PT e PSDB trocam acusações durante a CPI do Cachoeira

No início da sessão, deputados acusaram as legendas de estarem envolvidas com o esquema Delta/Cachoeira

qua, 29/08/2012 - 11:41

Brasília - Mais uma vez, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira tornou-se um espaço para embates entre PT e PSDB. Na sessão desta quarta-feira (29), os parlamentares trocaram acusações de envolvimento de integrantes dos partidos com o esquema ilegal do contraventor.

O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que o "PSDB está sangrando". Já o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) defendeu que nenhuma irregularidade contra a legenda foi constatada. Ele defendeu a convocação do tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff, deputado José de Filippi (PT-SP). “Se tem alguém sangrando, não é o PSDB”, afirmou. No depoimento realizado nessa terça, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, assumiu ter procurado empresários para pedir doações para a campanha de Dilma.

Depoimento

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que houve uma inversão na ordem dos depoentes e que a prioridade será dada "a quem está disposto a depor", referindo-se ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto. Já Fernando Cavendish, ex-presidente da empreiteira Delta, permanecerá em silêncio na comissão, já que conseguiu o habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o rito adotado pela CPMI, Cavendish será liberado logo que for chamado a comissão.

Vital do Rêgo também informou que outro depoente deverá se apresentar nesta quarta. Gilmar Morais, suspeito de abrir empresa fantasma que supostamente estaria ligada a Cachoeira. Ele foi casado por 13 anos com Roseli Pantoja e teria usado o nome dela para abrir empresas de fachada utilizadas pelo suposto esquema Delta/Cachoeira.

A CPMI também decidiu providenciar segurança para Gilmar e para Roseli, se necessário colocando-os em programa de proteção a testemunhas.

Com informações da Agência Câmara.

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