“Combate à corrupção é uma prática de Estado”, diz Dilma

Presidente participou da abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC), nesta quarta (7)

qua, 07/11/2012 - 12:05
Roberto Stuckert Filho/PR Dilma cumprimentou a jornalista iemenita Tawakkol Karman, Prêmio Nobel da Paz 2011 Roberto Stuckert Filho/PR

Durante o discurso de abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC), nesta quarta-feira (7), em Brasília, a presidente Dilma Rousseff disse que no Brasil o combate a corrupção são práticas de Estado, citando em seguida a Lei de Acesso à Informação e a divulgação das remunerações dos servidores públicos federais como mecanismos de controle e combate a corrupção.

“O combate ao malfeito não pode ser usado para atacar a credibilidade da ação política. Deve, ao contrário, valorizar a política, a esfera pública e o conflito democrático entre projetos que nela tem lugar. Deve reconhecer o papel do Estado como instrumento importante para o desenvolvimento, a transparência e a participação política. O Estado é o destinatário privilegiado das mobilizações por transparência. Por isso todas as ações que constroem a transparência são essenciais”, ressaltou.

A presidente também citou a Controladoria-Geral da União (CGU), os tribunais de contas, o Ministério Público e a Polícia Federal como instrumentos sólidos para a garantia de que as práticas honestas sejam perpetuadas na esfera pública, abrangendo inclusive as empresas privadas que prestam serviços ao governo.

Dilma também salientou o papel da imprensa em promover o combate a corrupção, mas ressaltou que é preciso conter os exageros. “Estou convencida de que, mesmo quando há exageros e sabemos que eles existem, é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio tumular das ditaduras”, afirmou. O presidente da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho, também destacou que a imprensa livre é um fator fundamental para que denúncias sejam feitas. “Há quem entenda que existem exageros em qualquer área, mas entendo que a população sabe distinguir esses excessos e atribuir credibilidade para quem é parcial”, considerou.

A citação sobre o papel da imprensa vem depois de críticas do ex-ministro da casa Civil, José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, sobre a necessidade de mecanismos de controle do que é veiculado pelos veículos de comunicação. Sobre as declarações de Dirceu, o presidente da CGU preferiu não comentar.

Na ocasião, Dilma cumprimentou a jornalista iemista Tawakkol Karman, Prêmio Nobel da Paz 2011. Ela será recebida no final da tarde no Palácio do Planalto.

 

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