Recifenses sugerem que Dilma melhore o governo e renuncie

Com os conselhos direcionados a petista, especialistas alerta para uma mudança trágica de comportamento

por Élida Maria qui, 18/07/2013 - 00:00
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Especialistas acreditam ser necessário a presidente ouvir o que foi dito nas manifestações e atender as inquietações da população Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

Melhorar o governo, a saúde e até renunciar. Esses foram alguns dos conselhos direcionados à presidente Dilma Rousseff (PT) numa mostra realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), entre os dias 8 e 9 de julho, no Recife. Os ‘recados’ emitidos a petista seguem na mesma direção de queda de sua popularidade das últimas pesquisas e revelam a insatisfação da sociedade.

A amostra espontânea pediu que os recifenses aconselhassem deputados federais brasileiros. Do total dos participantes, 29,1% sugeriram mais honestidades, seguidos de trabalhem (12%), respeitem o povo (7,3%), tenham comprometimento (3,6%), melhorem a vida dos brasileiros (2,1%), entre outros. Com percentuais menores ficaram outros aspectos como: ouçam os eleitores e não façam do cargo bem estar com 1,1% e 1%, respectivamente.

Além de pedir a opinião dos entrevistados sobre os parlamentares, o IPMN quis saber quais os conselhos destinados à presidente. As respostas não foram muito diferentes, mas mostram a insatisfação da população em relação a gestão da petista. No topo dos conselhos ficou que a presidente melhore seu governo/trabalhe mais com 9,4%. Posteriormente, as sugestões foram: renuncie (8,5%), melhore a saúde (5,4%), acabe com a corrupção (5%), ajude mais o povo (4,4%), seja honesta (4,1%), seja mais atenta (3,6%), entre outros.

De acordo com o economista Maurício Romão, as sugestões apontadas para Dilma, refletem a necessidade de melhorar o governo. “Há uma rejeição mostrada na pesquisa, uma rejeição crescente, e de repente, essa coisa está se avolumando (...). Espontaneamente as pessoas dizem que querem que ela renuncie. Há uma indisposição da população com atual presidente, isso é um indicativo que o governo precisa fazer uma mudança drástica de comportamento. É preciso ouvir o que foi dito e atender as inquietações da população. Jogar todo esse peso em cima da reforma política foi um erro brutal. Isso faz parte do contexto conturbado”, frisou Romão.

Já o cientista político Adriano Oliveira, avalia a questão da renúncia como algo preocupante, mas não relevante. Porém reafirma a má gestão. “A questão de renunciar é algo preocupante de forma que ela tem que observar que seu governo está tão questionável que algumas pessoas já pensam na necessidade dela renunciar. Entretanto, não é um fato relevante, porque há pessoas que estão reprovando seu governo diante da situação de não está fazendo um bom governo”, explicou.

Para Oliveira, é necessário que sejam atendidas às pautas colocadas pela população durante as manifestações de rua, que estão sendo realizadas em todo o País. “Ela precisa dar a resposta (a população) e consequentemente vir a reverberar a avaliação positiva que sempre teve”, opinou.

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