Plano Safra é lançado em Maceió nesta sexta (26)

Durante a cerimônia o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) protestaram pela reforma agrária

por Marcela Terra sex, 26/07/2013 - 16:08

MACEIÓ (AL) - O ministro do desenvolvimento agrário, Pepe Vargas e o governador de alagoas, Teotônio Vilela Filho, lançaram nesta quinta-feira(25) o Plano Safra para o semiárido, em cerimonia realizada na Associação Comercial, em Maceió, no bairro do Jaraguá.

O Plano Safra Semiárido disponibilizará 7 bilhões de reais em créditos para agricultores que vivem na região da seca, sendo quatro bilhões destinados a pequenos agricultores (agricultura familiar), a juros de1% a 3%  ao ano, e três bilhões para grandes e médios plantadores, a juros de 3% a 5% ao ano. Os prazos de pagamento chegam até dez anos.

"Todas as execuções de dívidas de agricultores estão suspensas até dezembro de 2014. Alguns tem dívidas passadas, como vamos evoluir, incentiva-los a plantar se isso os continua assombrando esses agricultores? “, declarou, Vargas.

Além de disponibilizar recursos para financiamento agrário, o governo federal beneficiará 5.061 municípios, com mais de 18 mil máquinas, onde cada prefeitura receberá uma retroescavadeira, um caminhão pipa, e um caminhão caçamba. “Essas máquinas ajudam não só ao agricultor no escoamento da produção, mas também irriga seu plantio e deixar a estrada limpa para os meninos irem à escola e facilitar o acesso de forma geral”, complementa o ministro.

Até o momento foram entregues, em Alagoas, 160 máquinas beneficiando 95 municípios. Durante a cerimônia o ministro entregou ao governador a chave de mais duas máquinas retroescavadeiras, para as cidades de Roteiro e Porto de Pedras, no interior do estado.

O governador agradeceu a Vargas, por algo que, segundo ele, custaria muito as prefeituras e já é uma grande ajuda para a região. “A seca do ano que vêm será maior do que a deste ano, portanto temos que tomar medidas preventivas. Essas máquinas auxiliam no problema do agricultor sertanejo, não resolve”, reconheceu, Vilela.



PROTESTO



Durante o evento, antes da fala do ministro, o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), iniciou um pequeno protesto, gritando a frase “Reforma Agrária Urgente e Necessária”. Segundo o coordenador Nacional do movimento, Josival Oliveira, eles exigem a agilidade da reforma agrária já que várias pessoas ficam à beira de estradas e precisam de um lugar para o plantio. “O estado também é responsável pelos assentamentos de terra, o que o governador precisa é investir em estrutura não só em crédito e máquinas”, reclama Oliveira.

O governador se dispôs a conversar com qualquer pessoa que tivesse alguma reclamação ou sugestão a dar, porém o coordenador nacional afirmou que o problema não é falta de disponibilidade e sim falta de agilidade. “O agricultor precisa plantar, o estado entregou a sementes após o período das chuvas” rebateu Josival.

Vilela afirmou que as obras estruturantes estão chegando no semiárido, como o canal do sertão. “Terminamos o canal apenas este ano, e não descansamos para trazer uma viabilidade no enfretamento da estiagem, já estamos nos preparando para setembro, desde agora”, declarou.

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