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Dezenas de milhares de pessoas protestaram na Alemanha, neste domingo (21), contra o partido de extrema direita AfD, uma mobilização de magnitude sem precedentes que começou há uma semana.

Cerca de 50 mil pessoas, o dobro dos inscritos, compareceram à manifestação contra o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) em Munique. O contingente foi tão expressivo que fez a marcha ser interrompida.

Outras estimativas citam um número de 200 mil pessoas e, segundo o jornal Sueddeutsche Zeitung, a polícia afirmou que houve 100 mil participantes.

Nos atos, era possível vez cartazes com as frases "Fora, nazistas" ou "Nunca mais, esse é o momento".

O partido, que entrou no Parlamento em 2017, está em segundo nas intenções de voto, com cerca de 22%, para as eleições regionais de setembro.

Quase 250 mil pessoas já haviam ocupado as ruas no sábado em dezenas de cidades de todo o país, segundo estimativas da rede ARD.

Os atos de domingo foram registrados em cerca de 40 cidades alemãs. Em Colônia, os organizadores estimaram a multidão em 70 mil pessoas, enquanto em Bremen, a polícia local contabilizou 45 mil manifestantes na região central.

Os protestos eclodiram após a organização de jornalismo investigativo Correctiv divulgar, em 10 de janeiro, sobre uma reunião secreta em Potsdam, perto de Berlim, na qual se discutiu um projeto de expulsão em massa de imigrantes, solicitantes de asilo e cidadãos alemães "não assimilados".

Entre os participantes havia membros da AfD, neonazistas e empresários. O evento também contou com a presença de uma figura de destaque do movimento identitário radical, o austríaco Martin Sellner.

A Ministra do Interior, Nancy Faeser, comparou a reunião à "horrível conferência de Wannsee" em 1942, na qual o regime nazista planejou o extermínio dos judeus europeus.

O partido confirmou a presença dos seus membros na reunião, mas garantiu que não apoia o projeto de "remigração" apresentado por Sellner.

Políticos, representantes religiosos e treinadores de futebol fizeram um apelo à população para que se mobilizassem contra o partido, que de acordo com pesquisas, é o segundo nas intenções de voto em três estados do leste.

Os manifestantes "nos encorajam", declarou no domingo o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier. "Eles defendem a nossa república e a nossa Constituição contra os seus inimigos", acrescentou.

Dezenas de milhares de pessoas participaram, nesta quinta-feira (8), em Tel Aviv, do maior desfile do Orgulho do Oriente Médio, marcado por protestos contra a presença de ministros hostis à comunidade LGBTQIA+ no governo israelense.

As pessoas desfilaram, às vezes dançando entre carros alegóricos com música, ao longo do calçadão desta cidade, considerada um oásis de tolerância na região, observaram jornalistas da AFP.

Este ano, a prefeitura afirmou sediar "a maior marcha do Orgulho" já organizada em Israel, por ocasião do 25º aniversário da primeira edição, em 1998.

Os festejos continuarão nesta sexta-feira, de acordo com um comunicado da prefeitura.

Segundo o portal de informações israelense Ynet, "dezenas de milhares de pessoas" estiveram na marcha. Em 2022, foram mais de 200 mil, segundo a prefeitura.

Para Yaël Ben Yossef, uma estudante de psicossociologia de Beersheva (sul), de 22 anos, é "particularmente importante" participar do desfile este ano porque o governo de Benjamin Netanyahu, formado em dezembro, inclui ministros abertamente homofóbicos.

"Precisamos mostrar que estamos presentes, que não temos medo e que não seremos forçados de volta ao armário", disse a jovem, enrolada em uma bandeira arco-íris.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, foi um dos organizadores do "Desfile das Bestas" em 2006 em Jerusalém, no qual religiosos contrários ao Orgulho saíram às ruas com burros para comparar pessoas homossexuais a animais.

Muitos israelenses temem que, com a controversa reforma judicial planejada pelo governo, que limita os poderes do Tribunal Supremo, muitos direitos conquistados estejam em perigo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participaram da Marcha para Jesus em São Paulo nesta quinta-feira, 8, e decidiram aproveitar o feriado de Corpus Christi no litoral brasileiro para descansar.

Lula viajou para Salvador na tarde de ontem, 7. Ele está hospedado na base naval de Aratu, na península do Paripe, na capital baiana, onde deve ficar até domingo, 11. O local é um destino tradicional de presidentes da República. O atual chefe do Executivo já havia viajado para o local no carnaval deste ano.

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O petista chegou a ser convidado pelos evangélicos para participar da Marcha para Jesus, mas declinou do convite ao alegar ter outros compromissos. O evento reúne nesta tarde milhares de pessoas na Avenida Santos Dumont, em São Paulo.

Membro do atual governo, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) confirmaram presença no evento. Lula os indicou como seus representantes na Marcha.

Já Bolsonaro passa o feriado em Maresias, no litoral norte de São Paulo, com seu assessor e ex-secretário de Comunicação (Secom) da Presidência da República Fábio Wajngarten. Quando presidente da República, foi presença constante no evento evangélico.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Marcos Pontes (PL-SP) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) André Mendonça devem participar da Marcha para Jesus 2023.

Nas redes sociais, Tarcísio publicou na manhã de hoje um vídeo em que Bolsonaro revela que estava na rodovia Rio-Santos e elogia o governador.

"Me sinto orgulhoso de ter colaborado com a indicação do Tarcísio para o governo do Estado de São Paulo. Uma diferença enorme [em relação aos] governadores anteriores. Então, graças a Deus, quero mandar um grande abraço ao meu amigo, capitão Tarcísio de Freitas, pelo trabalho que vem realizando no Estado de São Paulo", diz Bolsonaro na gravação.

"Sempre muito bom recebê-lo em São Paulo, presidente", respondeu o governador paulista.

Nesta quarta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, movimentos e coletivos se reuniram no centro do Recife, em frente à Câmara Municipal, para caminhar em defesa dos direitos das mulheres. Encabeçado pela Marcha das Margaridas, o ato do 8M reivindica direitos das mulheres em todo o país, unindo as vozes de diversos coletivos. 

Um deles é o Movimento Pão e Rosas, que levanta pautas em prol dos direitos das mulheres. Ao LeiaJá, Cristina Santos, militante do movimento, a marcha é símbolo das muitas lutas diárias vividas pelas mulheres em todo o país. "A gente vem de anos de governos onde as mulheres fizeram uma forte linha de combate”, explicou Cris. 

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A caminhada tem como objetivo levar o Manifesto Feminista 8M à governadora Raquel Lyra, reivindicando pelas vidas das mulheres em todo o estado.

Para Maria Rejane, assistente social e ativista do movimento da Marcha das Margaridas, se faz presente no ato para defender diversas pautas. “A questão da equidade de gênero, da equiparação salarial Eu acho que devem se juntar os poderes legislativo e executivo do estado, além de suas secretarias, para levantar pautas, e todos juntos buscarem soluções. Eu acho que não pode permanecer nessa dimensão que está.”, declarou Rejane.

Feminicídio em Penambuco

Em 2022, Pernambuco contabilizou 72 casos de feminicídio, quando mulheres são mortas apenas por serem mulheres. No Brasil, o número chegou a 1,4 mil mulheres mortas no ano passado. Dentro da militância, Cristina vê uma necessidade crescente de reunir forças para continuar na caminhada.

“A gente sempre parte que para enfrentar a violência contra a mulher, a gente tem que construir um forte movimento de mulheres. Aqui a gente tem números alarmantes quanto ao feminicídio, e particularmente em relação às mulheres trans. Dentro do nosso movimento, a gente acha que tem que defender programa de emergência contra o feminicídio e o transfeminicídio, e isso passa por abrigos, passa pela garantia de emprego pleno, passa pela defesa, no caso das mulheres trans, ao acesso da livre construção dos seus corpos, para não acontecer novamente o que aconteceu com Lorena Muniz.”, relembra Cris.

Lorena Muniz, mulher trans, do Recife, morreu em fevereiro de 2021 em uma clínica de estética em São Paulo. Ela estava inconsciente na mesa de cirurgia quando um incêndio tomou conta do local e ela não foi retirada pelos responsáveis.

A ex-deputada estadual Robeyoncé esteve no ato em defesa da vida das mulheres trans negras. “Estamos unindo forças. Nós, mulheres brancas, negras, trans, os diversos tipos de mulheres, porque a gente sofre o mesmo tipo de machismo, e a gente precisa que o governo do estado tome providências ao enfrentamento desse tipo de violência”, defendeu a advogada.

“A gente acha que passa por um forte movimento de mulheres na rua para enfrentar o patriarcado e o machismo, e passa por um plano de emergência para enfrentar as consequências do patriarcado e do machismo.”, finalizou Cris Santos.

Uma marcha em Quito comemorou neste sábado (19) os 25 anos da descriminalização da homossexualidade no Equador. O ato foi liderado por mulheres trans, que reivindicam a inclusão trabalhista.

Com uma enorme bandeira azul claro e rosa, que identifica a população trans, os manifestantes partiram da sede do Ministério Público, no norte, para o Centro de Arte Contemporânea (CAC), localizado no centro histórico da cidade.

Uma das principais reivindicações foi que o governo crie condições e locais de trabalho para a população LGBTI, que pela primeira vez será contabilizada no censo nacional, realizado este mês e que inclui duas perguntas sobre identidade de gênero.

“Depois de 25 anos de descriminalização (da homossexualidade), continuamos na precariedade, especialmente as mulheres trans”, disse à AFP Malony Chávez, presidente da Associação de Trabalhadoras do Sexo Trans de Quito.

Chávez, de 38 anos, acrescentou que é necessário que “o trabalho sexual seja regularizado para que tenhamos as garantias que merecemos como pessoas”.

Lamentou que "na prática não houve mudança" após a descriminalização da homossexualidade no país historicamente conservador.

"Continuamos a ser perseguidas pela polícia, agredidas pela polícia, estupradas pela polícia", disse.

Em 1997, por meio de uma ação movida no então Tribunal Constitucional, um grupo de ativistas conseguiu impedir que a homossexualidade fosse considerada crime punível com até oito anos de prisão.

Para comemorar os 25 anos dessa conquista, os participantes exibiram cartazes que diziam: "que ser trans não seja uma sentença de morte" e "a felicidade trans é linda".

Um grupo de ativistas chegou a pintar um pedido por “justiça trans” em uma das principais avenidas da capital.

Nebraska Montenegro, que integrou o grupo Coccinelle que luta pela descriminalização desde a década de 1980, disse à AFP que "é um orgulho para as sobreviventes ter uma nova geração unida e lutando pelos mesmos direitos".

O Equador aprovou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em 2019, o que foi considerado uma decisão histórica a favor da comunidade LGBTI.

Buscando incentivar os debates sobre negritude e celebrar o Dia da Consciência  Negra, neste domingo (20), movimentos negros da Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE)  saem em marcha com o tema “Faremos Palmares de novo: educação, saúde, trabalho e poder ao povo preto”. O ato tem concentração a partir das 13h, no Pátio do Carmo, área central do Recife e, de lá, segue até o Marco Zero.

Durante a manifestação, estão confirmadas as intervenções artísticas de poetas, artistas visuais e músicos negros pernambucanos. O tradicional Afoxé Alafin Oyó também estará presente na marcha, junto à Batucada das Meninas, do Grupo Curumim. Além disso, será lançado e distribuído no ato o Manifesto Faremos Palmares de Novo: Educação, Saúde, Trabalho e Poder ao povo preto”.

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O 20 de Novembro surge com o objetivo de homenagear a luta de Zumbi e Dandara, personalidades reconhecidas enquanto líderes do Quilombo dos Palmares, mas também busca rememorar a milenar resistência das populações negras brasileiras, que há mais de 500 anos se articulam pelo fim do racismo institucional no país.

*Da assessoria de imprensa

 

A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ voltou a percorrer as ruas de Seul, a capital de Coreia do Sul, neste sábado (16), após dois anos de pausa pela pandemia de coronavírus, entre bandeiras do arco-íris e manifestações de grupos conservadores.

Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos.

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Um ativista, que contou à AFP que se chamava Joy, explicou que "a sociedade sul-coreana ainda tem um longo caminho a percorrer" para o reconhecimento dos direitos LGTBQIA+.

O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo ilegal na Coreia do Sul, e os ativistas insistem na necessidade de leis contra a discriminação por orientação sexual.

Pendurados em andaimes ao longo da marcha, manifestantes contrários exibiram cartazes com palavras de ordem em inglês como "Homosexuality is Sin" ("A homossexualidade é pecado") e "No!! Same-Sex Marriage" ("Não ao casamento [de pessoas] do mesmo sexo!").

A homossexualidade "é ruim. Traz corrupção moral e desordem social. Não podemos deixar que exista na Coreia do Sul", disse Hong Sung-bo, um manifestante.

Em mais um dia de tensão entre os Poderes, o presidente Jair Bolsonaro fez novas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo sem citar explicitamente o caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a 8 anos e 9 meses por estimular ataques à democracia e recebeu perdão presidencial, Bolsonaro disse que "certos Poderes" não podem fazer o que bem entendem.

"Não podemos admitir que alguns de nós, que podem ter certos poderes, interfiram no destino da nossa Nação", afirmou o presidente ao participar da abertura da 23.ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Diante de uma plateia formada por prefeitos, Bolsonaro se referiu, mais uma vez, ao direito de liberdade de expressão como "algo inegociável". Silveira foi condenado pelo STF, na semana passada, por incentivar ataques à democracia e até mesmo agressões físicas a ministros do Supremo. Na ocasião, magistrados destacaram que liberdade de expressão não abrange o incentivo a prática de crimes.

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Bolsonaro destacou no encontro que tem alinhamento "quase perfeito" com a Câmara e o Senado. "Não dá para ser 100%", disse ele, fazendo acenos ao Centrão. "Em poucas coisas divergimos. Isso é normal na política", completou. O presidente encerrou o discurso com as palavras "Deus, Pátria e Família", lema da Ação Integralista Brasileira. O movimento anticomunista, de inspiração fascista, foi fundado por Plínio Salgado, em 1932.

O governo tem o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), como aliado de primeira hora no Congresso, mas enfrenta resistência para aprovar pautas no Senado, Casa dirigida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Tanto Lira quanto Pacheco estavam presentes no ato dos prefeitos.

Lira defendeu ali o orçamento secreto e disse que as emendas ajudam a financiar a saúde no País. Por meio do esquema, revelado pelo Estadão no ano passado, o governo destina recursos a parlamentares aliados, sem critérios definidos, em troca de apoio no Congresso. "Vocês recebem mais recursos hoje ou há dois anos?", perguntou o presidente da Câmara para os prefeitos.

Ao lado de Lira, Pacheco também elogiou a nova lei de improbidade administrativa, aprovada pelo Congresso no ano passado. A regra prevê condenação por improbidade apenas nos casos em que seja comprovado o "dolo específico", ou seja, a intenção de cometer irregularidade.

"O que eu espero (..) é que o Poder Judiciário e o Ministério Público possam assimilar essa vontade popular externada na modificação legislativa e façam prevalecer aquilo que o povo brasileiro, através do Congresso Nacional, decidiu em relação à lei de improbidade administrativa", afirmou Pacheco. Para o presidente da Câmara, a mudança "separa o bom do ruim, o joio do trigo, o bom gestor do mau gestor".

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, fez um apelo para que a reforma tributária seja aprovada no Senado. A proposta, porém, está travada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na avaliação de parlamentares, o mais provável é que seja mesmo enterrada para evitar desgaste eleitoral.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participou nesta terça-feira (26) da 23ª Marcha a Brasília em defesa dos municípios, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o presidente do Senado, houve "evidente evolução" da pauta municipalista nos últimos anos no Congresso. "O recurso não pode ser concentrado apenas na União. Era discurso e hoje é prática", afirmou.

Ainda segundo Pacheco, a Câmara deve apreciar em breve o projeto que regula as associações municipais. Ele destacou, também, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que isenta Estados e municípios de cumprirem o mínimo previsto na Constituição para gastos com educação em 2020 e 2021, durante a pandemia, será promulgada nesta quarta-feira (27) pelo Congresso.

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Lei da improbidade

Pacheco disse, ainda, esperar que o Judiciário "faça prevalecer" o que o Congresso decidiu na alteração da lei da improbidade. Aprovada no ano passado, a mudança prevê condenação por improbidade apenas nos casos em que seja comprovado o "dolo específico", ou seja, a intenção de cometer irregularidade.

"O que eu espero muito, como presidente do Senado e do Congresso Nacional, é que o Poder Judiciário e o Ministério Público do Brasil possam assimilar essa vontade popular externada na modificação legislativa e faça prevalecer aquilo que o povo brasileiro, através do Congresso Nacional, decidiu em relação à lei de improbidade administrativa em nosso País", disse o senador.

Crise institucional

Em ano de eleição e em meio a mais uma crise institucional entre Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF), Pacheco falou em "otimismo". "Invoco união, respeito, responsabilidade e otimismo com nosso País", disse o senador.

O Centro das Mulheres do Cabo (CMC) organiza, para as 15h desta terça-feira (8), um ato político com o tema “Mulheres Unidas por Mais Direitos, Poder e Representatividade na Política”. A manifestação, que marca o Dia Internacional da Mulher, acontecerá em frente à Praça da Estação, no Centro do Cabo de Santo Agostinho. 

Segundo a membra do CMC e coordenadora do Comitê de Monitoramento da Violência e do Feminicídio no Território Estratégico de Suape (COMFEM), Izabel Santos, as mulheres ocupam menos do que 15% dos cargos de chefia e estão subrepresentadas na política partidária mesmo sendo a maioria do eleitorado brasileiro.

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“Somos mais de 52,5% da população e não ocupamos de forma igualitária as câmaras, prefeituras, assembleias, congresso, senado e a presidência, pois estamos na luta incessante para nos elegermos e termos o direito de sermos eleitas e respeitadas como parlamentares, porque sofremos as diversas violências de gênero nesses espaços”, afirma Izabel.

A manifestação também celebra os 90 anos do voto feminino e cobra direitos das mulheres que ainda não foram efetivados em razão de políticas públicas de saúde, educação, segurança, trabalho e renda. O ato é apoiado por Secretaria Executiva da Mulher do Cabo, Associação Mulheres em Ação (AMA), União Brasileira de Mulheres (UBM) e o Grupo Mulheres de Negócios.

Movimentos negros integrantes da Articulação Negra de Pernambuco (Anepe) realizarão, neste sábado (20) que celebra o Dia da Consciência Negra, uma marcha com o tema “O povo negro resiste ao genocídio: antes, durante e depois da pandemia”. O ato tem concentração a partir das 14h, no Pátio do Carmo, área central do Recife e, de lá, segue até a Praça do Arsenal da Marinha, onde será realizado o Festival da Cultura Negra. Das 15h às 21h, também acontece a Feira Akofena, na rua do Bom Jesus, com a participação de 20 empreendedoras negras. A marcha recebe apoio do movimento Fora Bolsonaro. 

Serão pautadas na ocasião as desigualdades sociais no contexto pandêmico, como a diferença no número de vacinados e mortos pela Covid-19 entre grupos de pessoas brancas, negras e de outras etnias. O movimento se posiciona a favor da tese de que a gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu genocídio contra pessoas não-brancas Brasil. 

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Entre as atrações confirmadas para o Festival da Cultura Negra, previsto para iniciar às 17h40, estão o Afoxé Oyá Alaxé, Uana Mahin, Okado do Canal, MC Agô, Dj IDLibra e Coco do Seu Zé Moleque. Além disso, o palco também vai sediar a Batalha do Conhecimento, encabeçada pelo tradicional recital Boca no Trombone. 

A organização do evento orienta todos os participantes da Marcha da Consciência Negra de Pernambuco e do Festival da Cultura Negra a utilizarem máscaras de proteção contra a Covid-19, além de manterem o distanciamento social adequado durante os eventos. 

O 20 de Novembro homenageia a luta de Zumbi e Dandara, figuras líderes do Quilombo dos Palmares, mas também rememora o longo processo de organização das populações negras brasileiras, que há mais de 500 anos se colocam em movimento pelo fim do racismo institucional no país.  

Durante os dias 16 e 17, integrantes da Anepe também estiveram articulados com grupos de Arcoverde, Ipojuca e Garanhuns na realização da Caravana Negra, uma apresentação e chamada para a marcha no Recife. “O objetivo é chegar em localidades que estão mais distantes da região metropolitana do Recife e falar sobre as atividades que a Anepe e a Coalizão Negra têm realizado”, conta Emanuelle Marques, integrante da Articulação Negra de Pernambuco. 

Serviço: 

Marcha da Consciência Negra de Pernambuco  

Data: 20/11 

Local: 14h, na Praça do Carmo, Centro 

Festival da Cultura Negra (Encerramento da Marcha) 

Data: 20 de novembro às 18h  

Local: Praça do Arsenal  

Atrações: 

Afoxé Oyá Alaxé; Okado do Canal; Uana Mahin; Dj IDLibra; Dj Boneka; MC Agô; Recital Boca no Trombone; Paje IB; Sujistência; Coco do Seu Zé Moleque; Dj Themonia e Kizombadeiras (Rede de Mulheres Negras de PE) 

Mais informações 

Articulação Negra de Pernambuco - https://www.instagram.com/articulacaonegrape/

A batalha pelo direito ao aborto chegou neste sábado (2) às ruas dos Estados Unidos, onde centenas de milhares de pessoas começaram a se reunir em diferentes cidades para uma nova edição da "Marcha das Mulheres", convocada para frear uma forte ofensiva conservadora.

"As mulheres deveriam poder decidir o que fazer com seus corpos, ponto", disse Laura Bushwitz, de 66 anos, professora aposentada que compareceu ao protesto em Washington.

"Estou cansada que me digam o que posso ou não posso fazer (...) Ouviu, Suprema Corte?", completou.

Até agora foram registrados poucos protestos desde que entrou em vigor, em 1º de setembro, uma lei no Texas que proíbe praticamente todos os abortos no estado, o que provocou uma guerra judicial e um contragolpe no Congresso.

A dois dias do reinício das audiências na Suprema Corte de Justiça, que arbitrará a disputa, quase 200 organizações convocaram os defensores dos direito ao aborto para manifestações em todo o país.

O principal evento acontece em Washington D.C, onde milhares de pessoas começaram a se reunir para uma passeata que seguirá até o principal tribunal do país, que há quase 50 anos reconheceu o direito ao aborto na sentença do caso Roe vs Wade.

A Suprema Corte, que teve a composição drasticamente alterada pelas nomeações de juízes conservadores pelo ex-presidente Donald Trump, parece pronta agora para alterar a norma.

O tribunal se negou a intervir em caráter de urgência para bloquear a lei do Texas e poderia aproveitar a revisão de uma restritiva do estado do Mississippi para mudar sua jurisprudência.

As capitais destes dois estados conservadores, Austin e Jackson, respectivamente, também devem receber manifestações, assim como outras 600 cidades.

Os organizadores, uma aliança que reúne desde pequenos grupos feministas até grandes organizações como a Planned Parenthood, que promove o planejamento familiar, acreditam que mobilizarão 240.000 pessoas em todo o país.

"Lutamos para que o aborto não apenas seja legal, mas também acessível e sem estigmas", afirma um comunicado divulgado pela organização dos protestos. As ativistas desejam que o Congresso estabeleça o direito ao aborto na lei federal com o objetivo de protegê-lo de uma possível reversão na Suprema Corte.

Um projeto de lei neste sentido foi aprovado na semana passada na Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, mas não tem chance de triunfar no Senado, onde os republicanos podem bloquear o texto.

- "Desejo patriarcal" -

Uma primeira "Marcha das Mulheres" aconteceu em 2017, pouco depois da posse do presidente Trump e reuniu milhões de opositores do republicano, que o chamaram de sexista.

Marchas posteriores tiveram menos participantes, em parte porque uma de suas promotoras foi acusada de antissemitismo.

"Este ano estamos unidos", promete o comunicado divulgado pela organização. "Voltamos às ruas pela primeira vez na era Biden porque com a mudança no Salão Oval (da Casa Branca) não acabou o desejo politizado, perverso e patriarcal de controlar nossos corpos", acrescenta a nota, em referência à vitória de Joe Biden em 2020, que não mudou a dinâmica nos estados.

Pelo contrário, estimulados pela entrada na Suprema Corte de três magistrados designados por Trump, legisladores conservadores locais iniciaram uma verdadeira ofensiva contra o direito ao aborto: desde 1º de janeiro, 19 estados aprovaram 63 leis restritivas.

Se a Suprema Corte anular a sentença do caso Roe vs Wade, todos os estados ficariam livres para proibir ou permitir os abortos. Desta maneira, 36 milhões de mulheres em 26 estados, ou quase metade das mulheres americanas em idade reprodutiva, provavelmente perderiam o direito a abortar, segundo um relatório divulgado pela Planned Parenthood.

Indígenas realizam nesta sexta-feira (10) um ato na região central de Brasília. O grupo reúne participantes da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas. Segundo os organizadores, cerca de 5 mil mulheres de mais de 172 etnias indígenas estão acampadas próximo à Fundação Nacional de Artes (Funarte), a 5 quilômetros da Praça dos Três Poderes.

Com faixas contra o governo federal e pela manutenção de seus direitos constitucionais, o grupo deixou o acampamento por volta das 9h de hoje e seguiu em caminhada pelo Eixo Monumental até a avenida W3 Sul, de onde foi para a Praça do Compromisso. Na praça, o grupo homenageou a memória do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, morto, no local, por cinco jovens de classe média que, em 1997, atearam fogo em seu corpo. Durante o ato, um boneco alusivo ao presidente Jair Bolsonaro foi queimado.

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A marcha pela região central de Brasília estava prevista para a quinta (9), mas, por segurança, os coordenadores decidiram adiá-la. Ainda por segurança, os indígenas optaram por caminhar até a Praça do Compromisso, e não mais até a Praça dos Três Poderes.

"As forças de segurança do Distrito Federal recomendaram que, por precaução, as mulheres ficassem aqui mesmo, no acampamento. Decidimos não fazer a marcha até a Praça dos Três Poderes por entender que ainda há muita gente armada na cidade”, disse ontem Danielle Guajajara à Agência Brasil.

Luta Pela Vida

Desde a última terça-feira (7), os participantes da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas se somam aos remanescentes do movimento Luta Pela Vida, acampamento indígena que, nas últimas semanas, chegou a reunir 6 mil pessoas na capital federal para acompanhar o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do futuro das demarcações das terras indígenas.

O movimento indígena reivindica pressa na demarcação de novas reservas, com a conclusão dos processos de reconhecimento em fase avançada. E, principalmente, cobra que os ministros do STF refutem o chamado Marco Temporal, tese segundo a qual só teriam direito às terras pertencentes a seus ancestrais as comunidades que as estavam ocupando ou já as disputavam na Justiça em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Os índios também se opõem às propostas de liberar a mineração em seus territórios e flexibilizar as normas de licenciamento ambiental em todo o país e ainda cobram ações públicas contra a violência contra as mulheres indígenas e a favor da saúde dos povos tradicionais.

 

Milhares de pessoas se reúnem na capital dos Estados Unidos na tarde desta sexta-feira, 28, contra o racismo, em uma releitura da célebre Marcha sobre Washington de 1963, quando o líder pelos direitos civis americanos Martin Luther King fez o icônico discurso "Eu tenho um sonho". Quase 60 anos depois, americanos renovam o pedido feito por Luther King neste mesmo dia: o de que negros e brancos sejam tratados iguais nos EUA.

Protestos contra o racismo e a violência policial contra negros se espalharam por mais de 150 cidades pelo país no início de junho, depois que George Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto após um policial ajoelhar sobre seu pescoço por quase nove minutos e sufocá-lo. O vídeo em que Floyd repete que não conseguia respirar fez multidões irem às ruas nas principais cidades do país, por semanas.

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Em julho, os protestos antirracismo arrefeceram, mas ganharam nova motivação nesta semana, depois de mais um caso de violência policial contra um homem negro, desta vez em Kenosha, Wisconsin, onde Jacob Blake levou sete tiros nas costas à queima-roupa. Os filhos de Blake estavam dentro do carro e assistiram ao pai ser baleado. Blake ficou paralisado da cintura para baixo, segundo a família.

Os negros são 13% da população americana, mas mais de 30% dos mortos pela polícia. A morte violenta de um cidadão negro nos EUA após abordagem feita por policiais brancos é uma notícia que vem se repetindo e já causou protestos similares ao longo da história do país.

No caso de Floyd, no entanto, o vídeo que deixa claro a brutalidade da ação e o pano de fundo social e econômico de um país em recessão e com o maior número de mortos por coronavírus no mundo colaboraram para que a manifestação ganhasse ares históricos, comparada aos protestos de 1968, depois da morte de Luther King.

Em 28 de agosto de 1963, Luther King discursou para cerca de 250 mil pessoas aos pés do memorial em homenagem a Abraham Lincoln, que acabou com a escravidão no país. "Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter", disse. Os manifestantes se reúnem hoje no mesmo lugar e tentam repetir o movimento do líder pelos movimentos civis.

O ato reúne parentes de Floyd e de outros negros mortos pela polícia, como Breona Taylor e Eric Garner. A marcha foi organizada em junho, em meio à força dos protestos após a morte de Floyd.

A expectativa inicial era de que 100 mil pessoas comparecessem, mas medidas de contenção do coronavírus impostas pela prefeita de Washington mudaram parte dos planos. Ônibus fretados que levariam manifestantes de outros Estados para a marcha foram cancelados, depois que a prefeita, Muriel Bowser, impôs uma quarentena de 14 dias obrigatória para os visitantes de cidades onde há surto de coronavírus.

Os manifestantes irão caminhar até o memorial em homenagem a Martin Luther King no meio da tarde, cerca de 800 metros distante do memorial Lincoln. No local, há frases célebres do líder de movimentos civis gravadas em paredes de pedra. Uma das frases inspira o lema do movimento anti racismo dos últimos meses. "A verdadeira paz não é meramente a ausência de tensão, é a presença de justiça", disse Luther King em 1967. Em 2020, os manifestantes resumem a ideia no coro "sem justiça, sem paz" ao longo dos protestos.

O movimento tem forte componente de crítica ao presidente Donald Trump. Desde junho, o governo Trump tem adotado o discurso da "lei e da ordem". Em tom inflamado, ele já chamou os manifestantes antirracismo de radicais, anarquistas, saqueadores ou bandidos, um tom que repetiu ontem à noite, em seu discurso para aceitar a nomeação do Partido Republicano para disputar a reeleição. "Seu voto decidirá se protegemos os americanos que cumprem a lei ou se damos rédea solta aos violentos anarquistas, agitadores e criminosos que ameaçam nossos cidadãos", afirmou.

"Se o Partido Democrata quer ficar ao lado de anarquistas, agitadores, desordeiros, saqueadores e queimadores de bandeiras, isso é com eles. Mas eu, como seu presidente, não farei parte disso. O Partido Republicano continuará sendo a voz dos heróis patrióticos que mantêm a América segura e saúdam a bandeira americana", disse Trump.

Durante a convenção do partido, os republicanos contestaram a ideia de que há racismo sistêmico nos EUA e afirmaram que Biden pode tirar recursos da polícia - o democrata diz que não concorda em diminuir financiamento à polícia.

As mulheres tomaram as ruas do mundo no dia 8 de março pelo Dia Internacional da Mulher, data que marca a histórica luta feminina pelos direitos. No Recife não foi diferente, mas a manifestação ocorreu nesta segunda (9). Confira como foi:

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O primeiro dia de março de 2020 entra para a história do combate ao trabalho infantil no Estado do Pará e no Brasil. O domingo chuvoso, em Belém, não esfriou o ânimo de diversos segmentos da sociedade e de instituições públicas e particulares que uniram forças para escrever mais um capítulo contra esse mal que ainda assombra as crianças no mundo todo.

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Com um público de aproximadamente 30 mil participantes, segundo fonte da Polícia Militar do Estado (organizadores estimaram um número superior a 50 mil), a II Marcha Contra o Trabalho Infantil tomou conta do Centro de Belém, com saída às 8 horas da Escadinha da Estação das Docas e seguindo para o Largo do Redondo, na avenida Nazaré. A iniciativa é do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), por meio da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

Muitas vozes foram reunidas em favor das crianças. Entre elas está o grupo Arraial do Pavulagem, que puxou a caminhada pela avenida Presidente Vargas ao som de sua batida musical tradiconal. “O Arraial se faz presente porque acredita que as crianças devem crescer em contato com a arte, a cultura e receber educação para, quando adultas, realizarem seu papel no mercado de trabalho", disse o cantor Júnior Soares,  vocalista do Pavulagem.

A participação de autoridades também confirma a importância dessa rede de proteção social que cada vez mais ganha força, como declarou a secretária de Cultura do Estado, jornalista Úrsula Vidal: “A criança é um sujeito pleno de direitos e devemos combater o discurso que diz ‘É melhor a criança trabalhar do que estar na rua'".

Para Úrsula, a criança deve usufruir de seus direitos. “Nem trabalhando, nem na rua. A criança deve estar na escola e com a família, e consciente de seu papel na sociedade”, destacou.

Além das autoridades e artistas paraenses, inúmeras famílias, representantes de instituições religiosas e diversos profissionais da educação, cultura e da área jurídica marcharam em sincronia pelo fim do trabalho infantil, acompanhados dos trios elétricos que animaram a caminhada. Professores, estudantes e a reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia, professora Betânia Fidalgo, participaram do evento.

Todo um esquema de segurança foi articulado para preservar a integridade física das pessoas que participaram da II Marcha Contra o trabalho Infantil e assegurar a organização até a chegada ao local de destino, afirmou o major Sullivan, da Polícia Militar do Estado do Pará.

No encerramento, a atriz paraense Dira Paes realizou a leitura da Carta de Belém pela Erradicação do Trabalho Infantil, documento que será divulgado internacionalmente.

Reportagem de Rosângela Machado.

O presidente Donald Trump prometeu participar hoje da Marcha Pela Vida, reunião anual de manifestantes antiaborto dos EUA. Será o primeiro presidente da história americana a comparecer ao ato. Várias vezes, desde que se elegeu, em 2016, Trump afirmou ser "pró-vida", mas favorável à interrupção da gravidez em casos de estupro e incesto.

A decisão de Trump foi anunciada no momento em que os Estados Unidos têm aprovado duras restrições a procedimentos de interrupção da gravidez. O fato de um presidente dos EUA comparecer à Marcha Pela Vida reforça a divisão no país em relação ao tema, justamente em um ano eleitoral, quando a polarização sobre diversos assuntos deve dominar a campanha pela Casa Branca.

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Diferentemente de seus antecessores, que se comunicaram com os líderes da manifestação por telefone ou enviaram vídeos de saudações, Trump decidiu discursar pessoalmente no evento. O presidente confirmou sua participação na manifestação que coincide com o 47º aniversário da decisão Roe v. Wade, de 1973, em que a Suprema Corte dos EUA estabeleceu o direito ao aborto.

Em ritmo de campanha eleitoral - apesar de a disputa presidencial ser apenas em novembro -, Trump vem tentando reforçar o vínculo com grupos conservadores que se opõem ao aborto. Em retribuição, no começo do mês, Susan Anthony List e seu grupo antiaborto anunciaram que doariam US$ 52 milhões para ajudar na reeleição do presidente e trabalhar para proteger a maioria republicana no Senado.

Os ativistas pelos direitos ao aborto acusam Trump de promover uma agenda contrária à interrupção voluntária da gravidez e manifestam sua preocupação com o que consideram uma ameaça à decisão histórica da Suprema Corte.

A Marcha pela Vida começou em 1974, um ano após o caso Roe v. Wade, e passou a incluir vários eventos associados, entre eles missas católicas, um serviço nacional de oração e uma conferência e uma exposição.

Hoje, a manifestação em Washington começará com o discurso de Trump. Em seguida, a marcha seguirá em direção à Suprema Corte. Em 2017, logo após a posse, Mike Pence se tornou o primeiro vice-presidente a participar do ato - na ocasião, Trump apareceu em um vídeo via satélite para uma multidão de 100 mil pessoas - uma drástica queda de público em relação a anos anteriores. Em 2018 e 2019, ele também enviou vídeos.

"Olhamos nos olhos de uma criança recém-nascida, vemos a beleza e a alma humana e a majestade da criação de Deus. Sabemos que toda vida tem sentido", disse Trump, no vídeo de 2019, antes de listar as ações antiaborto de seu governo e prometer rejeitar qualquer lei que "enfraqueça os esforços para impedir o acesso ao aborto".

Trump, que durante sua campanha prometeu nomear apenas juízes da Suprema Corte contrários ao aborto, até agora nomeou dois dos nove magistrados. A presidente da Marcha Pela Vida, Jeanne Mancini, e outros líderes antiaborto disseram que pretendiam diversificar os participantes e convidaram "qualquer pessoa que se oponha ao aborto" para a marcha deste ano.

A última pesquisa nacional do Instituto Gallup indica que apenas 21% dos americanos são contra o aborto em qualquer circunstância. Do lado oposto estão os 25% que são a favor em qualquer circunstância. No meio, 53% defende o aborto em determinados casos. Apesar de variações ao longo dos anos, os números são parecidos com os registrados em 1975, quando a pesquisa começou a ser feita.

Jeanne Mancini elogiou o apoio dado por Trump. "Desde a nomeação de juízes e trabalhadores federais, passando pelos fundos dos contribuintes para abortos, até pedindo o fim dos abortos tardios, o presidente tem apoiado consistentemente a nossa causa e seu apoio à Marcha Pela Vida tem sido inabalável", disse. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Os discursos não bastam". Com a jovem sueca Greta Thunberg na liderança, milhares de pessoas vão protestar nesta sexta-feira (6) em Madri para pressionar os países signatários do Acordo de Paris a agir contra o aquecimento global.

Outra marcha está planejada em Santiago do Chile, onde a reunião anual da ONU sobre o clima (COP25) aconteceria antes que o país desistisse de recebê-la por causa de um movimento social sem precedentes.

Sob o lema "o mundo acordou diante da emergência climática", a marcha climática de Madri começará às 18h00 (14h00 de Brasília) em frente à estação de Atocha.

Símbolo da luta pelo meio ambiente desde que lançou, em agosto de 2018, sua "greve escolar" que impulsiona o movimento global "Sexta-feira pelo futuro", Greta Thunberg estará presente. A jovem sueca dará uma conferência às 16h30 (12h30 de Brasília).

Sem viajar de avião, devido a seu impacto ambiental, Greta foi de veleiro participar de uma cúpula da ONU sobre o clima em Nova York e depois para a COP25 anunciada no Chile. Com a mudança de local, teve que pegar uma catamarã para fazer o caminho inverso.

Depois de três semanas no mar, a ativista de 16 anos chegou a Lisboa e, de lá, seguiu para Madri, onde chegou nesta sexta por volta das 8h40 (4h40 de Brasília). Ela dará uma coletiva de imprensa às 16h30 (13h30 de Brasília).

O ator espanhol Javier Bardem, ativista climático, também participará do protesto, que incluirá discursos e eventos musicais e culturais.

"Sabemos que será grande. Esperamos centenas de milhares pedindo ações urgentes", disse um porta-voz da mobilização, Pablo Chamorro.

A marcha de sexta-feira quer ser um "grande momento global", afirmou Estefanía González, porta-voz da Sociedade Civil para Ação Climática (SCAC), que representa mais de 150 grupos chilenos e internacionais.

Em função da desigualdade social e econômica, a crise no Chile está "diretamente relacionada à crise ambiental", apontou González, referindo-se aos maiores protestos no país desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, há quase 30 anos.

"Hoje, a ação climática se traduz em equidade social. Não é possível ter equidade social sem a equidade ambiental", afirmou o ativista.

A SCAC é um dos organizadores da Cúpula Social para o Clima, uma conferência paralela à COP25 que vai durar uma semana, a partir deste sábado, e incluirá centenas de eventos e workshops.

Os cerca de 200 signatários do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a +2°C ou +1,5°C, estão reunidos desde segunda por duas semanas em Madri, pressionados para definir metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Embora o termômetro tenha registrado alta de +1°C desde a era pré-industrial, ampliando os desastres climáticos, esta reunião pode decepcionar.

Em um manifesto, as associações que organizam a marcha enviaram uma mensagem clara: "Voltaremos às ruas (...) para exigir medidas reais e ambiciosas de políticos de todo o mundo reunidos na COP" e reconhecem que "a ambição insuficiente de seus acordos levará o planeta a um cenário desastroso de aquecimento global".

Na próxima quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, acontecerá a marcha da consciência negra contra o racismo, o genocídio e pelo direito de viver do povo preto. O evento será feito no Parque 13 de Maio, no Centro do Recife, a partir das 14h e é uma iniciativa da Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE), em parceria com mais de 50 movimentos negros que buscam articular estratégias de incidência política em Pernambuco. 

A data, estabelecida como Dia da Consciência Negra, tem como mote de reflexão a morte do líder negro Zumbi dos Palmares, que aconteceu em 20 de novembro de 1695. De acordo com a ANEPE, no evento acontecerão algumas intervenções culturais e em seguida o grupo deve seguir em marcha, juntamente com um cortejo de afoxés para a Rua da Guia, no bairro de São José.

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No local, a partir das 18h, algumas atrações como o grupo Femigang, Isaar, afoxé Omô Nilê Ogunjá e as DJs Themonia e Nenacalligera comandarão a noite e finalizarão o evento. 

Um tribunal de Ancara começou nesta terça-feira (12) a julgar 18 alunos e um professor por participarem de uma passeata de apoio à comunidade LGTBI. Todos são acusados de terem participado de "uma reunião ilegal" e de terem se recusado a obedecer à ordem de dispersão.

Eles estão expostos a penas entre seis meses e três anos de prisão. Alunos da prestigiada Universidade Técnica do Oriente Médio (ODTU) em Ancara participaram dessa manifestação em maio.

Este ano, pela primeira vez desde 2011, a direção da universidade havia banido a marcha. Alguns manifestantes foram presos depois que a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. A Anistia Internacional denunciou a "falta de base legal" para proibir marchas de apoio à comunidade LGBTI.

Na Turquia, a homossexualidade não é reprimida criminalmente, mas a homofobia é muito comum e se manifesta na forma de ataques e assassinatos, segundo as ONGs.

Nos últimos anos, as autoridades proibiram várias marchas, alegando uma "provocação" que pode prejudicar a "sensibilidade social".

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