RMR: em protesto, sindicato reduz gás de cozinha para R$30

Os petroleiros distribuíram 200 vouchers de desconto no Grande Recife, onde o botijão é comercializado por R$ 70

por Victor Gouveia qui, 13/02/2020 - 12:20

Contra o desmonte do Sistema Petrobras e supostas violações no acordo coletivo de trabalho, na manhã desta quinta-feira (12), o Sindicato dos trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE/PB) subsidiou o valor do botijão do gás de cozinha e o comercializou a um "preço justo" no Grande Recife. A categoria distribui 200 vouchers e custeou o produto por R$ 30.

A ação pontual ocorre apenas hoje (12), no bairro de Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes, informou o sindicato. Com o prosseguimento da greve, novas ações voltadas à sociedade serão realizadas, porém uma nova distribuição de desconto está praticamente descartada. 

Após 13 dias de ato, a assessoria do Sindipetro explicou que a ação é "para mostrar que o valor do gás de cozinha, combustíveis e derivados do petróleo não se deve aos impostos como o Governo alega. Ele se deve à política de preços da Petrobras, que coloca os preços de acordo com o mercado internacional”. No Grande Recife, o botijão é comercializado entre R$ 65 e R$ 70. Em outros locais do Brasil, o preço atinge R$ 90.

Se o dólar e o valor do barril aumentam, o preço dos derivados também sobe; ainda que o Brasil seja um produtor. “Esses impostos sempre existiram, o Governo tem totais condições de subsidiar a venda de combustíveis e derivado à população uma vez que o próprio Estado brasileiro é autossuficiente na produção desses produtos”, apontou.

Mais de mil trabalhadores podem ser demitidos - Com a confirmação do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) no Paraná, o sindicato calcula que cerca de 1000 profissionais serão demitidos, entre servidores e terceirizados. Essa seria apenas uma das primeiras etapas para desencadear um processo desestruturação, que enfraqueceria a companhia e a economia da região.

“Essa demissão em massa funciona como um balão de ensaio para todo o sistema Petrobras. Muito possivelmente essas demissões vão ser aplicadas em outras unidades, sobretudo as que estão sendo colocadas à venda”, analisou.

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