De acordo com o levantamento do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas), 40 condutores de ônibus que atuavam nos coletivos municipais morreram em decorrência do novo coronavírus.

Segundo o estudo, 155 profissionais testaram positivo para Covid-19 e há outros 707 casos suspeitos entre os trabalhadores da categoria. Ainda de acordo com o Sindimotoristas, a maior incidência de contágio e morte está nas regiões Sudeste e Leste da capital paulista.

Em seu site na Internet, o sindicato afirma que tem fiscalizado as empresas de ônibus em relação à distribuição e ao uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), além das medidas de higiene para os veículos e para os funcionários. Mesmo com as orientações, a preocupação dos representantes da categoria aumenta com a flexibilização da quarentena.

"Tememos que o problema possa fugir de controle se os coletivos continuarem superlotados, expondo a maiores riscos de contágio condutores e passageiros. Os ônibus podem virar incubadoras do coronavírus”, considera o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz.

Na última semana, representantes do Sindimotoristas se reuniram com a prefeitura e pediram que 100% da frota seja colocado nas ruas, para evitar tentar evitar superlotação dos veículos, o que aumenta o risco de contaminação. De acordo com a administração pública municipal, atualmente circulam 11.828 ônibus pelas ruas da maior cidade do país. O número significa 92% da capacidade total.