PF vai investigar depredação de crucifixo no Alto da Sé

Policiais tentam entender a motivação do ato. Acusado está hospitalizado

por Nathan Santos dom, 09/08/2020 - 18:42

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco informou, neste domingo (9), que assumirá as investigações sobre o Cruzeiro do Alto da Sé, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O crucifixo do monumento foi depredado nesse sábado (8) e o suspeito acabou se machucando. Ele estava ferido nas pernas e nos dedos.

A Companhia Independente de Apoio ao Turista (Ciatur), da Polícia Militar de Pernambuco, identificou o suspeito por meio de câmeras de segurança. Como estava ferido, o acusado acabou sendo levado ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista, onde segue internado e passará por cirurgia. A PF promete ouvi-lo assim que ele receber liberação médica.

De acordo com a Polícia Federal, o caso do monumento, que “supostamente foi alvo de um ato de vandalismo”, ficará sob sua responsabilidade porque a estrutura é tombada pelo patrimônio histórico que fica em um dos principais pontos turísticos do Sítio Histórico de Olinda.

“Ao tomar conhecimento dos fatos a Polícia Federal enviou uma equipe de policiais federais para o local com o objetivo de fazer uma perícia técnica no local do crime e pegar informações sobre o caso”, informou a PF por meio da sua assessoria de comunicação. A entidade ainda reiterou que “o crime está previsto na Lei de Crimes Ambientais - Lei 9.605/98 no artigo 165 por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico”. Para esse tipo de situação, a pena pode ir de seis meses de detenção a dois anos de prisão, bem como multa poderá ser aplicada.

No que diz respeito à restauração do monumento, o trabalho ficará sob os cuidados da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda. A Polícia Federal tenta, agora, identificar o que motivou a destruição do crucifixo.

Tombamento – Desde 1968, o Sítio Histórico de Olinda é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além disso, é reconhecido como Patrimônio Mundial Cultural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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