Fundadores da Telexfree são condenados a 12 anos de prisão

Cada um também deverá pagar multa de mais de R$ 1 milhão

seg, 25/05/2020 - 14:43
Reprodução Os condenados Carlos Wanzeler (esquerda) e Carlos Costa Reprodução

Os fundadores da Telexfree, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, foram condenados cada um a 12 anos e seis meses de prisão por gestão fraudulenta de instituição financeira e por operar instituição financeira sem a devida autorização. As informações são do jornal A Gazeta.

 Os dois condenados também deverão pagar 412 dias-multa. O valor a ser pago por Costa chega a R$ 2 mil por dia, totalizando R$ 1,02 milhão; enquanto a multa diária de Wanzeler é de R$ 3 mil, chegando ao total de R$ 1,53 milhão.

 A mesma decisão também absolveu Lyvia Mara Wanzeler, filha de Carlos Wanzeler. Os três foram absolvidos da acusação de negociar títulos ou valores mobiliários sem autorização, referente à negociação de um empreendimento hoteleiro no Rio de Janeiro.

 Na sentença, o juiz federal Vitor Berger Coelho destaca que Carlos Costa e Carlos Wanzeler foram responsáveis por planejar meticulosamente a criação da Telexfree e elaborar regras complexas nos contratos de adesão. Ambos planejaram a viabilizaram a criação de uma moeda eletrônica para movimentar valores de investidores à margem do Sistema Financeiro Nacional, diz o documento.

 Segundo o juiz, Costa foi o principal responsável por angariar os clientes por meio da divulgação de vídeos na internet denominados 'Plantão Telexfree'. 

 Carlos Costa não deverá ser preso no momento por se tratar de decisão em primeira instância. Carlos Wanzelar está detido no Rio de Janeiro a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), visto que ele aguarda o resultado do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos. A Justiça decidiu que Wanzeler perdeu a nacionalidade brasileira ao optar pela norte-americana.

 Os empresários foram presos em operação da Polícia Federal (PF) em dezembro de 2019. A polícia investigava a possível prática de lavagem de dinheiro. Os dois respondem a outros crimes envolvendo a Telexfree que tramitam na Justiça Federal, como formação de pirâmide financeira.

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