Coreia do Sul volta a celebrar Marcha do Orgulho
Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos
A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ voltou a percorrer as ruas de Seul, a capital de Coreia do Sul, neste sábado (16), após dois anos de pausa pela pandemia de coronavírus, entre bandeiras do arco-íris e manifestações de grupos conservadores.
Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos.
Um ativista, que contou à AFP que se chamava Joy, explicou que "a sociedade sul-coreana ainda tem um longo caminho a percorrer" para o reconhecimento dos direitos LGTBQIA+.
O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo ilegal na Coreia do Sul, e os ativistas insistem na necessidade de leis contra a discriminação por orientação sexual.
Pendurados em andaimes ao longo da marcha, manifestantes contrários exibiram cartazes com palavras de ordem em inglês como "Homosexuality is Sin" ("A homossexualidade é pecado") e "No!! Same-Sex Marriage" ("Não ao casamento [de pessoas] do mesmo sexo!").
A homossexualidade "é ruim. Traz corrupção moral e desordem social. Não podemos deixar que exista na Coreia do Sul", disse Hong Sung-bo, um manifestante.