Tópicos | ciclone

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que áreas de instabilidade, causadas pelo calor e pela alta umidade, ocasionaram tempestades no sábado, 23, no norte gaúcho, em Santa Catarina, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em parte do Sudeste, incluindo o Estado de São Paulo.

Conforme o Inmet, esse padrão meteorológico, que chegou a provocar vários pontos de alagamento e quedas de árvore na cidade de São Paulo, antecede a formação de um ciclone extratropical e a passagem de uma frente fria entre o fim deste domingo e o decorrer da segunda-feira, 25, pela região Sul do País.

##RECOMENDA##

A previsão indica risco de chuva forte no dia de celebração do Natal, com ventos acima de 70 quilômetros por hora e queda de granizo.

De acordo com informações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgadas no sábado, 23, o ciclone extratropical deve se formar sobre o oceano, próximo à costa gaúcha, ao longo desta segunda-feira. "As equipes da Defesa Civil e da Sala de Situação seguem monitorando a evolução desse quadro e, se forem identificados riscos, serão adotadas as providências pertinentes."

Em setembro deste ano, um ciclone atingiu cerca de 70 municípios gaúchos e causou mais de 50 mortes, deixando quase 5 mil desalojados ou desabrigados.

Pontos de alagamento e quedas de árvores em São Paulo

As fortes chuvas provocaram quatro pontos de alagamento e 26 quedas de árvores na cidade de São Paulo, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

No Estado paulista, ainda houve registro da queda de um avião de pequeno porte, no município de Jaboticabal, e uma notificação de um homem que morreu eletrocutado, em Ribeirão Preto.

Fenômeno se intensifica sobre o Oceano Atlântico no RS

O fenômeno se intensifica sobre o Oceano Atlântico, na costa gaúcha. "A convergência de umidade associada ao processo de formação deste sistema e os encontros de ventos quentes e úmidos de norte e mais frios do sul dão origem à formação de áreas de instabilidade sobre grande parte da Região Sul, com previsão de chuvas intensas, rajadas de vento e queda de granizo", disse o alerta do Inmet.

As rajadas de vento podem ficar entre 80 e 100 quilômetros por hora na faixa leste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, entre a noite de segunda e a manhã de terça-feira, 26. Nesse dia, na faixa leste da Região Sul e nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, também haverá ventos fortes.

Enquanto o ciclone se desloca sobre o oceano, um sistema de alta pressão, com vento frio e seco, favorece a queda nas temperaturas nos três Estados do Sul, em Mato Grosso do Sul e leste da Região Sudeste, incluindo parte de São Paulo.

Em Santa Catarina, o meteorologista Caio Guerra, da Defesa Civil estadual, alertou na sexta-feira para o tempo instável no fim de semana, com risco de temporais acompanhados de rajadas de vento e raios. "Essas condições podem provocar transtornos, como destelhamentos, quedas de árvores e danos na rede elétrica, assim como alagamentos e enxurradas pontuais", disse.

O alerta incluiu a Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí.

Um novo ciclone extratropical deve atingir o Sul do País na véspera deste Natal, segundo alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta sexta-feira, 22. As áreas de instabilidade, causadas pelo calor e pela alta umidade, podem ocasionar tempestades, já neste sábado, 23, no norte gaúcho, em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e parte do Sudeste, incluindo o Estado de São Paulo.

Em setembro deste ano, um ciclone atingiu cerca de 70 municípios gaúchos e causou mais de 50 mortes, deixando quase 5 mil desalojados ou desabrigados.

##RECOMENDA##

Conforme o Inmet, este padrão meteorológico antecede a formação de um ciclone extratropical e a passagem de uma frente fria entre o fim do domingo e o decorrer da segunda-feira, 25, pela Região Sul do País. A previsão indica risco de chuva forte, ventos acima de 70 quilômetros por hora e queda de granizo.

Ainda segundo o instituto, ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a formação de um ciclone extratropical entre o Uruguai e o sul do Rio Grande do Sul se inicia no fim de domingo e, principalmente, na madrugada de segunda.

O fenômeno se intensifica sobre o Oceano Atlântico, na costa gaúcha. "A convergência de umidade associada ao processo de formação deste sistema e os encontros de ventos quentes e úmidos de norte e mais frios do sul dão origem à formação de áreas de instabilidade sobre grande parte da Região Sul, com previsão de chuvas intensas, rajadas de vento e queda de granizo", diz o alerta do Inmet.

As rajadas de vento podem ficar entre 80 e 100 quilômetros por hora na faixa leste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre a noite de segunda e a manhã de terça-feira, 26. Neste dia, na faixa leste da Região Sul e nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, haverá ventos fortes. Enquanto o ciclone se desloca sobre o oceano, um sistema de alta pressão, com vento frio e seco, favorece a queda nas temperaturas nos três estados do Sul, em Mato Grosso do Sul e leste da Região Sudeste, incluindo parte de São Paulo.

Em Santa Catarina, o meteorologista Caio Guerra, da Defesa Civil estadual, alertou nesta sexta para o tempo instável no fim de semana, com risco de temporais acompanhados de rajadas de vento e raios. "Estas condições podem provocar transtornos como destelhamentos, quedas de árvores e danos na rede elétrica, assim como alagamentos e enxurradas pontuais", disse. O alerta incluiu a Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí.

Um ciclone extratropical devastou parte do Rio Grande do Sul, deixando mais de 50 mortos. Na Líbia, uma tempestade deixou mais de 11 mil mortos e 10 mil desaparecidos. Constantemente, somos impactados com notícias de desastres naturais, que parecem escalar em magnitude e reflexos. Não me sai da cabeça que tudo isso origem parcial – se não principal – na atividade humana, sempre tão predatória. Uma hora, a conta chega.

Chuvas, terremotos, ciclones, ondas de calor extremo. Cada vez mais constantes, cada vez mais devastadores. Por que motivos essas ocorrências estariam se intensificando? A exploração desenfreada dos recursos naturais, a poluição do ar e a devastação das florestas ajudam a entender. O modelo de desenvolvimento da humanidade, em geral, ainda é baseado na exploração. Com a evolução tecnológica, ao passo que se desenvolvem soluções de preservação, aumenta-se o ritmo exploratório. Nessa balança, a degradação do meio-ambiente ainda prevalece. É preciso rever a forma como os países investem no desenvolvimento, de forma que este seja amis sustentável. Muito se fala em ESG, preservação, mas a prática ainda está muito aquém do desejado.

Nós brasileiros temos a “sorte” de não sofrermos com terremotos ou furacões como outras nações, por exemplo. No entanto, outros eventos naturais vêm se manifestando com força. Nossa diversidade ambiental, com ricas fauna e flora, ainda é explorada além do devido. Carecemos de legislações e códigos de proteção dos recursos naturais mais claros e efetivos, além de uma boa fiscalização e aplicação das devidas sanções a quem transgredir a regra. O agronegócio, por exemplo é uma grande força da economia nacional e deve ser sempre impulsionado e incentivado. No entanto, deve estar alinhado a metas ambientais que promovam o desenvolvimento sustentável. Que bom que já temos muitas companhias no setor preocupadas com isso, por terem consciência de que também dependem de um meio-ambiente saudável. Afinal, no longo prazo, a depredação da natureza será prejudicial para a agricultura, a pecuária e outros setores.

Estamos em uma corrida contra o tempo. Diversos são os alertas para a necessidade de redirecionar a exploração de recursos, a fim de promover a “saúde” do planeta. Caso contrário, os impactos podem ser irreversíveis. Resta salvar o que ainda pode ser preservado. Um futuro mais verde e saudável é possível, mas precisa de um forte esforço coletivo para acontecer. Sempre importante ressaltar que não adianta “brigar” com a natureza: nesse duelo, não seremos vencedores. O clima está dando sinais de que precisamos agir.

A formação de um novo ciclone extratropical em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e o litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira (26) e a madrugada da quarta (27) vai intensificar a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

O órgão acrescenta, no entanto, que a intensificação das chuvas será devido ao aprofundamento e avanço de um sistema de baixa pressão para o oceano, fluxo de umidade do oceano combinado ao da Amazônia e formação de uma frente fria.

##RECOMENDA##

Nesta segunda-feira (25), fortes áreas de instabilidade já se formam no território gaúcho ainda pela manhã, principalmente sobre Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Santa Maria, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

"No decorrer do dia, a tendência é de que a instabilidade migre no sentido sul e alcance pontos da metade sul gaúcha. O risco de chuva forte com temporais isolados de raios, granizo e vento forte persiste na região", reforça a MetSul.

A expectativa é de que, na terça-feira, uma área de baixa pressão se desloque do nordeste da Argentina e Paraguai para o Sul do Brasil, cruzando a região de oeste para leste na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

"Esta baixa pressão reforçará muito a instabilidade durante o dia na terça com chuva intensa em muitos locais e temporais que localmente podem fortes e até severos com risco de vendavais e granizo, potencialmente médio a grande em alguns pontos com danos", salienta a MetSul.

Conforme a previsão, o ciclone estará configurado na costa na quarta-feira e sua circulação de umidade ainda traz chuva para o Rio Grande do Sul para parte do norte e leste do Estado, especialmente na primeira metade do dia, mas gradualmente o tempo começa a melhorar antes de uma sequência de dias de sol e tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, que se inicia na quinta-feira, 28.

Segundo a MetSul, Santa Catarina e Paraná devem ter pancadas de chuva e temporais isolados de vento e granizo em diferentes pontos nos próximos dias. Na quarta-feira, a frente fria associada ao ciclone vai avançar pelos dois Estados, com chuva mais intensa, especialmente em Santa Catarina. "A frente levará chuva e temporais a pontos do sul e do leste de São Paulo até o fim da quarta-feira", projeta a MetSul.

Rajadas de vento

Na terça-feira, a baixa pressão se aprofunda entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. "Vai gerar rajadas de vento de 60 km/h a 80 km/h, isoladamente superiores em elevações, na parte norte gaúcha, Santa Catarina (mais no oeste), Paraná (maior intensidade no oeste), Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na quarta-feira, o ciclone estará formado sobre o Atlântico nas costas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. "Vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense", acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar. O ciclone se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

"A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de modo independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar", explica a empresa brasileira de meteorologia.

Será promulgado o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 321/2023, que reconhece estado de calamidade pública no território do estado do Rio Grande do Sul até o final de 2024. O texto, que havia sido aprovado pelo Senado na semana passada, foi confirmado pelos deputados na quarta-feira (20).

A calamidade se dá em razão das enchentes causadas por ciclone extratropical. No total, 106 municípios foram afetados, segundo a Defesa Civil do estado. 

##RECOMENDA##

O projeto, do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), isenta o estado do Rio Grande do Sul e as cidades atingidas de restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000).

A intenção é direcionar mais recursos para os locais afetados, com a concessão de benefícios fiscais e regras orçamentárias mais flexíveis. De acordo com o texto, esses entes federados terão regras fiscais flexibilizadas até 31 de dezembro de 2024 para ajudar a enfrentar a situação.

Durante a vigência do estado de calamidade, ficam suspensas nas localidades cobertas pelo decreto regras como os limites e condições para operações de crédito e recebimento de transferências voluntárias; cumprimento da aplicação de recursos vinculados a determinada finalidade, desde que os recursos sejam destinados ao combate à calamidade pública; e deduções para renúncia de receita e geração de despesa, desde que o incentivo, benefício ou aumento da despesa seja destinado ao combate à calamidade pública.

Como o estado de calamidade vai até dezembro de 2024, ano de eleições municipais, as prefeituras poderão criar despesas que não poderão ser finalizadas dentro do próprio mandato ou sem que haja disponibilidade de caixa suficiente para isso. Nas situações normais, isso é proibido.

Balanço

De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, no fim da tarde da quarta-feira (20), as chuvas intensas e as enchentes decorrentes do ciclone causaram 49 mortes no estado. Nove pessoas continuam desaparecidas e 4,8 mil estão desabrigadas.   

*Da Agência Senado (com informações da Agência Câmara) 

O novo ciclone extratropical que se formou na costa do Rio Grande do Sul nas primeiras horas desta quinta-feira (14) provocou rajadas de vento que ultrapassaram 80km/h em parte do litoral gaúcho. O fenômeno, contudo, está se afastando e já está distante do Rio Grande do Sul.

Apesar disso, reflexos do fenômeno ainda podem ser sentidos no Estado, que tem sofrido com fortes chuvas e ventos há quase duas semanas.

##RECOMENDA##

"Muitas nuvens ainda cobrem o Estado hoje com garoa e chuva na maioria das cidades em razão da circulação ciclônica, especialmente na primeira metade do dia. Porto Alegre e a região metropolitana, por exemplo, ainda tiveram chuva forte no começo da madrugada desta quinta, relata a Metsul.

O volume d’água do Arroio Dilúvio, que corta boa parte da capital gaúcha, tem chamado a atenção dos moradores desde quarta-feira. Partes do talude - muro de pedra em declive que fica nas duas margens do arroio - se desmancharam na quarta.

Na madrugada, os ventos chegaram 84 km/h na estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Mostardas, no litoral gaúcho, informou a Metsul. A estação de Tramandaí apontou ventos de 69 km/h.

Ainda de acordo com a empresa de meteorologia, o ciclone desta quinta está associado a uma frente fria que irá avançar ao longo do dia pelo Centro-oeste e o Sudeste do Brasil. Isso deverá causar chuvas e queda de temperatura. O Alerta Rio indica rajadas de vento para a capital fluminense no fim da manhã, e chuva na cidade a partir da tarde.

No Estado de São Paulo, o tempo muda bastante a partir desta quinta com a passagem da frente fria. Deve chover na capital a partir da tarde.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira, 12, que o governo federal fará concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar na recuperação econômica das cidades atingidas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. A medida está entre as anunciadas pelo governo federal para auxiliar a região.

O anúncio ocorreu após reunião interministerial nesta terça-feira, 12, no Palácio da Alvorada. De acordo com o governo, tal empréstimo será feito com juro zero, dois anos de carência e apenas com correção da inflação.

##RECOMENDA##

Além da concessão de empréstimo, o presidente afirmou que a gestão também fará a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

Além de Lula, participaram do encontro Geraldo Alckmin (vice-presidente/MDIC), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (MDS), Simone Tebet (Planejamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Márcio Macedo (Secretaria-Geral), Paulo Pimenta (Secom), Jader Filho (Cidades), Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Juscelino Filho (Comunicações), Nísia Trindade (Saúde), Fernando Haddad (Fazenda), Rita Serrano (Caixa Econômica), Edegar Pretto (Conab) e Nelson Barbosa (BNDES).

"Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul", declarou, em vídeo divulgado há pouco. "Além dos 740 milhões anunciados por ele no último domingo, nós tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do fundo de garantia para atender 354 mil trabalhadores que têm fundo de garantia."

No fim de semana, Alckmin, no exercício da Presidência, anunciou R$ 740 milhões para as prefeituras dos municípios atingidos pela chuva no Rio Grande do Sul. Para viabilizar o recurso, o governo federal fará uma medida provisória (MP) para abrir crédito extraordinário: parte será de recursos que já têm no Orçamento, e outra parte, por remanejamento.

No vídeo, Lula disse que o governo acompanha a situação da região e, à medida que as informações chegam, a gestão tomará decisões. "O que eu posso garantir ao povo do Rio Grande do Sul, ao povo da região que foi prejudicada pela chuva é que o governo federal não faltará no atendimento às necessidades do povo da região", disse. "Nós vamos cuidar do povo com muito carinho porque o povo não pode sofrer do jeito que está sofrendo."

O governo também estuda ações específicas do Ministério da Saúde para reconstrução de hospitais atingidos e unidades de saúde, e do Ministério de Educação para restauração de creches e escolas. Os recursos, contudo, ainda não foram contabilizados.

Ausência de Lula

A ida do presidente ao Rio Grande do Sul, segundo o Palácio do Planalto, não foi debatida na reunião ministerial. De acordo com auxiliares do governo, não faz sentido Lula visitar a região pois Alckmin, enquanto presidente em exercício, já fez o sobrevoo no fim de semana.

Os fortes ventos registrados entre a noite de segunda-feira (11) e a manhã desta terça (12) em Porto Alegre causaram o cancelamento de voos e provocam grandes filas no Aeroporto Salgado Filho. Pelo menos seis voos de três companhias aéreas diferentes foram cancelados nesta manhã - cinco deles tinham destino para aeroportos do Estado de São Paulo.

Entre os voos cancelados, dois são da Latam com destino a Congonhas e Guarulhos; três da Azul, para Viracopos, Guarulhos e Confins (MG); e um da Gol, para Congonhas. O Estadão pediu posicionamento à administração do aeroporto, mas até o momento não obteve retorno.

##RECOMENDA##

A Infraero, que administra o aeroporto de Congonhas, informou que até às 9h30 da manhã a suspensão dos voos em Porto Alegre não provocava reflexos no aeroporto paulista.

Os fortes ventos começaram pouco antes das 23h de segunda-feira. A Metsul informou que a estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho registrou rajadas de vento de 76 km/h naquele momento.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou, nesta segunda-feira (11), em Nova Délhi, o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul e o terremoto que matou mais de 2 mil pessoas no Marrocos na semana passada. "Não tem muita explicação para a ocorrência das tragédias, a não ser a mudança do clima, a não ser o que nós estamos fazendo com o planeta", disse Lula, pouco antes de embarcar para Brasília, após ter participado da Cúpula do G20 na capital indiana.

Lula foi criticado por não ter visitado o local da tragédia no Rio Grande do Sul, que soma 46 mortos e 46 desaparecidos.

##RECOMENDA##

No domingo, seis dias após a passagem do ciclone, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) visitou a região e anunciou a liberação de recursos para as vítimas e para a reconstrução da infraestrutura danificada.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou neste domingo, 10, que o governo federal destinará cerca de R$ 741 milhões de recursos para minimizar os danos causados pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Os recursos serão alocados em diferentes ministérios, que utilizarão a verba para reconstruir o Estado ou para antecipar benefícios financeiros aos moradores da região atingida. Há 43 mortes até agora, na maior catástrofe climática da história do Estado.

Alckmin visita o Rio Grande do Sul quase seis dias após a tragédia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido criticado por aliados e pela oposição por não ter visitado a região. Na quinta-feira, 7, Lula participou em Brasília das comemorações do Dia da Independência, gravou vídeo comendo jabuticaba do pé e viajou rumo à Índia, onde participa de encontro do G-20.

##RECOMENDA##

O pacote de medidas anunciado por Alckmin inclui desde recursos para reconstruir estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades, até antecipação de benefícios. O governo federal também atualizará o decreto de calamidade pública, passando de 79 municípios para 88 nessa situação.

"Temos três desafios. O primeiro é salvar vidas, o que foi feito e com enorme empenho, no sentido de buscar pessoas e salvar vidas. E continua o trabalho hospitalar de saúde. O segundo é reconstruir as cidades que foram destruídas. É impressionante a violência das águas. E o terceiro é salvar o emprego, recuperar a economia. Vamos encaminhar esses projetos. Precisamos de crédito mais alongado e com juros mais baixos", disse Alckmin em coletiva de imprensa neste domingo.

Antecipação do Bolsa Família e do BPC

Alckmin afirmou que, para ações compartilhadas entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a Previdência Social, serão destinados R$ 57,4 milhões.

Segundo Alckmin, o pagamento do Bolsa Família para pessoas da região será antecipado para 18 de setembro. Além disso, o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), repassado a idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade que tenha renda familiar per capita menor que um quarto do salário mínimo, será antecipado para o dia 25.

Normalmente o pagamento desses benefícios é feito de forma escalonada, mas devido ao desastre, todas as pessoas receberão o recurso nessas datas. Além da antecipação do pagamento, famílias beneficiárias do BPC poderão fazer uma espécie de "empréstimo" de mais um salário mínimo e pagar o valor em 36 parcelas, sem juros e sem correção.

O MDS também repassará aos municípios R$ 800 por desabrigado, em duas parcelas de R$ 400, que serão transferidas às prefeituras para atender à população.

Construção de 1500 casas

Outra medida anunciada pelo governo federal é a construção de casas na região atingida. O governo alocará R$ 195 milhões no Ministério das Cidades e no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para construção de unidades habitacionais. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, os municípios devem estar vinculados ao decreto de calamidade pública para solicitar as casas. El não especificou quando o sistema será aberto.

" O governo determinou para os municípios atingidos por tudo isso (a construção) de 1,5 mil unidades habitacionais, unidades habitacionais de interesse social. Vamos reabrir o programa para municípios atingidos para que vocês possam dar entrada. É importante estarem vinculados a questão da calamidade pública, porque todas (as casas) estão vinculadas a questão da calamidade", disse o ministro.

Operações emergenciais

Cerca de R$ 26 milhões foram destinados ao Ministério da Defesa para financiar operações com helicópteros, maquinário e outros equipamentos utilizados para atender emergencialmente a população e nas operações de resgate. Alckmin explicou que as Forças Armadas poderão inclusive auxiliar na construção de pontes na região e outros aparatos.

Reconstrução dos municípios

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional empregará R$ 185 milhões para reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas e ações de defesa civil. Além disso, o valor será empregado também para ajuda humanitária às vítimas.

Distribuição de alimentos

O governo federal alocou R$ 125 milhões no Ministério do Desenvolvimento Social e no Ministério do Desenvolvimento Agrário para compra de alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Alckmin explicou que serão comprados alimentos de agricultores da região e distribuídos para as famílias locais.

Cerca de 20 mil cestas serão distribuídas, as primeiras 5 mil chegam neste domingo.

Reformas de Unidades Básicas de Saúde e kit de medicamentos

Para o Ministério da Saúde, serão destinados R$ 80 milhões para que a pasta reforme unidades básicas de saúde, reconstrua equipamentos de saúde destruídos e construção do hospital de campanha, que foi instaurado em Roca Sales. O ministério também enviou kits com medicamentos para as cidades atingidas.

Recuperação de pontes e estradas

Outros R$ 16 milhões serão utilizados pelo Ministério dos Transportes para fazer a recuperação de trechos da BR 116 que foram atingidos pela chuva. O recurso também será usado para recuperação de pontes no local.

Liberação de saque do FGTS

A Caixa Econômica Federal vai permitir o saque de parte do FGTS por pessoas que tenham sido atingidas pelas chuvas. Segundo Alckmin, quem tem saldo na conta e não fez retirada nos últimos 12 meses poderá sacar até R$ 6.220.

Além disso, para os empresários locais, a Receita Federal vai prorrogar a data de pagamento de tributos federais. Os impostos de setembro poderão ser pagos em dezembro, e os de outubro, em janeiro.

'Absoluta prioridade'

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse em entrevista coletiva neste domingo, 10, que, da parte do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva, houve "absoluta prioridade" para a tragédia no Rio Grande do Sul.

No mesmo sentido, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que Lula, que está na Índia em virtude do encontro do G20, ligou duas vezes para o presidente em exercício Geraldo Alckmin e ministros para falar sobre o apoio ao Estado, que sofre com os efeitos do ciclone extratropical que atingiu a região.

Além disso, Pimenta afirmou desconhecer qualquer pleito encaminhado por prefeituras do RS que não tenha tido resposta imediata do governo.

O governo do Rio Grande do Sul atualizou, na manhã deste domingo (10), para 43 a quantidade de pessoas mortas em decorrência das chuvas e inundações que atingem o estado desde a última segunda-feira (4). O número de desaparecidos chega a 46. 

A maioria das mortes ocorreu em Muçum (16), seguido de Roca Sales (dez), Cruzeiro do Sul (cinco), Lajeado (três), Estrela (dois), Ibiraiaras (dois) e em Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza, uma morte em cada município. 

##RECOMENDA##

No cidade de Muçum, está também a maioria dos desaparecidos (30), seguido de Lajeado (oito) e Arroio do Meio (oito). 

 Segundo o governo estadual, 3.130 pessoas foram resgatadas; 224 estão feridas; 3.798 estão desabrigadas; e 11.642, desalojadas. No total, 150.341 pessoas foram afetadas pelas chuvas e inundações em 88 municípios.   

Desde a última segunda-feira (4), chuvas e inundações causadas por um ciclone extratropical matou pessoas, inundou cidades, derrubou pontes, destruiu lojas e deixou vários estragos na infraestrutura do estado. 

No final da manhã de hoje, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e uma comitiva de ministros participam, em Lajeado (RS), de uma reunião com prefeitos locais. 

Participam da comitiva os ministros da Defesa, José Múcio; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta; do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

O ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou hoje à tarde que o governo federal deve repassar até segunda-feira, 11, a primeira parcela de recursos para municípios prejudicados pelo ciclone no Rio Grande do Sul, que será usada para auxiliar a população desabrigada. Nesse primeiro momento, serão transferidos R$ 400 por pessoa desalojada - repassados diretamente à prefeitura.

"Foi aberto cadastro ontem. Os municípios que se cadastraram até ontem receberão na segunda-feira. Basta os municípios se cadastrarem e será feito imediatamente o repasse", afirmou Dias após reunião no Palácio do Planalto realizada neste sábado. Segundo o ministro, a pasta comandada por ele separou R$ 56 milhões para ações na região, como o auxílio abrigamento e o programa de aquisição de alimentos.

##RECOMENDA##

Os repasses para ajudar os desabrigados deverão ocorrer em duas etapas. Ao fim, os municípios devem receber até R$ 800 por pessoa afetada. Dias disse ainda que o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, vai anunciar neste domingo, 10, o saldo de medidas coordenadas pelo governo federal para amparar a população gaúcha.

A previsão é de que Alckmin e uma comitiva com sete ministros visite amanhã, 10, as cidades afetadas pelo ciclone. Além do vice-presidente e de Dias, participaram da reunião neste sábado no Planalto os ministros de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Secretária de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, além de representantes das Forças Armadas, pastas de Cidades, da Casa Civil, da Agricultura, e da Caixa.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que ocupa a Presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva está fora do País para a reunião do G20 na Índia, disse nesta sexta-feira, 8, que irá ao Rio Grande do Sul no domingo, 10, provavelmente pela manhã.

O Estado está sendo atingido por fortes chuvas e enchentes que já mataram ao menos 41 pessoas, em razão de um ciclone. Serão visitadas as cidades de Lajeado, Roca Sales, e Arroio do Meio, no interior gaúcho, se os planos não forem alterados.

##RECOMENDA##

Alckmin minimizou o fato de Lula ter embarcado para a Índia sem visitar a região. Neste ano, o presidente visitou Araraquara (SP) e o litoral norte paulista quando essas regiões passaram por chuvas com enchentes e deslizamentos.

"O presidente Lula está super interessado [na situação do RS]", disse o vice-presidente. "Ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de Setembro, não tinha como sair. No dia anterior teve uma indisposição de saúde", declarou Geraldo Alckmin.

Sala de situação permanente

De acordo com o vice-presidente, foi criada uma sala de situação permanente. Ele disse que o governo federal enviará 20 mil cestas de alimentos ao Rio Grande do Sul, com as primeiras 5 mil chegando no domingo.

Haverá uma ajuda federal de R$ 800 para os municípios por pessoa desabrigada. Alckmin também citou o envio de kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas, entre outras medidas.

Segundo o vice-presidente, Marinha e Exército forneceram botes para o governo do Estado, além de 8 helicópteros das Forças Armadas. São 450 militares trabalhando para mitigar os efeitos das chuvas no local, disse Alckmin.

O ministro da Secretaria de Comunicação, o gaúcho Paulo Pimenta, disse que ainda não há estimativa de valor para a soma das medidas anunciadas.

Alckmin e Pimenta falaram a jornalistas no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).

Antes, eles tiveram reunião com outros ministros para discutir as ações. Uma nova reunião do tipo deve ser realizada ainda nesta sexta.

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou, nesta sexta-feira (8), pelo Twitter, que o Ministério da Previdência decidiu antecipar benefícios para os atingidos pelos estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. "Acabamos de antecipar o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais da Previdência para mais de 700 mil pessoas atingidas pela catástrofe das chuvas nas 79 cidades gaúchas", escreveu na rede social.

O Estado sofreu nesta semana a maior tragédia climática da sua história. A passagem de um ciclone, junto de temporais e ventania, deixou ao menos 41 mortos.

##RECOMENDA##

Também pelas redes sociais, o Ministério da Saúde comunicou ter enviado na quarta-feira, 10 kits de medicamentos e insumos para assistência farmacêutica ao Rio Grande do Sul.

Os kits enviados atenderão 15 mil pessoas em circunstância do ciclone extratropical e às fortes chuvas que castigam a região.

A pequena Muçum, no vale do Rio Taquari, foi uma das cidades mais afetadas pelo ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, que sofre a maior tragédia climática de sua história. "A situação está caótica, difícil de organizar. É um cenário de guerra e estamos lidando dessa forma, tentando organizar o caos e reconstruir a cidade", disse o prefeito Mateus Trojan (MDB).

O município registrou 15 mortes e ainda há uma lista com quase 20 desaparecidos.

##RECOMENDA##

O prefeito disse esperar que nem todos os desaparecidos tenham perdido a vida. "Tivemos informações de que algumas pessoas relacionadas na lista podem estar vivas, por isso lidamos com muita cautela com essa divulgação", afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

Na quinta-feira (7), o Estadão viu na cidade, de menos de 5 mil habitantes, as ruas tomadas por lama, caminhões e retroescavadeiras.

Muçum teve 80% do território alagado e moradores tiveram de carregar vizinhos no colo e se abrigar nos telhados para escapar da força das águas.

"Muitas famílias perderam tudo o que tinham e tiveram o agravante de perder familiares. No hospital de Muçum recebemos também pessoas que vieram de Roca Sales (cidade vizinha), pois lá o hospital foi destruído", afirmou Trojan.

No total, o Rio Grande do Sul registrou 41 mortes e há previsão de novos temporais, o que deixa todo o Estado em alerta.

Na madrugada desta sexta-feira, 8, voltou a chover na região e a cidade entrou em alerta, mas os serviços de resgate não pararam, segundo o prefeito. "Ainda o risco de nova enchente. A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia."

Nesta quinta, segundo ele, o governador Eduardo Leite (PSDB) visitou a cidade e prometeu ajuda. "No momento, a ajuda humanitária está vindo de várias partes através de doações. Temos o Brasil dentro de Muçum, o Exército, a Marinha, a Defesa Civil de diferentes esferas, batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. É uma estrutura de guerra para a resposta a um cenário de guerra", disse.

Além de recursos humanos e financeiros, o prefeito disse que será necessário apoiar as empresas atingidas para que retomem seus trabalhos e não demitam, o que desencadearia, em médio e longo prazo, outro problema social.

Segundo ele, a indústria é a base da economia local. A maior delas, um curtume de couros, foi atingida totalmente e tem quase 500 funcionários, parte deles vindos das cidades de Roca Sales e Encantado, que também foram atingidas. A Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões nas áreas afetadas.

Trojan espera que a onda de solidariedade que está ajudando a recuperar a cidade continue por mais tempo. "São dezenas de casas totalmente levadas, o que gera essa necessidade de ter esse retorno do governo do Estado e do federal para reconstruir a cidade. Mas temos também mais de duas mil pessoas voluntárias, que vieram de fora, para ajudar na recuperação da cidade."

No sábado, 9, as vítimas de Muçum receberão homenagens em velório coletivo.

Novas chuvas fortes atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira (7) feriado da Independência do Brasil, após a destruição causada pela passagem do ciclone extratropical na região. Foi a maior tragédia climática da história do Estado, com 41 mortos, segundo a Defesa Civil. Uma pessoa também morreu em Santa Catarina.

Segundo a MetSul, enquanto cidades do norte gaúcho, especialmente do Vale do Taquari, ainda contabilizam o número de vítimas e os estragos causados pelas inundações, mais enchentes atingem o oeste e o sul do Estado, com os volumes elevados de chuva, nesta sexta-feira, 8.

##RECOMENDA##

Alegrete é o município que mais preocupa. Conforme a empresa de meteorologia, moradores começaram a ser retirados de suas casas com auxílio da Defesa Civil, de produtores rurais e do Exército.

O Ginásio Oswaldo Aranha foi aberto para receber munícipes. Desde a quinta-feira, também há registros de alagamentos provocados em Rio Grande, Pelotas e Pinheiro Machado.

"A chuva acumulada até o fim da madrugada desta sexta-feira somava 182 mm em Canguçu, 181 mm em Pedro Osório, 176 mm em Capão do Leão, 170 mm em Dom Pedrito, 164 mm em Alegrete, 160 mm em Arroio Grande, 158 mm em Pelotas, 151 mm em Rio Grande, 137 mm em Santa Maria, 114 mm em Jaguarão, 112 mm em São Lourenço do Sul e 111 mm em Rosário do Sul", afirma a MetSul.

Além disso, permanece o monitoramento das autoridades sobre elevação do volume de rios. Há alerta para inundação do Rio Santa Maria, em Dom Pedrito, até as 14 horas desta sexta-feira. O mesmo sinal de perigo é válido para o Rio Ibirapuitã, que está em lenta elevação em Alegrete.

Também continua o alerta para temporais, chuvas intensas, descargas elétricas, eventual queda de granizo e rajadas de vento ainda na manhã desta sexta-feira.

Estado de calamidade pública reconhecido

Na quinta-feira, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública de municípios do Rio Grande do Sul afetados, ao longo da semana, pelas consequências de chuvas intensas.

Na manhã desta sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) e secretários de Estado irão a Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, para uma reunião com prefeitos da região para discutir os impactos das enchentes.

Cidades que registraram mortes:

- Cruzeiro do Sul (4);

- Encantado (1);

- Estrela (2);

- Ibiraiaras (2);

- Imigrante (1);

- Lajeado (3);

- Mato Castelhano (1);

- Muçum (15);

- Passo Fundo (1);

- Roca Sales (10);

- Santa Tereza (1).

 

Cidades com desaparecidos:

- Arroio do Meio (8);

- Lajeado (8);

- Muçum (9).

Outras informações, segundo balanço da Defesa Civil:

- Pessoas resgatadas: 3.037;

- Municípios afetados: 83;

- Desabrigados: 2.944;

- Desalojados: 7.607;

- Afetados: 122.992;

- Feridos: 43.

Rodovias ainda estão bloqueadas

As fortes chuvas que afetaram o Estado provocaram danos e alterações no tráfego em rodovias do Rio Grande do Sul. Até último balanço divulgado na noite de quinta-feira havia ao menos 12 trechos com bloqueios totais ou parciais em cinco rodovias.

Pontes foram destruídas pelas chuvas na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e na ERS-431, em Bento Gonçalves, no limite com São Valentim do Sul.

A Secretaria de Logística e Transportes do Estado diz que segue trabalhando para liberar as rodovias o mais rápido possível.

O alto volume da bacia do Rio Taquari após a passagem do ciclone na segunda-feira (4) chegou ao Delta do Jacuí e ao Lago Guaíba. O aumento no nível das bacias invadiu ruas e casas desde a quarta-feira (6) colocando a população do bairro Arquipélago e das áreas ribeirinhas da zona sul de Porto Alegre em alerta para inundações. A estimativa é que a cheia possa aumentar e se estender até o sábado (9), especialmente com a previsão de chuva nos próximos dias.

A Defesa Civil Municipal emitiu um aviso para inundações nas áreas ribeirinhas da capital gaúcha, o que inclui também bairros da zona sul que ficam às margens do Guaíba, como Lami e Ponta Grossa. Uma escola da Ilha dos Marinheiros foi transformada em abrigo temporário para receber possíveis desalojados e desabrigados. Os retornos da rodovia BR-290 na região das Ilhas Grande dos Marinheiros, das Flores e da Pintada foram interditados por causa de alagamentos, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

##RECOMENDA##

A Defesa Civil estadual comunicou nesta quarta que a perspectiva de cheia que mais preocupa é em Porto Alegre. "Boa parte dos rios do Estado apresentam níveis de atenção, com diferentes desdobramentos da situação, conforme as regiões. A situação que requer mais atenção é a do Guaíba", destacou.

O prefeito Sebastião Melo (MDB) visitou o Arquipélago nesta quinta. "Já tem água entrando nas casas e, portanto, é um momento de convencimento das famílias a serem acolhidas", disse em vídeo publicado em redes sociais na tarde desta quarta. "Quero aqui apelar para que as pessoas aceitem o acolhimento", ressaltou. Cidades da região metropolitana de Porto Alegre, como Canoas, também enfrentam inundações, com a cheia do Rio dos Sinos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para resgate nas ilhas na tarde desta quinta. A Prefeitura também divulgou ter utilizado um barco para retirar 30 animais domésticos de casas afetadas na tarde desta quarta.

O ciclone deixou ao menos 41 mortos no Rio Grande do Sul, além de desaparecidos e milhares de desabrigados e desalojados. Há previsão da passagem de mais um ciclone nos próximos dias, porém meteorologistas afirmam que será mais distante da costa e com menor impacto em terra do que outros registrados nos últimos meses.

A Defesa Civil estadual emitiu alerta para descargas elétricas, queda de granizo e rajadas de vento para a maior parte dos municípios. Também alertou para cheias na fronteira com a Argentina e o Uruguai e em outras áreas do Estado.

O Arquipélago é formado por 16 ilhas do Delta do Jacuí e do Guaíba, como a Ilha Grande dos Marinheiros, a Ilha da Pintada e a Ilha das Flores.

Clubes com espaços nas ilhas decidiram suspender as atividades. O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense fechou a "Ilha do Grêmio", na Ilha dos Marinheiros, desde a quarta-feira. O Grêmio Náutico União (GNU) tomou a mesma decisão para a sede campestre, da Ilha do Pavão, "devido às chuvas dos últimos dias" e aumento do nível do Guaiba.

A Defesa Civil emitiu um alerta para que a população evite transitar nas ruas e busque um local seguro para se abrigar. "No caso de habitar imóveis em áreas de risco sujeitas a inundações, buscar auxílio e abrigo temporário junto a familiares ou nas estruturas disponibilizadas pela prefeitura, não transitar em locais sujeitos a inundações ou enxurradas e não entre em alagamentos", destacou em comunicado desta quinta-feira, 7.

Segundo a Prefeitura, a Comissão Permanente de Atuação em Emergência (Copae) acompanha as atualizações da previsão do tempo, monitora o nível do Guaíba, do Jacuí e dos córregos da cidade e está organizando ações.

Na quarta-feira, 6, a Prefeitura interditou todo o percurso da ciclovia do Arroio Dilúvio - córrego canalizado que está em uma das principais vias da cidade, a Avenida Ipiranga - após parte da estrutura ceder. Outro trecho do talude já tinha sido afetado pela passagem de outro ciclone, em julho.

O desfile do Sete de Setembro foi suspenso na cidade. Além disso, foi adiada a tradicional cerimônia do acendimento da Chama Crioula, que abre oficialmente os festejos do Mês Farroupilha, evento que reúne milhares de pessoas no centro porto-alegrense.

Imagens de uma vaca sobre o telhado de uma casa no município de Estrela chamaram a atenção nas redes sociais nesta quinta-feira (7). O animal havia se abrigado sobre o segundo andar de uma residência após a elevação do Rio Taquari em decorrência da passagem do ciclone no Rio Grande do Sul, que deixou ao menos 41 mortos e mais de 10 mil desabrigados e desalojados. Há ao menos 25 desaparecidos.

Em um dos vídeos, uma pessoa chama a vaca Mimosa, que responde com mugidos. Uma força-tarefa foi organizada para retirar o animal, com a contratação de um guindaste, porém o equipamento não chegou a ser utilizado: com a movimentação e o peso do animal, o telhado cedeu. A vaca caiu para a área interna da residência, porém não ficou com ferimentos graves.

##RECOMENDA##

O proprietário da vaca, Pedro Nelio Bauer, relatou à Prefeitura de Estrela que havia deixado dois animais amarrados em um campo de futebol. O terreno ficava a cerca de três quilômetros de distância da casa em que ocorreu o resgate.

Um dos animais foi encontrado morto, enquanto o outro foi identificado sobre a residência. A principal hipótese é que a vaca resgatada tenha nadado até o telhado da casa em meio à cheia do rio.

Bauer chegou a gravar um vídeo em que fazia um apelo para que o ajudassem a resgatar a vaca, "antes que ela resolva pular e eu perca o animal". Após o resgate, levou Mimosa de volta para casa.

Estrela é um dos municípios mais afetados pelo extremo climático, com duas mortes confirmadas e milhares de moradores afetados. O Rio Taquari chegou a quase 30 metros em meio a uma cheia recorde.

A prefeitura diz ter alertado a população sobre a situação desde a segunda-feira (4) mas que uma parte resistiu em deixar as casas. Neste feriado de Sete de Setembro, as unidades de saúde foram abertas mais cedo para receber atingidos pela enchente.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de diversos municípios têm sido acionados para fazer o resgate de animais de telhados, valas e áreas alagadas em geral. Imagens de porcos retirados do alto de uma casa e do corpo de uma ovelha preso à fiação também chamaram a atenção.

O Rio Grande do Sul tem previsão de mais chuva para os próximos dias, com possibilidade de vento forte e granizo. Um novo ciclone deve passar pelas proximidades do Estado nos próximos dias, mas mais distante da costa.

No momento, o aumento do nível de água que mais preocupa a Defesa Civil estadual é o do Lago Guaíba, em Porto Alegre. O bairro Arquipélago, formado por 16 ilhas, e as áreas ribeirinhas da zona sul da capital gaúcha estão em alerta para inundações até sábado (9).

[@#video#@]

A cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, enfrenta um momento de extrema urgência por causa da cheia avassaladora do rio Taquari, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (4). Em comunicado emergencial, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate, que deverá ocorrer ainda na manhã desta terça-feira (5).

Cidades da região dos Vales enfrentam enchentes avassaladoras por causa da passagem de um ciclone extratropical, que já está em alto mar.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Os municípios que mais sofrem com as enchentes do Rio Taquari são Muçum e Roca Sales. Mais de 80% dessas duas comunidades estão submersas. Todo o comércio do centro, prefeitura e escolas estão alagadas. Há falta de luz e de serviço de telefonia. O Rio Taquari, que corta a região, subiu 13 metros acima de seu nível normal, deixando comunidades inteiras em estado de emergência.

A prefeitura de Muçum descreveu a atual enchente como a pior da história da cidade. Abrigos temporários foram estabelecidos nas partes mais altas para acolher aqueles que perderam suas casas.

Um ciclone extratropical deve passar pelo oeste do Rio Grande do Sul a partir da madrugada desta segunda-feira (4). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria que se aproxima do Estado gaúcho ainda deve levar ventos fortes, chegando a mais de 100 km/h, para as regiões oeste, norte e sul de São Paulo.

O ciclone deve passar principalmente na cidade de São Borja, a quase 600 quilômetros da capital Porto Alegre, e depois vai "se deslocar rapidamente" em direção ao sudeste. A previsão é de que ele atinja o oceano Atlântico por volta das 9h e depois se desloque para alto-mar.

##RECOMENDA##

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para "temporais, descargas elétricas, eventual queda de granizo, rajadas de vento e chuvas volumosas" que podem durar até as 10h de segunda-feira.

Desde o último sábado (2) uma frente fria vinda do Uruguai tem levado fortes chuvas ao Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

A frente fria associada ao ciclone extratropical deve repetir as pancadas de chuva no Estado gaúcho ao longo da segunda-feira. Além de São Paulo, os ventos fortes de até 100 km/h serão sentidos no Mato Grosso do Sul.

A capital paulista também vai sentir os efeitos desses fenômenos e a previsão é de que a semana comece com calor de até 32ºC na região metropolitana, com as taxas de umidade do ar variando entre 31% e 90%.

A partir da terça-feira (5) a chuva começa a cair em São Paulo, onde a temperatura deve variar dos 15ºC aos 20ºC. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, há "risco elevado" até o fim da quarta-feira, quando volta a fazer calor na capital.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando