Homem que tentou matar Reagan ganha liberdade

O tribunal decidiu que, após décadas de tratamento e exames psiquiátricos, Hinckley não é mais uma ameaça e as condições impostas a ele após sua libertação serão suspensas em 15 de junho

qua, 01/06/2022 - 20:50
MIKE EVENS Agentes do Serviço Secreto dos EUA reagem no momento do ataque de John Hinckley ao então presidente Ronald Reagan em 30 de março de 1981. MIKE EVENS

Um juiz dos Estados Unidos concedeu liberdade incondicional nesta quarta-feira (1º) a John Hinckley, o homem que tentou assassinar o ex-presidente americano Ronald Reagan em 1981, seis anos depois que ele foi liberado de um hospital psiquiátrico.

O tribunal decidiu que, após décadas de tratamento e exames psiquiátricos, Hinckley não é mais uma ameaça e as condições impostas a ele após sua libertação serão suspensas em 15 de junho.

Hinckley, 67, atirou em Reagan e em três outras pessoas com um revólver do lado de fora de um hotel em Washington em 30 de março de 1981, alegando que o fez porque queria impressionar a atriz Jodie Foster, por quem ficou obcecado depois de ver o filme "Taxi Driver: Motorista de Táxi".

Todas as quatro vítimas do ataque sobreviveram, embora o secretário de imprensa de Reagan, James Brady, tenha ficado parcialmente paralisado e confinado a uma cadeira de rodas.

No julgamento em 1982, Hinckley foi considerado inocente com base em sua condição psicológica e enviado para o Hospital St. Elizabeths, uma instituição psiquiátrica de Washington, onde passou 34 anos.

Em setembro de 2016, ele foi libertado, mas forçado a morar com sua mãe idosa em um condomínio fechado em Williamsburg, Virgínia, sob uma longa lista de restrições, incluindo monitorar seus movimentos e seus dispositivos eletrônicos e contas online.

Ele também foi proibido de entrar em contato com Foster ou viajar para qualquer área onde um atual ou ex-presidente, vice-presidente ou membro do Congresso pudesse estar presente.

Hinckley também não podia falar com a mídia ou postar suas memórias na internet, ou exibi-las pessoalmente sem autorização.

Um relatório do governo sobre Hinckley apresentado ao tribunal em 19 de maio disse que seu estado mental "permaneceu estável" e que sua doença psiquiátrica estava em "remissão completa e sustentada há décadas".

"Ele não relatou ou exibiu quaisquer sintomas psiquiátricos consistentes com humor, ansiedade ou transtorno psicótico", segundo o relatório.

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