Papai Noel rejeita atender criança autista e é demitido

O "bom velhinho" não quis abraçar e tirar foto com uma criança autista, em Goiás

qui, 22/12/2022 - 18:43
Reprodução Papai Noel se recusa a atender criança autista Reprodução

O “bom velhinho” acabou com as expectativas do pequeno Daniel Alves, de 4 anos, de conhecê-lo ao recusar-se tirar uma foto com ele por ser autista. O caso aconteceu em um shopping na cidade de Valparaíso, em Goiás.  

Ao Metrópoles, a mãe do menino, Angélica Alves, relatou que o Papai Noel se recusou a tirar foto e abraçar o pequeno Daniel Alves, quando contou que ele é autista. “Contei para o pessoal da fila que o Daniel é autista. Ele fica um pouco agitado, e mais ainda quando está feliz. Nisso, eu falei que ele é autista para o Papai Noel. Ele se virou e falou ‘não’, que não teria foto”, afirmou. 

“Ele ficou balançando a mão, tipo para eu levantar o Daniel, para sair com ele e me retirar. Foi isso que eu fiz, eu peguei o Daniel, muito sem graça porque eu não tive como e nem esforços para debater. Não tive esforço para procurar ninguém”, relatou Angélica. 

Após a situação e todo o constrangimento, chateada, Angélica decidiu entrar em contato com o shopping. O estabelecimento, por sua vez, demitiu o Papai Noel assim que soube do ocorrido e convidou o pequeno para retornar ao local e tirar uma foto com um novo Papai Noel. “O Daniel faz terapias, faz os tratamentos dele e nunca na vida eu imaginei que um personagem para criança pudesse fazer isso com ele. Então, a gente ficou muito triste mesmo, mas fiquei contente pelo fato do shopping ter tomado as dores e ter atendido a gente”, desabafou. 

Angélica também falou do sofrimento que é ver o filho sendo rejeitado. “Eu senti o meu filho rejeitado e isso me doeu muito. Eu sei que vou presenciar, mas eu, de coração, espero que não. Eu quero meu filho inserido na sociedade como uma pessoa normal, como uma criança normal”, relatou. 

Ao contrário do episódio que aconteceu com o pequeno Daniel e a mãe, em 2019, os Papais Noéis de shoppings dos Estados Unidos e do Canadá se deitavam no chão para atender crianças autistas. Além disso, o barulho da música e as luzes brilhantes foram reduzidos para criar um ambiente mais tranquilo para as crianças autistas. 

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