Empregos informais sofrem mais com a pandemia

Tendência é de que o comércio tenha um declínio na receita, e isso pode resultar na dispensa de funcionários

por Junior Coneglian sex, 20/03/2020 - 19:27

Os trabalhadores sem carteira assinada representam 40% do mercado e são os que mais sofrem com a crise econômica gerada pelo coronavírus (Covid-19). O novo vírus tem infectado milhares de pessoas ao redor do mundo, as bolsas de valores sofreram as maiores quedas desde a crise de 2008 e as classes trabalhadoras do Brasil são as que mais sofrerão com essa proliferação, segundo uma pesquisa no Nexo Jornal.

O comércio é um dos setores que mais sentirá a mudança gerada pela crise econômica decorrente da pandemia. Com as pessoas saindo menos de casa, é inevitável a queda de movimento nas ruas e centros comerciais, o que impacta em uma redução no consumo de produtos. A tendência é que o setor tenha um declínio na receita, e isso pode resultar na dispensa de funcionários.

O governo entrou com o auxílio R$ 200 oferecido a trabalhadores autônomos, gerando polêmica, já que em 2019 o Brasil contava com mais de 38 milhões de pessoas trabalhando sem registro. "O governo não tem o poder econômico, mas tem o poder mediador e o de arrecadar impostos. Acredito que salários da pasta do executivo deveriam ser de livre iniciativa, doados em parte para o combate à pobreza", comenta o sociólogo e professor do Colégio Farias Brito Cesar José.

Conforme classificado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cinco categorias se enquadram no conceito de trabalho informal. São elas: emprego por conta própria sem CNPJ, como o caso dos motoristas de aplicativos de transporte; empregos sem carteira de trabalho no setor privado; emprego doméstico sem carteira de trabalho; emprego como família auxiliar, que ocorre quando individuo atua ajudando familiares na profissão; e trabalho com empregador sem CNPJ registrado, que é o caso de microempreendedores não registrados que contratam auxiliares, como pedreiros ou ambulantes.

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