Falta de remédio compromete tratamento da hanseníase

Queda na produção de medicamentos coloca em risco a saúde de pacientes no Brasil

seg, 01/02/2021 - 09:30

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A data de 31 de janeiro marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. Nas campanhas de saúde, o mês ficou conhecido como Janeiro Roxo, pelas ações de conscientização para o tratamento da doença.

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. O tratamento é realizado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o boletim epidemiológico disponibilizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, o Brasil é classificado como um país de alto risco para a doença, ocupando o segundo lugar no mundo, atrás apenas da Índia.

Os dados preliminares de 2019 mostram que o Brasil diagnosticou 23.612 novos casos de hanseníase, sendo 1.319 (5,6%) em crianças menores de 15 anos. O Pará ficou em terceiro lugar entre os Estados que mais apresentam diagnóstico positivo da doença (cerca de dois mil casos).

No ano de 2020, principalmente pela pandemia causada pelo novo coronavírus, o mundo sofreu um grande desabastecimento dos remédios para o tratamento da hanseníase. Para o coordenador do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), Edmilson Picanço, não é aceitável que uma doença secular como a hanseníase não tenha seus medicamentos produzidos no país.

“É preciso que a gente tenha a condição de começar a cobrar do governo federal, especialmente do Ministério da Saúde, para que esse medicamento seja fabricado pelos laboratórios brasileiros”, disse.

 Por causa das medidas de isolamento contra a covid-19, este ano não houve grandes eventos sobre o tema.

Por Sandy Brito.

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