Saúde reconhece indícios de invasão hacker em seu sistema
O Ministério desativou parte de sua rede e restringiu o acesso de servidores a e-mails, entre outros serviços
O Ministério da Saúde reconheceu nesta sexta-feira, 13, indícios de um ataque cibernético em seu sistema. "Após o início das investigações sobre o vírus que afetou nossa rede de tecnologia, na semana passada, há indício de que a pasta também foi alvo de tentativa de ataques cibernéticos, embora não haja laudo conclusivo", disse o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, em pronunciamento à TV Brasil.
Franco disse que o ministério não havia informado ainda sobre o possível ataque para "preservar provas e garantir a segurança de dados". "Desde o início da ocorrência todas as medidas necessárias para preservar a integridade de sistemas, servidores e dados do Ministério da Saúde foram tomadas. Não houve comprometimento, sequestro ou vazamento de informações."
A Saúde desativou parte de sua rede e restringiu o acesso de servidores a e-mails, entre outros serviços, na última quinta-feira, 5, quando identificou um "vírus" em sua rede. Desde então há limitações em serviços da Saúde. A pasta, no entanto, afirmava que não havia indícios de ataque cibernético. Pelo menos o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o governo do Distrito Federal foram alvos de hackers na última semana.
Segundo o secretário, há ainda instabilidade em parte da rede da pasta, mas os serviços devem ser normalizados a partir da próxima segunda-feira, 16. Ele afirmou que o ministério manteve a atualização de dados de casos e óbitos da covid-19, mesmo com dificuldades.
"Seguimos enviando à imprensa os dados diários da covid-19, com observações relativas às últimas atualizações possíveis de serem feitas. Por esse motivo, também não foi divulgado o boletim epidemiológico semanal", afirmou Franco.
Para alertar sobre golpes que tem sido registrados, o secretário afirmou que o Ministério da Saúde não está realizando pesquisas nem pede dados particulares de usuários do SUS.
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