Tamarineira: réu se desespera e grita por perdão da vítima
Julgado nesta terça-feira (15), João Victor é réu por triplo homicídio duplamente qualificado e duas tentativas de homicídio. Depoente e acusado precisaram ser amparados e a sessão foi interrompida por alguns minutos
O júri popular contra o condutor João Victor Ribeiro de Oliveira, responsável pela colisão que deixou três pessoas mortas e outras duas feridas no bairro da Tamarineira, Zona Norte da Recife, em novembro de 2017, acontece nesta terça-feira (15). O caso que chocou todo o estado espera uma resolução desde então e não poupa a emoção do público e das famílias envolvidas, que clamam por justiça.
Durante o depoimento de Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, um dos dois únicos sobreviventes da tragédia, o réu se alterou e a sessão precisou ser interrompida por cerca de três minutos. Ao momento em que Miguel começa a chorar diante do microfone, o acusado entrou em desespero e gritou pedindo perdão.
"Senhor, me perdoe. Eu não queria fazer isso. Eu sinto muito. Me perdoe, me mate, me mate. Eu não queria prejudicar sua família e nem a de ninguém. Me perdoe, amigo, por favor”, disse João Victor, aos prantos, enquanto era amparado por policiais de custódia e também pela juíza Fernanda Moura de Carvalho, que abandonou o seu assento para acalmar o réu.
No mesmo momento, Miguel se retirou da posição no plenário para uma sala reservada, junto a um familiar, e aguardou, distante de João Victor, a sessão ser retomada. Minutos depois, o pai da família retornou ao seu assento e continuou a depor. Confira o momento capturado em vídeo:
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