatida.
Eles também exigem a abolição do sistema de distribuição de encargos governamentais com base em etnias e crenças religiosas.