'Covid-19 é a pior crise sanitária para os médicos'
Cremepe reforça que os efeitos do coronavírus devem durar muito tempo
O secretário geral do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Mário Jorge Lemos de Castro Lôbo, disse que a pandemia da Covid-19 é a crise sanitária do século, tendo sido a 'Gripe Espanhola' a última de grande proporção que o mundo enfrentou. Mário reforça que o impacto na sociedade é absoluto e gerou uma mudança na rotina dos profissionais da saúde e da sociedade como um todo.
“Como os profissionais da saúde são a ponta da lança do enfrentamento à covid, (para) quem está no atendimento direto ao paciente infectado, a mudança foi radical. Além disso, por se tratar de uma doença nova, os profissionais de saúde tiveram que aprender a tratar (os infectados) durante o tratamento”, acentua o secretário do Cremepe.
Ele reforça que muito ainda é desconhecido e os médicos vêm tendo que dar a assistência da melhor forma possível à população. Além disso, Mário aponta que a covid-19 vai durar muito tempo e continuará sendo desafio para os profissionais médicos e para toda a sociedade.
Profissionais da Saúde
Até esta quarta-feira (29), mais de 4 mil profissionais da saúde de Pernambuco, que atuam na linha de frente do combate à covid-19, se infectaram. Outros 55 morreram em decorrência do vírus - segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Para o secretário, muito foi feito pelo Estado de Pernambuco e pela cidade do Recife na tentativa de proteger os seus profissionais.
"No início existia um déficit de equipamentos e insumos. Nós tivemos um início de pandemia aqui quando ainda não tínhamos respiradores e todos os EPIs. Nosso enfrentamento foi muito grande em Pernambuco e isso pode ter sido refletido nesses números. É muito difícil julgar esse número retrospectivamente", reforça o coordenador do Cremepe.