Para Manoel Dias, é cedo para debate presidencial
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, participou no início da noite desta segunda-feira de seu primeiro evento oficial com a União Geral dos Trabalhadores (UGT), na capital paulista, desde que assumiu o cargo, no último dia 16. Indagado pelo Grupo Estado se sua indicação era uma garantia da permanência do PDT na base aliada do governo Dilma Rousseff, na sucessão presidencial de 2014, ele foi cauteloso e disse apenas: "Somos da base do governo. Ainda é cedo para discutir eleição. Isso vamos fazer mais para o fim do ano."
Dias foi recebido pelo presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, e por membros do núcleo dirigente. Manoel Dias (PDT-SC) assumiu o comando do Ministério do Trabalho em substituição a Brizola Neto (PDT-RJ), que reassumiu o mandato de deputado.
Segundo o ministro, a conversa com os representantes da UGT foi "excelente". "Ainda estamos iniciando o trabalho e ainda não podem me cobrar muito", brincou. "Mas essa parceria e solidariedade são fundamentais para que eu possa fazer um bom trabalho", completou.
Desde que assumiu, Dias tem feito questão de defender o presidente do PDT e ex-ministro Carlos Lupi. "O partido está unificado e não há nada que pese contra ele", reiterou. Lupi deixou o governo Dilma Rousseff em 2011 em meio a denúncias de suspeitas de desvio de recursos da Pasta.
Disputa
O presidente da UGT, Ricardo Patah, ressaltou que a visita de Dias à sede da UGT era uma demonstração de retribuição do apoio que a entidade sempre manifestou em relação a sua nomeação como ministro. "Ele fez questão de nos visitar em primeiro lugar", afirmou.
O ministro, apesar de reconhecer a importância da UGT, destacou o papel de todas as entidades como fundamental para o sucesso de sua gestão. "Vou fazer uma gestão republicana", afirmou Dias, prometendo atender ao pedido feito pela UGT, na reunião desta noite, de fazer com que o Ministério do Trabalho volte a ocupar um papel de protagonista no governo.
Ao comentar a "disputa" das centrais por sua atenção, ele ponderou: "A disputa entre as centrais é legítima, mas eu não vou dar preferência a nenhuma porque eu não devo." Na sua avaliação, se as centrais sindicais atuarem unidas, têm mais poder de fogo. Na terça-feira (26), o ministro participará de evento promovido pela Força Sindical.