Cidade no MT confirma primeiro caso de raiva em morcego

Caso aconteceu em Lucas do Rio Verde, no interior do estado

por Vitória Silva ter, 10/05/2022 - 10:19
Unsplash Registro de um morcego voando Unsplash

A Secretaria de Saúde do Mato Grosso confirmou o primeiro caso de um morcego que portava o vírus da raiva, no Bairro Pioneiro, em Lucas do Rio Verde, no interior do estado. No município, não havia registros de raiva em morcego, mas um caso registrado de raiva em bovino no ano de 2019. Nos registros gerais do estado, não há menções a outros casos, com exceção de um registro no ano de 2000. 

Após a nova infecção, a Vigilância Sanitária emitiu alerta epidemiológico. De acordo com a Prefeitura, o morcego foi encontrado em uma residência no bairro. A análise do exame foi feita pelo Laboratório de Apoio à Saúde Animal, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). 

 

A raiva é transmitida ao homem quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Segundo a Vigilância Sanitária, caso haja possível exposição ao vírus ou contato com o animal, deve-se lavar imediatamente o local com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para atendimento, se necessário, aplicação de vacina ou soro antirrábico. 

Com a confirmação do caso, a Secretaria alerta sobre os cuidados que precisam ser tomados: 

- É importante que cães e gatos domiciliados estejam vacinados contra a raiva; 

- Se encontrar um morcego, não toque no animal e nem deixe que outras pessoas ou animais se aproximem; 

- Isole o morcego em um recipiente para evitar fugas e utilize baldes ou caixas; 

- Após isso, é preciso entrar em contato com a Vigilância Sanitária. 

Casos de raiva humana no Brasil 

Os casos da doença têm ressurgido no país, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. No mês de abril, o Governo de Minas Gerais confirmou o quarto caso suspeito de raiva humana no estado. O caso mais recente, registrado em 23 de abril, tratou-se de uma menina indígena de 11 anos, que precisou ser internada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. 

Ela é moradora da reserva indígena maxakali, no município de Bertópolis, no Vale do Mucuri, onde foram confirmados dois casos da raiva humana: de um menino de 12 anos, que morreu em 4 de abril; e de uma garota da mesma idade, que também precisou ser internada. 

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