Ciclone atípico pode atingir sul do Brasil no sábado (3)

Período entre o fim de março e começo de abril são propícios a esse tipo de fenômeno por causa das altas temperaturas do mar

por Rafael Sales qua, 31/03/2021 - 16:56
Wikimedia Imagem de satélite do ciclone Catarina, que atingiu a costa brasileira em 2004 Wikimedia

Na última terça-feira (30), o portal Clima Ao Vivo informou sobre a possível formação de um ciclone, que pode atingir o litoral da região sul do Brasil no próximo sábado (3). De acordo com modelos meteorológicos, um movimento atípico no alto mar e de baixa pressão atmosférica está em desenvolvimento, em direção à costa brasileira. Veja o mapa de calor no vídeo publicado pelo canal Climatempo Meteorologia, em específico a região vermelha, com a projeção para os próximos dias:

Os ciclones caracterizados como extras e subtropicais são formados na costa do Brasil com direção ao alto mar. Porém, este movimento no mapa de calor está com previsão para voltar ao continente, o que pode ser identificado como um furacão. Outro fator que contribui para a formação de ciclones e está sendo um elemento de estudo para as meteorologistas, são as altas temperaturas do mar, justamente no período entre o fim de março e começo de abril, devido ao fim do verão.

O fenômeno conhecido como furacão ou tufão é um sistema circular de movimentação de ar. Ambos são semelhantes em suas características, mas distintos nas regiões de formação. Quando o evento ocorre na região leste do Oceano Pacífico ou Oceano Atlântico é chamado de furacão. Já quando ocorre nas regiões oeste, é conhecido como tufão. Os ventos podem chegar a uma velocidade superior a 105 km/h e abrangem uma região de centenas de quilômetros, geralmente entre 200 e 400km.

O único furacão formado na costa brasileira, comprovado cientificamente, foi o furacão Catarina, que atingiu a região sul do país em 28 de março de 2004. O evento foi classificado como categoria dois, ganhou força por conta do mar quente e atingiu velocidades entre 150 km/h e 175 km/h. Foi registrado um prejuízo superior a R$ 1 bilhão, por conta das casas destruídas e a agricultura danificada.

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