OMS aprova uso emergencial da CoronaVac

O comitê de especialistas em vacinas da OMS recomendou esta vacina, que requer duas doses com intervalo de duas a quatro semanas, para pessoas com 18 anos de idade ou mais

ter, 01/06/2021 - 17:13
Pablo PORCIUNCULA Mulher é inoculada com a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em um centro de vacinação no aeroporto de Carrasco em Ciudad de la Costa, Canelones, no Uruguai, em 08 de abril de 2021 Pablo PORCIUNCULA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, nesta terça-feira (1º), o uso emergencial da vacina chinesa anticovid CoronaVac, do laboratório Sinovac, informou a agência da ONU em comunicado.

O comitê de especialistas em vacinas da OMS recomendou esta vacina, que requer duas doses com intervalo de duas a quatro semanas, para pessoas com 18 anos de idade ou mais.

A vacina CoronaVac já é aplicada em 22 países e territórios, segundo dados coletados pela AFP. Além da China, está sendo usada no Brasil, Tunísia, Chile, Indonésia, México, Tailândia e Turquia, entre outros.

Este é o segundo imunizante chinês aprovado pela OMS, e a partir de agora também poderá ser usado pelo dispositivo internacional Covax de distribuição de vacinas anticovid, principalmente em países desfavorecidos.

"O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas anticovid-19 para enfrentar as enormes desigualdades em todo o planeta", declarou Mariangela Simao, vice-diretora-geral da OMS encarregada do acesso aos medicamentos e aos produtos de saúde.

Em 7 de maio, a OMS aprovou a vacina da Sinopharm, fabricada em Pequim.

A eficácia da CoronaVac para prevenir os casos de covid-19 sintomáticos é de 51%, mas tem uma eficácia de 100% para evitar casos graves e hospitalizações nas populações estudadas, segundo a OMS. Sua eficácia em maiores de 60 anos não foi estudada.

Este produto, do tipo vacina inativa, "é fácil de armazenar, o que facilita a administração e faz com que esteja especialmente adaptado aos países com poucos recursos", destacou a agência da ONU.

A organização também aprovou o uso das vacinas da Moderna, da Pfizer/BioNTech, as duas da AstraZeneca fabricadas na Índia e na Coreia do Sul (embora o produto seja idêntico, a OMS as contabiliza como duas vacinas diferentes na hora de dar sua aprovação) e a da Johnson&Johnson, chamada "Janssen".

Este procedimento ajuda aqueles países que não têm meios para determinar por si só a eficácia e a segurança de um medicamento, para acessarem mais rapidamente as vacinas. Além disso, permitirá que o sistema Covax possa contar com outros imunizantes.

O Covax foi lançado pela OMS com a Aliança Mundial para as Vacinas e a Imunização (Gavi) e a Coalizão para as Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) para distribuir vacinas contra a covid-19 em países de baixa renda.

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