Usuária denuncia falta de emergência pediátrica no Sassepe
Uma servidora e usuária chegou no hospital credenciado ao sistema e teve o atendimento negado por não estar mais credenciada à rede
Uma servidora e usuária do Sistema à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe) denunciou que o sistema descredenciou a única emergência pediátrica credenciada na rede, deixando assim, as crianças sem assistência em caso de urgência e emergência.
A usuária Danielle Ferreira relatou ter descoberto o descredenciamento na noite de terça-feira (23), ao precisar levar o sobrinho de 4 anos para ser atendido na emergência do Hospital Esperança de Olinda e, ao chegar lá, não puderam ser atendidos pela falta de autorização do Sassepe que, no entanto, segue descontando o valor referente à mensalidade do plano no contracheque no valor de R$99,57. Com a falta de assistência da rede e pela urgência do caso, a família teve de pagar uma consulta de urgência em um hospital particular do Recife para que o sobrinho, que está com suspeita de pneumonia, pudesse ser atendido.
“Ao chegar na recepção, encontrei minha mãe abatida por saber que o neto, que estava com excesso de tosse e vomitando muito, não seria atendido naquela unidade de saúde porque o Sassepe havia descredenciado o hospital há 3 dias sem dar mais explicações. Meu sobrinho voltou para casa sem atendimento médico”, contou.
Ela disse ter entrado em contato com o sistema pela central de marcação de consultas, que a atendente também foi surpreendida com a informação. “Ela disse que consultaria com o seu supervisor e caso a informação fosse confirmada, ela daria a opção da nova emergência pediátrica. Ao retornar a ligação, a atendente confirmou o descredenciamento do Hospital Esperança e informou que eu teria que entrar em contato com o Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco para saber onde seria a nova emergência e que eles seriam os responsáveis pela informação”.
No entanto, ao entrar em contato com o hospital da rede, Danielle foi informada de que “não seria lá que obteria essa informação”. “Vários usuários estão ligando e indo até lá, mas estão retornando sem nenhum sucesso. A atendente me informou que eu teria que entrar em contato com o Serviço Social do IRH para abrir um protocolo e que teria 30 dias para ser respondida. Informou também que ligasse para a ouvidoria do Sassepe, porém, ao ligar, quando os atendentes sabem do assunto, derrubam a ligação”, detalhou, consternada.
Ao LeiaJá, ela afirmou que ainda não obteve retorno do Serviço Social e nem do IRH e que o Sassepe indicou que ela fosse presencial no IRH para falar sobre o caso, mas o site diz que tanto a ouvidoria quanto o Serviço Social estão com o atendimento presencial suspenso. “E disponibilizam um telefone que não atendem”, reclamou.