Motoristas de app querem flexibilização na quarentena

Quarentena imposta pelo governo de Pernambuco vai restringir o trânsito de veículos

por Jameson Ramos seg, 11/05/2020 - 19:03
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Motoristas de app querem flexibilização na quarentena Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Pernambuco (AMAPE), Thiago Silva, quer que o Governo de Pernambuco flexibilize o decreto anunciado nesta segunda-feira (11), para que os motoristas não sejam atingidos pelo rodízio de veículos no Recife em em outras cidades da Região Metropolitana. "Nós também estamos sofrendo, também estamos na UTI sem ter ajuda de ninguém”, aponta Thiago.

O presidente da AMAPE salientou ainda que “a idéia proposta é extremamente ruim porque a nossa atividade é considerada essencial e nós, motoristas de aplicativo, temos ajudado no transporte de médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde”.

Thiago Silva aponta que a atividade de motorista de aplicativo é regulamentada e seria um retrocesso por parte do Governo de Pernambuco, nesse momento de pandemia, privilegiar os taxistas e permitir que eles circulem e tenham acesso às áreas de bloqueios, sem permitir a mesma circulação ‘livre’ dos motoristas de aplicativo. 

A quarentena imposta pelo governo vai restringir o trânsito de veículos, com a circulação separada por placas ímpares e pares, sendo instalados pontos de controle móveis e intermunicipais. O decreto determina a realização de ações de fiscalização e apreensão dos veículos sem autorização para transitar.

O presidente da entidade relata que eles têm passado bastante dificuldade financeira, já que desde o início da pandemia a movimentação caiu 90% e as pessoas estão trabalhando porque precisam levar o sustento para dentro de casa. 

Por conta de toda essa situação, a AMUPE deve entrar com um mandado de segurança coletivo, para garantir que os motoristas possam circular durante esse período de bloqueio. Uma carta aberta foi enviada ao governador Paulo Câmara. "Nós também estamos sofrendo, também estamos na UTI sem ter ajuda de ninguém. Por tanto, a gente pede sensibilidade do governo, no sentido de garantir que possamos circular durante esse período de rodízio porque o nosso serviço é essencial", pontua.

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