Campanha da Fraternidade 2020 convida à solidariedade

Abertura oficial em Belém reuniu movimentos pastorais da Igreja Católica. Lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” tem inspiração na parábola do Bom Samaritano.

qua, 04/03/2020 - 17:48

Inspirada na parábola do Bom Samaritano e no trabalho que foi desenvolvido por Santa Dulce dos Pobres, a Campanha da Fraternidade 2020 abriu oficialmente a Quaresma - período de 40 dias que, na tradição católica, vai da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Ramos. Tendo como tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, a CF 2020 incentiva as pessoas a praticarem gestos de solidariedade para com o próximo.

Lançada anualmente e realizada há mais de cinco décadas, a Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Belém, teve sua abertura solene no dia 29 de fevereiro, no ginásio do Cesep, em celebração iniciada às 8h30, presidida pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, e por seu auxiliar, dom Antônio de Assis Ribeiro. Contou ainda com a participação dos representantes clericais das paróquias e público formado por movimentos, grupos, serviços e pastorais da Igreja Católica.

Logo no início, monsenhor Raimundo Possidônio apresentou os grupos e pastorais das regiões arquidiocesanas que desenvolvem trabalho solidário em prol das comunidades carentes.

Durante sua homilia, dom Alberto enfatizou que “devemos viver a caridade na Quaresma, esse é o objetivo da Campanha da Fraternidade. Nosso compromisso com o valor da vida”.

Destacou ainda três olhares que o cristão deve ter, em especial no período quaresmal, que são o olhar de fraternidade, o olhar de entender e ter compaixão e o de cuidar do outro. “O que estiver ao seu alcance, faça!”, destacou o arcebispo. 

No momento das orações pessoais, dom Alberto pediu que os presentes  lembrassem de orar pela saúde de todos e, em particular, aos que lhes são próximos.

Considerando as orientações da Santa Sé sobre a prevenção contra a propagação do coronavírus, antes da comunhão, foram dadas algumas recomendações que devem ser seguidas durante as missas, como receber a Hóstia Sagrada somente nas mãos, não realizar a oração do Pai-Nosso de mãos dadas e também não dar o aperto de mãos durante a saudação da paz entre os fiéis.

Antes da bênção final, o Grupo de Teatro da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro encenou a parábola do Bom Samaritano e homenageou nomes importantes ligados ao trabalho caritativo, entre os quais Irmã Dulce, agora Santa Dulce dos Pobres, e a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.

Após a celebração, houve caminhada até à Santa Casa de Misericórdia, onde dom Alberto Taveira abençoou todos que necessitam de cuidados e procuram atendimento e os profissionais que lá trabalham.

Por Rosângela Machado.

 

 

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